A porta do céu: milagre ou fraude? (original) (raw)
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Cinema Escrito, 2021
Sessão verberenas traz filme marroquino inédito Por Ivonete Pinto | 28.03.2021 (domingo) Não cabe a nós, plantados no Ocidente cristão, julgar as opções filosóficas da diretora Farida Benlyazid, nutridas pela cultura, pela religião e pela geopolítica contidas no filme. As observações que seguem surgiram das imagens propostas na obra, amalgamadas no referido contexto e que se aproximam de nosso universo na medida em que o próprio filme faz este movimento. Porta para o céu (Bab al-sama' maftuh) foi exibido no projeto Sessões Verberenas, da revista Verberenas, comandada por mulheres realizadoras. Estava inédito no Brasil, apesar de ser uma produção de 1989. Se é incrível que muitos não tenham ouvido ainda falar em Alice Guy-Blaché, imagine-se uma diretora marroquina. Um estudo sobre mulheres diretoras no Marrocos, Women in contemporary moroccan cinema (Dinia; Kenza, 2016), indica que Farida Benlyazid foi a segunda mulher a assinar um longa-metragem no país. A primeira foi Farida Bourquiba
Atravessando a Porta para o Céu
Verberanas, 2021
Reflexões acerca do filme Porta para o Céu (1989) da cineasta marroquina Farida Benlyazid para a revista Verberenas Vol. 7, nº 05, 2021 ISSN: 2675-9438 Também disponível em https://www.verberenas.com/article/atravessando-porta-para-o-ceu/
Céu: fato ou ficção? Uma abordagem histórico-bíblico-teológica
Resumo O texto tem como objetivo descrever o desenvolvimento histórico-bíblico-teológico do conceito de céu desde a antiguidade até a contemporaneidade. O trabalho é resultado de uma pesquisa bibliográfica e documental, com tratamento qualitativo dos dados. As civilizações – desde as mais antigas-desenvolveram no decorrer dos tempos uma maneira típica de pensar e falar sobre o céu, tendo como elemento comum o padrão do céu como morada da " Suprema divindade ". Independente de lugar ou religião, o céu sempre foi um contraste daquilo que se vive aqui neste mundo. O estudo indicou que a noção de céu não é apenas algo que pertence à religião cristã, ele está relacionado a povos e culturas desde as mais remotas até as atuais. No entanto, no decorrer dos tempos, e em específico neste século presente, o que notamos é uma forte ênfase em espiritualizar o céu, deixando este de ser um lugar. Palavras-chave Céu. Vida eterna. Igreja. Abstract The goal of the text is to describe the historical-biblical-theological development of the concept of heaven from antiquity to contemporaneity. The work is the result of a bibliographic and documental research with a qualtitative treatment of the data. The civilizations-from the most ancient ones-developed throughout time a typical way of thinking and talking about heaven having as the common element the pattern of heaven as the dwelling of the "Supreme divinity". Independently of place or religion, heaven has always been a contrast to that which one lives here in this world. The study indicated that the notion of heaven is not something that belongs only to the Christian religion, it is related to peoples and cultures from the most remote times to the current times. However, with the [Texto recebido em setembro de 2016 e aceito em junho de 2017, com base na avaliação cega por pares realizada por pareceristas ad hoc]
2015
Resumo: O ensaio procura considerar criticamente o caráter antropocêntrico (segundo suas condições de sentido) da cosmologia filosófica moderna, exemplificada pela Teoria do céu e pelos Sonhos de um visionário, de Immanuel Kant -sob a perspectiva do diagnóstico xamânico da catástrofe climática proposto por Davi Kopenawa Yanomami, em A queda do céu. Investiga-se principalmente o estatuto cosmológico da humanidade cosmopolita em relação aos extraterrestres, de um lado, e aos espíritos ou espectros terrenos, de outro, tomados como figuras radicalmente distintas da alteridade cosmológica. Ao fim, especula-se sobre se haveria um nexo escatológico necessário entre a teoria do céu, enquanto discurso do homem cosmopolita, e a sua queda, enquanto símbolo da catástrofe cosmopolítica iminente.
Espetáculo para o céu: a construção do jogral
2019
Nos seculos XII e XIII, dois movimentos se desenvolviam intensamente na Europa ocidental: de um lado, os sacerdotes da Igreja Catolica, a comecar por Bernardo de Claraval, constroem uma teologia que se contrapoe a doutrina hegemonica da instituicao; de outro, os jograis, de posse de uma linguagem requintada e sedutora, conquistam amplas audiencias, exercendo influencia em todas as camadas sociais. Nesse mesmo periodo, propaga-se o culto a Virgem Santissima, cujas historias de aparicoes se multiplicam, a quem se edificam igrejas e se oferecem festas e peregrinacoes. Inspiradas naqueles reformadores cristaos, algumas narrativas de milagres marianos passam a trazer o jogral, em pleno exercicio de suas habilidades artisticas, como protagonista. Na nossa pesquisa, vamos investigar como o novo discurso religioso foi construindo e forjando progressivamente essa personagem, que denominamos “jogral devoto”, integrando-a numa estrategia evangelizadora. Alem disso, caracterizaremos a sua perfo...