A segregação socioespacial gerada pela produção do espaço habitacional na cidade de Maringá/PR (original) (raw)

Segregação sócioespacial e produção de empreendimentos imobiliários na cidade de Macaé-RJ

Cadernos do Desenvolvimento Fluminense

A produção imobiliária capitalista tem tido uma grande influência nas formas de produção do espaço nas cidades médias brasileiras. Mesmo sendo responsável por apenas uma pequena parte da produção imobiliária total de qualquer cidade, a produção imobiliária capitalista tem um papel central na definição dos preços da terra em toda a cidade. Para compreender a produção imobiliária capitalista, neste trabalho, discutimos inicialmente o conceito de promotores imobiliários, e posteriormente o conceito de enclave, principal forma de produção imobiliária capitalista na atualidade para então analisar o padrão de distribuição geográfica da produção imobiliária da cidade de Macaé, cidade localizada no interior do Estado do Rio de Janeiro, que passou por um forte processo de urbanização e apontamos como essa produção contribui para reforçar o padrão de segregação socioespacial vigente na cidade cabendo, portanto, a sociedade civil e ao setor público envidar esforços para alterar as formas de at...

Desigualdades Socioespaciais Em Maringá/PR

Geografia em Questão

A expansão urbana, principalmente após a segunda metade do século XX, ocorreu de maneira acelerada, desencadeando uma série de problemas sociais e ambientais. Com o aumento populacional nas cidades e a falta de infraestrutura necessária, as desigualdades socioespaciais se tornaram cada vez mais visíveis e acentuadas. Neste sentido, o presente artigo tem como objetivo apresentar a análise do processo de expansão urbana de Maringá nas glebas Ribeirão Morangueiro e Ribeirão Sarandi, a partir da ótica da produção desigual do espaço urbano, a qual compõe um cenário de desigualdade socioespacial na cidade. A partir dos dados de liberação de loteamentos fornecidos pela Prefeitura Municipal de Maringá e de análises multitemporais, foi possível identificar que a expansão urbana na cidade se consolidou de maneira segregacionista, característica essa que ocorreu desde o plano inicial da cidade. Nesse contexto a área de estudo localiza-se em uma área de exclusão social, destinada a população de...

Produção do espaço e segregação socioespacial

Revista de morfologia urbana, 2024

Resumo. A expansão física das cidades pautada nos interesses do mercado imobiliário privado têm contribuído de forma significativa para o aumento das desigualdades e a segregação socioespacial. Nesse sentido, este estudo tem como objetivo analisar a configuração urbana da cidade de Santa Cruz do Sul, cuja produção do espaço tem tido como foco condomínios fechados de alto padrão, a fim de verificar sua relação com a distribuição socioeconômica por meio da teoria da Sintaxe Espacial. Os resultados encontrados demonstram que a população de maior renda, residente em condomínios fechados localizados em áreas periféricas, se encontra ainda mais segregada que a população de menor renda, em grande parte, fruto da fragmentação do tecido urbano. Neste caso, a segregação socioespacial existente é fortemente caracterizada pela escolha dos ricos em se separar dos demais, um processo denominado autossegregação.

Segregação socioespacial e a negligência ao patrimônio construído: legado dos projetos e práticas do poder público municipal em Maringá – PR (Brasil)

Scripta Nova-revista Electronica De Geografia Y Ciencias Sociales, 2012

O legado da atuacao do poder publico municipal em Maringa, Parana, Brasil, vem sendo composto pelo sistematico desrespeito ao patrimonio construido e por um intenso processo de segregacao socioespacial com vistas a valorizacao imobiliaria. O plano inicial definia areas para edificios e espacos publicos e coletivos. Embora parcialmente efetivadas, tais areas resultaram num patrimonio edificado no âmbito de uma constante disputa entre os interesses publicos e os privados. Investigamos o processo de transicao da cidade idealizada para a cidade construida, notadamente na construcao e demolicao dos primeiros edificios centrais, onde as principais atividades se concentraram e cujos edificios nao foram mantidos como simbolo desse importante periodo da historia. Ainda a partir do plano moderno, analisamos a disposicao de um zoneamento determinado pelo padrao economico que se desenvolveu e consolidou uma ocupacao urbana caracterizada por recorrentes processos de segregacao socioespacial, imp...

A Produção Da Diferenciação Socioespacial Em Catanduva e São José Do Rio Preto – Por Meio Dos Espaços Residenciais Fechados

Caminhos de Geografia, 2019

O cotidiano é nossa dimensão de análise, tendo as práticas espaciais dos sujeitos sociais pesquisados – moradores de espaços residenciais fechados de Catanduva e São José do Rio Preto - SP, enquanto plano analítico, o que nos permitiu identificar como o processo de diferenciação socioespacial se expressa na produção do espaço urbano, conferindo sentidos e significados às práticas, que envolvem relações contraditórias entre dentro e fora desses espaços de moradia. Sob o discurso da segurança, os sujeitos pesquisados, produzem estratégias de distinção socioespacial, nas quais o espaço urbano é estratégico; consideramos que os muros exercem tanto um papel de barreira material, quanto de limite simbólico, que influenciam nas práticas dos moradores e na elaboração das representações espaciais, apreendidas por meio das entrevistas, nosso principal instrumento metodológico. Ao valorizarem elementos internos desses espaços em suas narrativas, integrando um “novo estilo de vida”, no qual, a ...

Segregação socioespacial e especulação imobiliária no espaço urbano

Argumentum, 2015

Resumo: O objetivo do artigo é analisar como as atuais formas de uso e ocupação do solo, conectadas à dinâmica capitalista, estruturam práticas de segregação socioespacial e de valorização fundiária no município de Londrina (PR). Como procedimento metodológico foram utilizadas pesquisas bibliográfica e documental de caráter descritivo. Como resultado procura demonstrar que a execução de programas habitacionais tem favorecido a especulação imobiliária e também promovido a segregação socioespacial da população de menor renda nos territórios periféricos da cidade de Londrina (PR), dificultando o acesso à moradia digna e acentuando as contradições sociais e econômicas.

Produção de bairros segregados socioespacialmente: uma análise a partir do bairro Sapiranga, Fortaleza, Ceará

Cadernos Metrópole, 2020

Artigo publicado em Open Acess Creative Commons Atribution Produção de bairros segregados socioespacialmente: uma análise a partir do bairro Sapiranga, Fortaleza, Ceará Production of socio-spatially segregated neighborhoods: an analysis of the Sapiranga Neighborhood, Fortaleza, Ceará Cindy Rebouças Palmeira [I] Resumo A segregação socioespacial é o principal problema brasileiro. Em Fortaleza, no bairro Sapiranga, essa conformação evidencia-se através do contraste entre as residências de alto luxo e as invasões, que avançaram em sua área. Com o objetivo de investigar e compreender a ação dos agentes produtores desse espaço, para prever as possíveis consequências à cidade ao longo do tempo, foram utilizados o método de revisão bibliográfica e histórico documental, a coleta e interpretação de dados. Logo, conclui-se que os principais agentes produtores desse espaço segregado são o Estado, com os melhores investimentos nas áreas direcionadas para a população da classe alta; o mercado imobiliário, que investiu em construções residenciais que valorizavam o "enclausuramento"; e as organizações criminosas instaladas no bairro, que restringem a circulação de pessoas em determinados locais, aprofundando a sensação de insegurança.

PRODUÇÃO E CONSUMO DO ESPAÇO URBANO: considerações sobre a segregação enquanto processo socioespacial

2017

No âmbito das consideracoes teoricas e conceituais sobre o espaco enquanto objeto de estudo da geografia, o presente trabalho busca refletir sobre o conceito de espaco geografico enquanto totalidade social. Contudo, na perspectiva dos processos de (re)producao, modelacao e consumo do espaco urbano, cabe ressaltar o papel dos mais diversos agentes, com destaque para o historico processo de atuacao do Estado atraves das mais diferentes formas de regulacao e intervencao. Mesmo que de forma pontual, o recurso metodologico da revisao bibliografica possibilita reconhecer a amplitude do debate acerca da complexidade que envolve a dinâmica de organizacao interna da cidade capitalista em suas contradicoes estruturais. Nestes termos, a atuacao do Estado enquanto ente representante dos interesses das elites dominantes imprime a exacerbacao dos mecanismos de impulsao da segregacao enquanto processo social. Alem da autossegregacao dos ricos em areas seletivas dotadas de infraestrutura e amenidad...

Considerações Sobre a Cidade, a Polarização e a Produção Dos Espaços De Consumo: O Caso De Maringá (PR)

Redes, 2012

Resumo: Desde a gênese das cidades, o comércio e o consumo foram atividades essenciais que marcaram seu âmago. Nesse sentido, este trabalho intenta discutir aspectos que proporcionam uma maior compreensão do processo evolutivo das cidades, enfatizando-se a propulsão conferida pelas atividades comercias. Para tanto, num primeiro momento é apresentado uma sinopse da gênese das cidades até os moldes contemporâneos. A seguir, é enfatizada a complexidade dessas espacialidades numa relação hierárquica que fundamenta a rede urbana, onde o capital estabelece a supremacia da cidade-polo na oferta de bens e serviços à população de sua área complementar, o que gera uma mobilidade do consumo. Por fim, é primordial estabelecer uma correlação entre algumas ações que o Estado e os promotores imobiliários, enquanto agentes produtores do espaço urbano, têm realizado nas cidades. Nesse âmbito, será apresentada a cidade de Maringá-PR, que desde os últimos anos tem vivenciado profundas alterações em sua área central, consolidando-se como polo regional com a construção de infraestruturas e modernas obras, como os shopping centers e hipermercados.