Modos de fazer crer no audiovisual de reconstituição histórica (original) (raw)
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Ways to make believe in the audiovisual of historical reconstruction
2011
The production of images in the contemporaneity, specifically the audiovisual images, is increasingly affected by the possibilities of creation and manipulation in computers. In this article it is discussed the interference in the production of computer images to make one believe in representing the past, in other words, in an audiovisual of historical reconstruction. The possible techniques of production to produce images of the past with likelihood and effect of truth interferes with the process of make believe and credibility of the viewers in these kind of images.
Da história oral ao filme de pesquisa: o audiovisual como ferramenta do historiador
História, Ciências, Saúde-Manguinhos, 2017
Resumo Ensaio analítico do processo de produção de imagens, formação de arquivo audiovisual, análise das fontes e criação da narrativa fílmica dos quatro filmes historiográficos que formam a caixa de DVDs Passados presentes, do Laboratório de História Oral e Imagem da Universidade Federal Fluminense (Labhoi/UFF). A partir de trechos do arquivo audiovisual do Labhoi e dos filmes realizados, o artigo analisa: como o problema de pesquisa (a memória da escravidão e o legado da canção escrava no agrofluminense) nos levou à produção de imagens em situação de pesquisa; o deslocamento analítico em relação ao documentário cinematográfico e ao filme etnográfico; as especificidades de revisitar o acervo audiovisual constituído a partir da formulação de novos problemas de pesquisa. Palavras-chave: imagem; escravidão; história oral; memória; filme de pesquisa.
A História como montagem no documentário moderno
DOC On-line: Revista Digital de Cinema Documentário, 2013
Resumo: A partir das considerações de Georges Didi-Huberman sobre a montagem cinematográfica e de Jacques Rancière sobre os regimes artísticos, usaremos os documentários ensaísticos realizados por Alain Resnais e Agnès Varda para responder as seguintes perguntas: como as questões da representação do real se cruzam com as da análise do fato histórico? Qual o pensamento sobre a História que é próprio do documentário moderno? Palavras-chave: Documentário, História, realismo, ensaio, montagem. Resumen: A partir de las consideraciones de George Didi-Huberman sobre el montaje cinematográfico y las de Jacques Rancière sobre los regímenes artísticos, utilizaremos los documentales ensayísticos producidos por Alain Resnais y Agnes Varda para pensar de qué modo las cuestiones de la representación de lo Real se entrecruzan con las del análisis del hecho histórico. ¿Cuál sería el pensamiento sobre la Historia propio del documental moderno? Palabras clave: Documental, Historia, realismo, ensayo, montaje.
O papel da imprensa na reconstrução de memórias televisivas
2017
Quando nos deparamos com um objecto de estudo que combina som e imagem – a música num programa de televisão – mas quase todas as gravações estão irremediavelmente perdidas, pensamos que também o nosso trabalho está comprometido. O ânimo regressa no momento em que percebemos que a imprensa nos pode ajudar não só a reconstruir essas memórias, como a resgatar aquilo que ficou omisso na emissão televisiva. Este artigo tem como objectivo demonstrar a importância de publicações periódicas de naturezas distintas na reconstrução de memórias musicais em Portugal no final da década de 1960 e início da década de 1970, nomeadamente as revistas Flama, Rádio e Televisão, Nova Antena e Plateia, bem como os jornais Diário de Lisboa, Diário Popular, A Capital e O Século. O primeiro exemplo debruça-se sobre os artigos publicados acerca do talk-show Zip-Zip, emitido pela televisão pública (RTP) entre Maio e Dezembro de 1969, cujas gravações se encontram perdidas, que permitiram reconstruir os alinhamentos do programa no que concerne à música ali performada. O segundo exemplo analisa o modo como a imprensa tratou um dos programas de maior importância nas cenas televisiva e musical em Portugal – o Festival RTP da Canção – um concurso anual realizado com o objectivo de escolher a representação portuguesa no Festival Eurovisão da Canção, nomeadamente o acompanhamento à edição de 1975. Em ambos os casos, as publicações periódicas permitiram reconstruir memórias visuais e musicais. Estas publicações são essenciais para analisar e compreender as diversas posturas e valores relativos ao papel da música na televisão e na sociedade portuguesas.
O cinema: outra forma de "ver" a história
Revista iberoamericana de educación (Impresa), 2006
A história sempre fascinou cineastas e, a despeito das críticas que deferiram às produções cinematográficas, os historiadores nunca deixaram de freqüentar as salas de cinema e até os sets de filmagem. O fascínio que a história exerce sobre cineastas e, reciprocamente, envolve historiadores com o cinema e os reflexos em seus respectivos campos de atividade são questões que tem atraído pouco a tenção de analistas e pesquisadores. Muitas dessas questões podem estar assentadas nas relações que História e Cinema estabelecem ou buscam estabelecer com seu público, fato que fez com que historiadores como Peter Burke tenha sugerido aos seus pares alternativas encontradas por cineastas 1. Um caminho para esclarecer tais questões pode ser o de abordar a especificidade dos discursos que historiadores e cineastas formulam, evidenciando aproximações e diferenças entre eles. A intenção que tem lugar nesse trabalho, entretanto, é um pouco menos pretensiosa: buscamos uma abordagem dos discursos da História e do Cinema que possa contribuir para que os professores de História venham ampliar práticas educacionais que empregam filmes e outras mídias, incorporando-as aos processos de construção do conhecimento histórico. Uma reflexão rápida sobre a questão nos faz reconhecer que os discursos formulados por historiadores e cineastas pretendem oferecer uma compreensão do real. Os seus discursos estão em dialogo com outros discursos que circulam na cultura e contribuem para conferir significados diferenciados aos processos e/ou personagens históricos, à memória social e histórica das sociedades contemporâneas. Aproximações, menos evidentes nascem da leitura de autores como Certeau, Burke, Veyne, Furet, no campo da História e de Mitry e Aumont, no campo do Cinema e da sua linguagem 2. Estratégias discursivas do cinema e da história. Aproximações (?) Tomando esses autores como referência, podemos considerar que Cinema e História constroem discursos auto-explicativos e de convencimento, que pretendem enredar 3 seus "leitores"; são concebidos como discursos de autoridade-do qual uma visão mais crítica, mais sofisticada, sempre pode escapar: a
Veracidade e credibilidade na fotografia documental contemporânea
Tríade, 2022
As reflexões de Ritchin e Fontcuberta sobre a perda da credibilidade das imagens com a consolidação do uso do sistema digital de imagens na prática da fotografia e fotojornalismo, apontaram questionamentos relativos à questão da veracidade e credibilidade ainda não esgotados, que permitem aprofundar o debate. Por meio de revisões bibliográficas de pesquisadores como Sontag, Machado, Flusser, Cotton, Dubois, Agamben, Baudrillard, e Lissovsky, a hipótese central do artigo é a de que, se estamos em meio a uma efetiva perda da credibilidade das imagens, com uma consequente desconstrução do conceito de aderência à ideia de realidade, o fotojornalismo contemporâneo deveria ter o papel de testemunha ocular da história questionado. Contudo, a conclusão deste artigo aponta para a ideia de que estamos diante de um falso dilema, pois a questão da veracidade na fotografia documental, na atual era digital, permanece presente e associada à questão da credibilidade de quem produz e publica as imagens.
Testemunhar por imagens: oralidade, memória social e a produção do audiovisual na pesquisa histórica
Visualidades, 2018
Resumo Este artigo trata da relação entre a história e o audiovisualna pesquisa, explorando a experiência da história oral,a produção da entrevista em audiovisual e a produçãodo documentário a partir do registro audiovisual. Nasreflexões teóricas sobre o papel epistemológico da oralidade na história, defende-se a ideia de que, na produção danarrativa histórica é possível incorporar o audiovisual comoferramenta de registro da memória social e como fonte deprodução da narrativa historiográfica. O objetivo do artigo éo de refletir sobre a relação entre história oral, o audiovisuale a produção da narrativa historiográfica em audiovisual, a partir do momento em que o historiador introduz a câmeradigital na pesquisa de campo, o que o torna um produtorde um novo tipo de fonte histórica, um verdadeiro cadernode campo audiovisual, que registra situações com detalhes,gestos, lágrimas, sorrisos, tensão, emoções, fazendo surgirnovos caminhos e possibilidades para a narrativa histórica:uma histó...
As ditaduras que nos assombram: o audiovisual como tecnologia de memória
Revista Binacional Brasil Argentina: diálogo entre as ciências, 2024
Este texto propõe uma reflexão sobre a potência das narrativas audiovisuais - cinematográficas e televisivas - como tecnologias que atuam na configuração de memórias acerca dos últimos regimes ditatoriais que assolaram Argentina (1976-1983) e Brasil (1964-1985). Para isso, revisamos as relações entre memória e história, e pensamos o papel das produções audiovisuais ficcionais e documentais nessa equação, atentando à importância das políticas de fomento ao setor. Nessa revisão, recordamos algumas produções cinematográficas notórias de ambos os países, que abordam e dão a ver os horrores perpetrados pelos regimes ditatoriais. Em seguida, propomos uma breve análise sobre como a temática da ditadura chega à televisão, tomando como exemplo a série argentina História de um clã (2015) e a supersérie brasileira Os dias eram assim (2017). E encerramos discutindo a importância de produções audiovisuais que desvelem e mantenham presentes memórias sobre as ditaduras, sobretudo, no crescente contexto contemporâneo de revisionismo histórico promovido pela extrema-direita na Argentina e no Brasil.
Veja, Istoé e Época: recontando a história no universo midiático
2010
A historia reescrita pelos historiadores do instante Veja, Istoe e Epoca ressurge mediante estrategias que significam o acontecimento discursivo. Esta pesquisa pode nos encaminhar a enxergar que a forma como os discursos da midia reescrevem a historia esta submetida a jogos de representacoes, e a todo um conjunto de tecnicas, aparatos graficos, imagens, uma intericonicidade que vai delineando os dizeres. Tais veiculos por onde a historia e recontada, falam a partir de lugares, espacos determinados no ambiente social. Retomam, atraves do arquivo, rastros de outros discursos, saberes de outras epocas para construir sentidos. Embora se utilizem de uma ideologia voltada para o novo no instante imediato, observamos nos discursos das revistas, a reproducao de discursos velhos imortalizados na historia tradicional. Os dizeres produzidos pela midia instauram sentidos no imaginario dos sujeitos e as historias narradas reproduzem a ideologia do vencedor. Os discursos reaparecem carregados de ...
Estratégias discursivas na reapresentação de vídeo
RESUMO: o presente artigo tenta desvelar as estratégias discursivas (principalmente de tematização e de realidade) e os componentes de construção enunciativa apresentados por Charaudeau presentes nos vídeos selecionados pelo campo jornalístico. Assumimos como pressuposto que esses vídeos apresentam um padrão de enunciação que o torna capaz de ascender à lógica jornalística. E que através da verificação das estratégias discursivas somos capazes de revelar tanto a lógica de produção do vídeo quanto de apropriação pela ordem midiática e de revelar as representações, os imaginários e conflitos envolvidos nesse processo.