Trajetórias de jovens de Periferia rumo à carreira universitária: Mobilidade social, identidade e conflitos (artigo - 2010) (original) (raw)
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Mobilidade e fronteira: as territorialidades dos jovens de Corumbá, Brasil
Revista Transporte Y Territorio, 2013
Mobilidade e fronteira são construções socioespaciais que se combinam e modificam reciprocamente. Nesta Era da informação as mobilidades territoriais são ainda mais intensas, complexificando, cada vez mais, os arranjos locais. A cidade de Corumbá-MS, no Oeste brasileiro, na fronteira com a Bolívia foi construída a partir de inúmeros fluxos de dinamismo permanente. O objetivo deste trabalho é analisar como os jovens de Corumbá usam o lado boliviano dessa fronteira e com que frequência a visitam. Interessa, ainda, entender como a fronteira comparece nos seus imaginários e se seus fluxos são mais na direção da capital sul-mato-grossense ou do Pantanal. Para tanto, foram aplicados 345 questionários entre estudantes com idade de 15 a 17 anos, nas escolas de Corumbá. Percebeu-se que os jovens vão mais para fronteira, depois para a capital do Estado e, por último para o Pantanal.
Trajetórias Afetivas e Sexuais entre Jovens de Periferia, Belo Horizonte
2011
Nesta dissertação de mestrado apresentada ao departamento de antropologia da Unicamp em 2011, buscou-se identificar o modo como diferentes dimensões da vida social se articulam na constituição de variadas experiências afetivas e sexuais de jovens residentes em uma favela em Belo Horizonte, o Taquaril. Partiu-se do pressuposto de que as representações de gênero e o aprendizado sobre a sexualidade se intersectam de maneira significativa no estabelecimento das relações afetivas e sexuais pelos jovens, e também que diferenciadas experiências relativas às dimensões de classe social, cor/raça, idade, orientação sexual e, sobretudo, de educação possibilitam formas muito particulares de constituição dessas trajetórias. Considero, portanto, como unidade analítica as “trajetórias” afetivas e sexuais dos jovens entrevistados a fim de apreender os eventos que marcaram suas experiências afetivas e sexuais bem como o sentido empregado à cada uma delas. A metodologia escolhida, a etnografia, permitiu não apenas apreender sobre suas subjetividades, manifestações de desejos e ansiedades frente ao desafio e prazer de suas relações afetivas e sexuais, mas também conhecer sobre os espaços frequentados por eles e suas redes de relações, nos quais se tornam propícias suas investidas, suas paqueras, ficadas e namoros.
A passos largos: meninas da periferia rumo à universidade e seus dilemas psicossociais
Sociedade E Estado, 2020
Resumo: A divisão sexual do trabalho ainda é marca discriminatória na sociedade brasileira, cabendo às mulheres os trabalhos precarizados e menos valorizados. Ao refletir sobre os temas gênero e educação, o artigo identificou as contribuições do "Meninas velozes", projeto de extensão e pesquisa interdisciplinar, no enfrentamento a esse cenário, a partir do fortalecimento do aprendizado e de dimensões psicossociais. Tal projeto é conduzido por professoras e pesquisadoras das engenharias, ciências sociais e humanas da Universidade de Brasília (UnB) e da Université Paris 13 (França). Suas ações ocorrem em escola pública na periferia do Distrito Federal desde 2013 e atingiu, nestes seis anos, mais de 100 meninas. Foram aplicados questionários para coleta de dados socioeconômicos e entrevistas semiestruturadas junto a 16 alunas da UnB, egressas do projeto. Seus relatos evidenciaram situações que ameaçam sua permanência e integração na universidade e que fragilizam a saúde mental, como assédio, restrições materiais e conflitos pessoais.
CSOnline - REVISTA ELETRÔNICA DE CIÊNCIAS SOCIAIS, 2019
Constituída juridicamente em associação de músicos, e com proposta administrativa de autogestão, a Orquestra Petrobras Sinfônica-objeto deste estudo-se singulariza no cenário das orquestras brasileiras. Este artigo tem como objetivo analisar as percepções de seus músicos sobre o sistema de autogestão da orquestra. Para isso, foram utilizados como instrumentos de pesquisa a observação direta e a realização de entrevistas semiestruturadas. Nas percepções dos músicos, o modelo de autogestão é considerado como uma possibilidade de gestão mais democrática e autônoma para a orquestra. Palavras-chave: autogestão; orquestra sinfônica; percepções dos músicos.
Jovens urbanos: trajetórias partilhadas de pesquisa (2002/2008)
2008
It is about reconstructing a path, almost a memorial, of the investigationtrajectory about urban young people developed throughout six years by a groupof Brazilian researchers, on the interface among Anthropology andCommunication fields. Taking from this initial analysis on about youthfulconceptions of life and death, it was analyzed in the research development:conceptions of youth and young people and its ways of being and living in thecity, including the narratives from themselves and others, the experience ofvisuality and sonority, the ways of grouping around, the perception of violence,the practices of consumption and it different esthetical-cultural expressions,enphazing the political character of the latest ones.