Sobre NFTs e Esculturas Imateriais: a contínua expansão das fronteiras do mercado artístico e o alcance do direito de autor (original) (raw)
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Anais do Encontro Internacional de Grupos de Pesquisa: convergências entre arte, ciência, tecnologias & realidades mistas, 2021
O presente artigo aproxima a teoria crítica do valor e o materialismo para realizar uma leitura dos Non-Fungible Tokens (NFT) dentro do intercâmbio de produção artística no mercado, incorporando categorias como capital, trabalho, mercadoria, valor de uso e troca, representação, entre outras. São analisadas as transformações dos meios de produção poética mediados pelos modos de produção de valor. Para tanto, é oferecido um breve cenário de definições e eventos, bem como obras destinadas a NFT's e seus contextos de produção, compra, venda e especulação financeira. Atreladas ao controverso espaço de interação econômica digital das blockchains, tais obras têm seu valor dinamizado, ampliando-se em sua fetichização econômica.
NFTs: arte e especulação na era digital
Revista Pessoa, 2021
NFTs: arte e especulação na era digital Em fevereiro de 2021 uma curiosa sigla invadiu o universo da arte: NFTs, abreviação de non fungible tokens, que na tradução literal significa códigos não fungíveis. Dizia-se que um novo formato de arte havia sido criado: a criptoarte. Os NFTs abriam
Compliance no mercado de obras de arte e proteção do patrimônio cultural
Publicações da Escola da AGU, 2020
O artigo aborda a utilização de obras de arte para lavagem de dinheiro e analisa a potencialidade na aplicação de políticas e processos de compliance de prevenção à lavagem de dinheiro e financiamento ao terrorismo (PLD/FT) por aqueles que se envolvem no mercado das artes. O argumento central para desenvolvimento do artigo foi lastreado na importância das medidas preventivas, com adoção de protocolos e normas que afastem (ou dificultem sobremaneira) as obras de arte de esquemas criminosos de lavagem de dinheiro que, por sua vez, ocultam ou dissimulam os proveitos de outros ilícitos, como os crimes de corrupção e os financeiros. Também é discutida a destinação de obras de arte apreendidas em processos penais. O texto está estruturado em quatro tópicos argumentativos: Obras de Arte e compliance: considerações iniciais; A evolução regulatória do tema: as imbricações do mercado de artes com o combate à lavagem de dinheiro e terrorismo; Mecanismos de compliance para o mercado de artes; Destinação das obras de arte apreendidas em processos penais que versem sobre lavagem de dinheiro.
Antimonumentos entre a Escultura e os Quadrinhos
Revista Digital do LAV, 2013
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Arte patrimonial como base para o patrimônio imaterial
Patrimonio E Memoria, 2007
Este artigo busca discutir o conceito de arte patrimonial elaborado por Mário de Andrade para o anteprojeto de criação do Serviço do Patrimônio Artístico e Nacional-SPAN, em 1936, como elemento indiciário da trajetória de uma concepção ampla de patrimônio cultural configurada no decreto 3.551/2000, que instituiu o registro e inventário do patrimônio cultural de natureza imaterial. Tendo-se como objetivo demonstrar a atualidade do projeto andradino para o patrimônio cultural-sobretudo pela centralidade que ocupa o inventário em sua visão de preservar-procura-se reconstituir o percurso de constituição desse pensamento e prática preservacionista, cujo diálogo com as cartas, diário de viagem, crônicas, decretos-leis e literatura do período, revela uma fina sintonia com os projetos modernistas de construção da brasilidade, passando pelas viagens de descoberta do Brasil e pela experiência de Mário de
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Do mercado ao museu: a legitimação artística da gravura popular
Visualidades, 2012
Arte popular, gravura popular, folheto de cordel do mercado ao museu: a legitimação artística da gravura popular 40 vIsUaLIdadEs Abstract Once all artistic categories undergo different processes of legitimacy, there is one in particular, in which the issue of legitimacy is fundamental for determining its very existence: popular art, which only begins to exist as an artistic category from the moment it is acknowledged by official instances. The current paper analyzes the process of artistic legitimacy of popular engraving, whose production is developed on the margins of the official system, as illustrations in cordel booklets to be sold in public markets and then to become a privileged category of "popular art", collected and exhibited in both national and international museums.
Inovação em edição, exibição e comercialização de artes em NFT (Token Não Fungível)
Zenodo (CERN European Organization for Nuclear Research), 2023
Inovação em produção, exibição e comercialização de artes em NFT (Token Não Fungível) 1 Dr. André Araújo de Menezes (UEMG) Dra. Celina Figueiredo Lage (UEMG) Este trabalho visa investigar os espaços do mundo da arte que se intersectam na contemporaneidade nas primeiras décadas do séc. XXI, focando na arte produzida e disseminada através das novas mídias, na forma de arte digital, como a criptoarte em NFTs (Tokens Não Fungíveis), que são uma espécie de certificado digital, estabelecido via blockchain, que garante sua originalidade e exclusividade. O trabalho busca mapear como a tecnologia digital e o advento da blockchain (tecnologia de cadeia de blocos) vem transformando o sistema atual das artes no que tange à inovação em produção, exibição e comercialização de obras de arte. O território das artes, através da criptoarte, vem provocando uma revolução conceitual e estética no mundo da arte, em todos os âmbitos, mas, por serem recentes, ainda são fenômenos pouco conhecidos e compreendidos. Nossa hipótese principal é que
International Journal of Digital Law, Belo Horizonte, v. 2, n. 2, maio/ago. , 2021
O presente artigo tem como objetivo analisar a garantia de autenticidade por meio de Non-Fungible Tokens e a (in)validade para a proteção de obras intelectuais, com especial enfoque às obras artísticas. A pesquisa foi desenvolvida por meio do método hipotético-dedutivo, lastreado na revisão bibliográfica, e se justifica em razão do crescente número de comunidades de artistas que aderem à exposição e venda de suas criações em galerias digitais e transacionam em um Blockchain. Em um primeiro momento, estudou-se a proteção da propriedade intelectual, destacando-se convenções internacionais sobre a temática, bem como as disposições da legislação brasileira; e, em segundo momento, foi estudado o conceito de artes digitais, para fins de avaliar, posteriormente, a (in)validade do registro das obras por meio de NFT’s. Como resultado da pesquisa, conclui-se que o NFT se apresenta como uma possível solução para garantia de autoria e autenticidade das produções no espaço cibernético, embora ainda restem dúvidas sobre a segurança que esta tecnologia efetivamente possa atestar.
Sobre a 'ideia regulativa' da obra de arte
Dimensão estética: homenagem aos 50 anos de Eros e Civilização, 2005
Este texto desenvolve brevemente a guinada que se estabelece no pensamento de Herbert Marcuse a respeito da função sócio-política da arte. Desde a perspectiva de crítica da forma estética como "caráter afirmativo" da cultura, Marcuse passa a considerar positivamente a forma estética em seu livro de maturidade chamado "A dimensão estética", e desenvolve a ideia de que a arte é portadora de uma "ideia regulativa". Esta e outras expressões kantianas estão bem presentes no escrito, tais como "a priori" e "imperativo categórico" da arte. Este texto foi originalmente uma apresentação de congresso realizada em 2005. Para minha surpresa, tem sido citado por pesquisadores da obra de Marcuse. Por esta razão, compartilho aqui, pois ele está indisponível na internet. Para citações, pode-se utilizar o seguinte formato: GRUPILLO, Arthur. “Sobre a ‘ideia regulativa’ da obra de arte.” In: KANGUSSU, Imaculada et al. (org.). DIMENSÃO ESTÉTICA: HOMENAGEM AOS 50 ANOS DE EROS E CIVILIZAÇÃO. Belo Horizonte: ABRE, 2005. 1 CD-ROM.