[Recensão a] CORNELLI, Gabriele, Costa, Gilmário Guerreiro da (Orgs.). Estudos Clássicos. Vol. I: Origens do Pensamento Ocidental (original) (raw)
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Cornelli, G & Da Costa , G. G. (eds) Estudos Classicos I: Origens do Pensamento Ocidental
Esclarecimento A UNESCO mantém, no cerne de suas prioridades, a promoção da igualdade de gênero, em todas as suas atividades e ações. Devido à especificidade da língua portuguesa, adotam-se nesta publicação os termos no gênero masculino, para facilitar a leitura, considerando as inúmeras menções ao longo do texto. Assim, embora alguns termos sejam grafados no masculino, eles referem-se igualmente ao gênero feminino.
Origens Orientais da Cultura Clássica
Estudos Clássicos, I, 2013
Pode-se dizer que os gregos receberam do Oriente estruturas e modelos que puderam utilizar e transformar em seus, mediante a adaptação de contribuições alheias e o acréscimo de elementos próprios. Este trabalho se propõe a apontar alguns elementos estruturais e modelares que os gregos herdaram – ou tomaram – do Oriente, e enfatizar que não se pode entender sua cultura clássica sem que se considere esse aporte. O conhecimento e a compreensão das íntimas relações entre o mundo grego e o Oriente Próximo ao longo da Idade do Bronze, revigoradas no início do Período Arcaico, autoriza-nos atualmente a ver com desconfiança afirmações como a de que “ainda não foi possível encontrar qualquer antepassado legítimo” para a civilização que surgiu na Grécia na Idade do Ferro (desde o século XI a.C.) e que atingiu seu maior esplendor nos séculos V e IV a.C. Neste trabalho, sugerimos que no Oriente Próximo podem ser encontrados antepassados legítimos para muitos dos desenvolvimentos que ocorreram na Grécia Antiga, e não apenas na Idade do Ferro, mas ainda até bem depois dessa era.
Figura: Studies on the Classical Tradition, 2022
Jesus de Nazaré, enquanto personagem da história, nasceu, viveu e morreu em uma província do Império Romano, mais precisamente, na Palestina romana. A figura do Cristo, por outro lado, é conformada longe dali, na própria capital imperial, na cidade de Roma. Assim, inspirada no Jesus histórico, a concepção do Cristo messiânico daria origem a uma nova religião que se desenvolveria e ganharia impulso, propriamente, no interior do Império. Consequentemente, partindo de suas origens judaicas, o fruto desse encontro entre o nascente pensamento cristão e a cultura clássica foi o enfrentamento e as tensões oriundas desse choque de ideias, mas também as múltiplas relações e até mesmo, paulatinamente, a conjunção entre aspectos das matrizes pluriculturais da tradição clássica e a cultura cristã que rapidamente se fortalecia e se propagava. Por conseguinte, desse encontro surgiram pontos de convergência e de dispersão, de aproximações e distanciamentos, que a chamada para este dossiê, intitulado O clássico e suas apropriações na tradição cristã, se propôs a abordar.
Seduzindo Sócrates: retórica de gênero e política da memória no Alcebíades platônico 'O que chamo de minha filosofia de ensino é, de fato, uma filosofia de aprendizado. É de Platão, modificada. Antes que o verdadeiro aprendizado possa ocorrer, eu acredito, tem de haver no coração do estudante um certo anseio pela verdade, um certo fogo. O verdadeiro estudante arde de desejo de aprender. No professor, ele reconhece, ou percebe, a pessoa que chegou mais perto da verdade do que ele próprio. Tanto ele deseja a verdade incorporada no professor, que está preparado a queimar sua antiga identidade para obter a verdade. De sua parte, o professor identifica e encoraja o fogo do estudante e reage a ele queimando com uma luz mais intensa. Assim, os dois juntos atingem um âmbito superior. Por assim dizer'. Ele fez uma pausa, sorrindo. Agora que tinha falado, parecia mais tranquilo. Que homem estranho e vaidoso!, pensei. Ela se queimar! Quanta bobagem ele fala! E coisas perigosas! De Platão! Ele está gozando da gente? Mas Maria Regina, eu percebi, estava inclinada para frente, devorando o rosto dele com os olhos. Maria Regina não achava que ele estava brincando. 'Isto não está bom!', eu disse comigo. 'Isso não me parece filosofia, Mr. Coetzee', eu disse, 'me parece alguma outra coisa, não vou dizer o quê, uma vez que o senhor é nosso convidado' (COETZEE, 2009, 171-172). 90
Editorial: A saudável contramão dos Estudos Clássicos no Brasil
Classica - Revista Brasileira de Estudos Clássicos, 2015
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