Pode o espaço ser agente de poder e de identidade (s)? (original) (raw)

A identidade no espaço

2015

Sou eternamente grato aos meus avós Helena e Manuel pelo amor, alegria e carinho sem reservas. À minha mãe, tia Cila, Prof. Dr. Luís Soares (meu tio), irmão Claúdio, Adv. o Maximino Monteiro (meu padrasto) agradeço todo o amor, amizade, carinho, confiança, incentivo e o apoio incondicional recebido ao longo destes anos. À minha muher, amiga e companheira Isabel Castela, agradeço toda a amizade, amor, carinho, apoio e compreensão durante a minha ausência e falta de disponibilidade. Ao professor Andrew Howard, orientador do projeto, agradeço a partilha do saber e as valiosas contribuições ao longo do curso de Mestrado em Design de Comunicação. Acima de tudo, obrigado por estimular o meu interesse pelo conhecimento. Às minhas amigas e colegas Marta Afonso e Marta Ramos, agradeço a partilha do tempo, da amizade e dos sorrisos que me dedicaram. Ao Dr. Pedro Cunha agradeço o apoio inestimável durante esta jornada. A todas as pessoas que integram o estúdio/escola We Came From Space, em particular o João Castro, Ana Ferreira, Daniel Rodrigues e Tiago Costa, pela disponibilidade, apoio, atenção e amizade na concretização do trabalho. Aos colegas, docentes, estudantes e funcionários da esad, e a todas as pessoas que direta ou indiretamente contribuiram para a realização deste projeto. O meu profundo e sentido agradecimento a todos que contribuíram para a concretização deste projeto, estimulando-me intelectual e emocionalmente. A todos, obrigado pela oportunidade de aprender e por acreditarem em mim...

Espaços e Poderes

2017

Sob a moderação da Professora Doutora Helena Catarino, os oradores da Tertúlia “Santa Comba: Povo, Origens e seu Património” apresentaram diversos temas relacionados com o concelho, de Santa Comba Dão, nomeadamente “Origens de Santa Comba e de Santa Comba Dão”, por António Neves; “O Povo Romano e Altomedieval do Concelho de Santa Comba Dão”, por Pedro Matos; “Espaços e Poderes”, por Carlos Morais.

A produção do espaço como expressão das relações de poder

SUMÁRIO Entre a origem popular da arquitectura e a sua invenção erudita abre-se um distanciamento que afasta o usuário final da imaginação ou determinação do correspondente espaço habitável. Consideradas a natureza ideológica e a ambição política na base do designado Movimento Moderno em arquitectura, manifestas na conceptualização erudita de novas figurações arquitectónicas e urbanas, cabe hoje observar o despiste desse projecto como auxiliar de uma reconfiguração social, seja no erradicar da pobreza, seja no combate à desigualdade social. Pior, enquanto disponibilidade de natureza tecnocrática, o legado instrumental moderno acaba por servir à naturalização política de processos de conformação do espaço que radicalizam as diferenças que se visavam combater. À revelia de toda a produção teórica e prática desenvolvida por especialistas, o privilégio dos ricos que escolhem sem condicionamentos onde e como devem viver e a externalização urbana dos pobres para territórios sobrantes e periféricos, subsistem como mero reflexo dos condicionalismos liberais do mercado. A cidade moderna mais não faz do que ilustrar, ou reificar, a luta de classes pré-moderna: os ensaios para a invenção de espaços conceptualmente redentores limitam-se a potenciar as estratificações hierárquicas pré-determinadas. O que remete a discussão ao ponto de partida: subsiste na dependência da capacidade de reivindicação popular qualquer imposição aos limites a impor à minoria que tem, de facto, escolha sobre o modo como deve viver. E a possibilidade de participação e autodeterminação do povo nos processos de produção do espaço urbano afigura-se ainda como linha de fuga obrigatória para contrariar a arquitectura da separação e imunização, tornada segunda natureza (involuntária?) da planificação especializada.

Espaço, poder e saber Foucault

Espaço, saber e poder", na versão original inglesa "Space, Knowledge, and Power", é o título de uma entrevista de Michel Foucault a Paul Rabinow, publicada na Revista Skyline: The Architecture and Design Review, em Março 1982. A tradução desta entrevista que aqui se publica pela primeira vez em português foi feita a partir da versão original em inglês e da versão francesa " Espace, savoir et pouvoir" publicada no Dits et Écrits tome IV. A Skyline era uma revista doInstitute for Architecture and Urban Studies (IAUS). Criado em 1967 pelo arquitecto americano Peter Eisenman, o Institute era uma organização sem fins lucrativos dedicada à investigação e ao ensino da arquitectura, tendo marcado de forma particularmente intensa o universo arquitectónico novaiorquino. Mais relevante que a Skyline terá sido, sem dúvida, uma outra publicação do Institute, a Oppositions, que marcou decisivamente o debate arquitectónico dos anos setenta e oitenta. Apesar de confinada, numa primeira fase, a um registo de carácter noticioso de tom um pouco mais rosa da cena arquitectónica nova-iorquina (conferências, exposições, eventos, fait divers), a Skyline é relançada em Novembro de 1981, sob a direcção de Suzanne Stephens, com uma dimensão de crítica e ensaio mais acutilante e abrangente. E é no número de Março de 1982 que se publica a entrevista a Michel Foucault. Contudo, nesse mesmo ano, já Eisenman está de saída do Institute e a Oppositions está longe da repercussão alcançada anos antes. Em 1985 o IAUS acabará por fechar as suas portas, colocando um ponto final nas suas diferentes actividades. Quanto à entrevista, esta acabou por ser presença habitual nas várias antologias que procuraram sintetizar o essencial do pensamento arquitectónico dos anos sessenta e oitenta, começando logo pela antologia que K. Michael Hays, editou no final dos anos noventa, Architectural Theory since 1968. Esta entrevista que aqui publicamos será acompanhada de um pequeno texto em forma de comentário ou um texto-glosa a publicar aqui no Punkto. O link estará disponível brevemente. [TEXTO/COMENTÁRIO] ORDEM DOS OBJECTOS E PRÁTICA DA LIBERDADE ____ [ PR ] Numa entrevista aos geógrafos do Jornal Hérodote, afirmou que a arquitectura, no final do século dezoito, torna-se política. Claro que em períodos anteriores, como por exemplo, durante o Império Romano ela já tinha sido política. O que torna tão particular o século dezoito? [1]

Gentes, Espaços e Poderes

2016

O povoamento do termo de Lisboa no pós-Reconquista: o papel de duas casas monásticas dos arrabaldes na estruturação de um território (1147-1321) ...

Sobre Lugares: da identidade no espaço ao espaço na identidade

Anais do X Seminário Internacional de Demandas Sociais e Políticas Públicas na Sociedade Contempoânea e VI Mostra de Trabalhos Jurídicos Científicos, 2013

O presente artigo tem o objetivo de trabalhar a relação entre identidades individuais e coletivas e produção do espaço. Analisa-se, em um primeiro momento, as formas pelas quais diversas manifestações identitárias produzem determinados tipos de espaços, o que geralmente acarreta a seletividade de sua ocupação; após, são abordadas algumas das maneiras pelas quais os espaços exercem forte influência na formação da identidade das pessoas e dos coletivos neles inseridos. Argumenta-se que esses espaços são, ao mesmo tempo, produtos e produtores de identidades, em um circuito que funciona de forma retroalimentante e “centrípeta”. Sustenta-se que essa lógica, por promover uma seletividade no acesso aos espaços, é relevante facilitador da essencialização do outro. Por fim, são apontadas algumas práticas sociais “centrífugas”, que se constituem em possibilidade de fratura nessa lógica e ruptura desse ciclo. This article intends to work on the relation between individual and collective identities and the production of space. In a first moment, we analyze the forms by which diverse identitary manifestations produce determinate kinds of spaces, what usually implies a selectivity in its occupation; afterwards, we treat some of the ways by which spaces influence the formation of the individual and collective identities of those inserted in them. Our contention is that these spaces are, concomitantly, products and producers of identities, in a circuit that works in a “centripetal” way. We argue that this logic is a relevant factor in the process of essentialization of the other, for it promotes a selectivity in the access to spaces. At last, we point some “centrifugal” social practices, which are possibilities of fracturing this logic and rupturing this cicle.

A espacialidade na construção da identidade

Este artigo tem o objetivo de propor a introdução, tanto conceitual quanto analítica, da dimensão espacial (ou espacialidade) nos estudos sobre identidade no processo organizativo. Para tanto, realizou-se uma retrospectiva analítica sobre o estado da arte do tema identidade no campo dos estudos organizacionais brasileiros, tentando compreender a evolução do tema. Além disso, recorreu-se, de forma indutiva, a algumas das principais contribuições teóricas clássicas (ALBERT; WHETTEN, 1985; BAUMAN, 2005; BERGER; LUCKMANN, 2004; ERIKSON, 1976), visando a uma compreensão mais ampla das origens e da evolução do conceito, bem como, a uma melhor fundamentação da proposta apresentada. A premissa subjacente a este estudo é a de que, apesar dos desdobramentos da assimilação e aplicação do tema identidade nos EO’s brasileiros, os pesquisadores têm se limitado, com raras exceções, a reproduzir e a aplicar o conceito “clássico” de identidade proposto por Albert e Whetten (1985), sem, contudo, preocupar-se em criticar, desenvolver, ampliar e inovar essa base teórica. Como movimento inicial e parcial para superar tal limitação, propõe-se a incorporação de uma nova categoria analítica e conceitual, a espacialidade, visando desenvolver conceitualmente o campo e, ao mesmo tempo, fornecer um novo elemento de análise empírica. Obviamente, sugere-se que a proposição aqui defendida seja validada pelo conjunto de pesquisadores deste campo temático, por meio de pesquisas qualitativas e quantitativas