A mobilidade dos emigrantes metropolitanos (original) (raw)
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Migração e mobilidade na fronteira
2021
It is a research on international migration and mobility on the border of the Brazilian Amazon. The goal of this study is to analyze migration and mobility in Brazilian Amazon in front the spatial concentration of international immigrants in twin cities and the formation of life's spaces on the border. From the Brazilian Demographic Census of 2010, the largest concentration of foreign immigrants is identified in the municipalities over the border, especially the adjacent countries, the Amazonian countries. However, due to the low volume of international immigrants in Brazilian Amazon compared to the population in the region, lifetime migrants data are used. Thus, in terms of accumulated migration, Bolivia stands out with the largest volumes of foreigners in Brazilian Amazon. We use complementary sources such as the Brazilian Demographic Census of 2000, PNADs of 2011, 2012, 2013 to identify the increase of the presence of foreigners in Brazilian Amazon; And the Bolivia Population Census of 2012 to show that there is also a concentration of foreign residents on the Bolivian side of the border with stand out for Brazilian immigrants. The spatial configuration highlights the importance of twin cities such as Guajará-Mirim (Brazil) and Guayaramerín (Bolivia) in this dynamic. However, the porosity of the border is shaped by the mobility of people and not necessarily by migration. Due to mobility, Courgeau's concept of "life space" (1988) was used as a theoretical methodological proposal to integrate macro (regional scale) and micro (local scale) approaches as well as quantitative and qualitative approaches to rethink the role of the border in Demographic dynamics. It is important to emphasize that the use and application of the concept of "life space" is carried out according to the work of Domenach and Picouet (1990) in which they present an operationalization of the concept from the base residence. It is concluded that international migration and mobility at the border are complementary processes that help to understand the social dynamics of twin cities. In the sense that they articulate different scales of phenomena related to the spatial distribution of the population in Brazilian Amazon, constituting spaces of life with specific characteristics configured by the practice of transnational activities of those who reside there and use the border.
Mobilidades e etnografias possíveis: entre migrações, refúgios e trânsitos diversos
Textos Graduados, 2018
O presente dossiê reúne trabalhos de estudantes de graduação que desenvolveram análises de eventos sociais a partir da perspectiva dos fluxos e das circulações de pessoas. Os movimentos que são foco dos artigos que seguem se inserem nos debates sobre dinâmicas migratórias e nascem dos diálogos estabelecidos ao longo do segundo semestre de 2017, no contexto do curso intitulado Antropologia das Migrações. O curso abordou discussões clássicas e contemporâneas referentes aos fluxos migratórios por meio da leitura e debates sobre artigos, ensaios e etnografias. O enfoque temático foi no movimento diversificado de pessoas e nos consequentes processos de circulações de coisas, informações, ideias, símbolos e valores que o acompanham. Tais fluxos foram observados em diferentes escalas-local, nacional, global-por meio de discussões que nos possibilitaram perceber e dar conta da profundidade histórica das experiências de circulação e de provocar um novo olhar sobre a articulação entre esses movimentos e a delimitação de limites socioculturais de tipos variados. Conforme será visto nas contribuições que seguem, partimos da perspectiva de que pensar realidades sociais pela via dos trânsitos pode se constituir como ferramenta profícua para colocar questões antropológicas diferenciadas à determinados contextos aos quais nos debruçamos para empreender nossas análises. Explorar e desenvolver essa dimensão é o objetivo de meu artigo e, de modo geral, foi a proposta que orientou todos os
São Paulo em Perspectiva, 2005
Baseada nas tendências observadas dos movimentos migratórios em São Paulo, o texto caracteriza o perfil dos fluxos migratórios dentro do tecido metropolitano, assim como as mudanças observadas nestes perfis nas últimas décadas. Analisa também as diferenças entre os migrantes residentes na capital e os que vivem nas outras municipalidades, de acordo com especificidades de cada município. Palavras-chave: Migração. Perfil dos migrantes. Estrutura intrametropolitana.
Revisitando as mobilidades turísticas
Revista Turismo em Análise
Este artigo, de caráter ensaístico, tem por objetivos apresentar e discutir elementos essenciais para o estudo do turismo e das mobilidades, tendo por referência o paradigma das novas mobilidades. O argumento central do trabalho – que tem por base a tradução e ampliação de capítulo inicial do livro Tourism Mobilities: places do play, places in play (Sheller & Urry, 2004) – é que o turismo se desenvolve a partir da elaboração (ou invenção) lugares turísticos (places to play). Mas, ao mesmo tempo e de maneira metafórica, também os lugares estão em movimento (places in play), indicando a mobilidade de estilos de vida, visões de mundo e narrativas dão forma a este fenômeno conectado globalmente. O trabalho também dialoga com as reflexões de John Urry sobre futuros, especialmente nas críticas à alta dependência dos derivados do petróleo carbono nas sociedades capitalistas. Ainda que não seja o enfoque do texto, encerra com algumas reflexões sobre o futuro do turismo em um contexto (pós-)...
Mobilidade do capital, migrações e Política Social: elementos para o debate
Argumentum, 2016
De início concordamos com a autora quanto à complexidade do tema das migrações e destacamos que a intensidade dos fluxos migratórios na contemporaneidade extrapola os limites de uma tragédia humanitária – que ela, na sua forma fenomênica, o é -, configurando-se numa verdadeira tragédia societária. A precarização da força de trabalho – seja ela migrante ou não -, não encontra retaguarda nas políticas sociais, especialmente na quadra neoliberal[1] e é mesmo agravada diante do recrudescimento dos processos migratórios em todo o planeta. A velocidade desses processos se faz acompanhar, e não poderia ser diferente na sociedade do capital, de uma proporcional degradação das condições de vida e trabalho de trabalhadores e trabalhadoras que, além de sua intrínseca exploração sob o capitalismo, encontram-se agora submetidos a novas e acentuadas formas de precarização a partir das últimas décadas do século XX e início do século XXI.[1] A esse respeito ver os artigos das professoras Aldaíza Sp...
2016
Na última década, segundo dados do Censo Demográfico 2010, houve um forte incremento no número de pessoas que, cotidianamente, se deslocam para trabalhar em município diferente do de residência. Segundo o censo, em 2010, 12,8% da população brasileira de 10 anos ou mais de idade que se encontrava ocupada trabalhava fora do município de residência. Moura, Delgado e Costa (2013) mostram que mais da metade dos municípios brasileiros registraram, em 2010, fluxos deste tipo de deslocamento, envolvendo mil ou mais pessoas em movimentos de entrada e saída nos municípios. Apesar dessa difusão pelo território, esse é um processo que está fundamentalmente associado à expansão das aglomerações urbanas no país, particularmente as de natureza metropolitana, e à possibilidade ampliada do transporte público e particular. Neste sentido, destaca o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE (2015, p. 15) que a expansão ocorrida no interior das aglomerações urbanas responde a duas lógicas d...
Os constrangimentos da mobilidade na metrópole de São Paulo
Revista Transporte y Territorio
A mobilidade cotidiana das pessoas na metrópole de São Paulo vincula-se cada vez mais pela perda de tempo no trânsito, aos imensos congestionamentos e aos transportes coletivos ineficientes e superlotados. Este artigo visa compreender os resultados mais atuais da mobilidade no cotidiano na metrópole de São Paulo, no que se refere aos deslocamentos e percepções dos usuários dos transportes motorizados (coletivos e individuais). Para tanto, este artigo baseia-se em uma metodologia multiestratégica, que visa integrar os enfoques quantitativos e qualitativos. No enfoque quantitativo, buscou-se enfocar a Pesquisa Origem-Destino do Metrô de São Paulo nos anos de 1997 a 2012 e os relatórios de Volumes e Velocidades da Cia. de Engenharia e Trafego (CET) de São Paulo dos anos de 1994 a 2012. Já para a pesquisa qualitativa, o trabalho valeu-se de uma metodologia que enfocou dois grupos em especial: de um lado, entrevistou 25 usuários dos transportes coletivos (ônibus, trem e metrô) e 25 usuários dos transportes individuais (motoristas de automóveis e motociclistas). Constata-se o aumento do tempo perdido nos deslocamentos cotidianos, relacionado com o aumento da lentidão e diminuição da velocidade média, que ajuda a revelar a mobilidade como constrangimentos na metrópole de São Paulo.
Este artigo analisa as relações de dois campos de conhecimento, normalmente distanciados nas abordagens acadêmicas. Um deles é o das Ciências Sociais e, o outro ao urbanismo e mobilidade urbana. Desta feita, pretende analisar as relações entre valores, hábitos, atitudes e comportamentos coletivos do homem- que são objetos de estudo das Ciências Sociais- e a mobilidade urbana, enquanto processo de deslocamento do homem nas cidades. As relações entre os dois campos são maiores e mais abrangentes do que se possa vislumbrar à primeira vista. Essas relações vêm ocorrendo com características diferentes desde a Antiguidade até a atualidade. Os séculos XX e XXI revelam novas sociabilidades caracterizadas pelo individualismo e, por decorrência, incentivam o uso do automóvel e da vida em locais fechados e controlados, sobretudo em cidades da África, América Latina, dos EUA e da Ásia, onde os locais coletivos, representados pelo uso da rua e dos transportes públicos, ameaçam a entrar em declínio. Entretanto, é nos transportes coletivos e nas ruas- que são espaços naturais de convivência humana, que o ser humano realiza a sua dimensão coletiva, exercita a sua alteridade e pode educar-se para aceitar a diversidade humana. Palavras- chave: sociabilidade, mobilidade, transportes coletivos, segregação, diversidade.