Comunidades quilombolas: elementos conceituais para sua compreensão (original) (raw)

Relato de experiência: a relevância da comunidade quilombola para a sociedade

2018

Experiencia de uma aula passeio na cidade de Amarante, para conhecer a comunidade quilombola Mimbo ,esse tipo de aula traz ao aluno a possibilidade de estudo e aprendizagens, relacionadas a conteudos curriculares, usando todos os sentidos para buscar o desenvolvimento cultural, social, pessoal e intelectual do aluno. OBJETIVO: Conhecer a comunidade quilombola Mimbo, no intuito de aperfeicoar os conhecimentos sobre as questoes etnicos-raciais. METODOLOGIA: descritiva e exploratoria. RESULTADOS E DISCUSSOES: Os pontos positivos observados foi saber que esta comunidade ainda mantem intacta as tradicoes e suas culturas, continua ainda viva sua historia e suas raizes mesmo com tantas transformacoes sociais, economica e politica, a comunidade Mimbo tem orgulho de sua cultura. Os pontos negativos observados foi a dificuldade que a comunidade encontra para sobreviver por causa da seca, dificultando a plantacao, os moradores nao conseguem arrumar emprego na cidade por falta de experiencia e ...

Comunidades Quilombolas no Brasil

RELACult - Revista Latino-Americana de Estudos em Cultura e Sociedade

Este artigo tem como objetivo focalizar os processos de formação e de afirmação histórico social de comunidades quilombolas. A tempo, o estudo perpassa por três ambiências em sua composição temática: na primeira parte é evidenciada, de forma geral, a evolutiva forma de organização dos seres humanos em comunidades ou sociedades. Essa retomada histórica traz suas repercussões nas sucessivas formações de comunidades tradicionais mencionadas neste estudo; a segunda parte traz a noção conceitual de quilombo a partir da afirmação/negação de remanescência e por fim, descreve o processo de formação e de resistência dos africanos ao escravismo colonial que se estende até os nossos dias, em cenas de intensas e vigorosas lutas. O estudo está ancorado numa metodologia de natureza qualitativa e foi gerado a partir da compilação do estado da arte sobre a temática em relevo passando por diversos tempos de produção científica dado que a problemática abordada entrelaça variados contextos históricos ...

Comunidades Quilombolas sob a perspectiva da transição demográfica

Política & trabalho, 2018

Este artigo objetiva discutir a configuração demográfica atual das comunidades quilombolas brasileiras em relação ao perfil da transição demográfica verificado para o conjunto da população nacional nas últimas décadas. Os dados que utilizamos para a composição deste estudo derivam dos censos demográficos nacionais e de uma pesquisa realizada em 2011 que coletou informações populacionais e socioeconômicas no conjunto das 9.191 famílias que habitavam as 169 comunidades quilombolas que até 2010 haviam obtido o título definitivo de propriedade de seus territórios. Com a análise comparada dos dados, foi possível identificar em que variáveis a população quilombola se afasta ou se aproxima do perfil demográfico nacional. Na conclusão mostramos que, se por um lado esta população específica ainda não completou o seu processo de transição demográfica, começa a apresentar fortes tendências nesta direção.

As Comunidades Quilombolas No Brasil

2007

RESUMO: O trabalho tem como finalidade analisar aspectos históricos para melhor definirmos o que é um quilombo, bem como analisar a legislação vigente sobre o tema. A finalidade é abordar de forma crítica os direitos fundamentais que os quilombolas possuem, demonstrando na prática como isso vem ocorrendo no Brasil.

Comunidades quilombolas do Brasil: desafios e perspectivas

Cordis Revista Eletronica De Historia Social Da Cidade Issn 2176 4174, 2013

Resumo: O objetivo deste artigo é discutir a trajetória das lutas empreendidas pelos remanescentes das comunidades quilombolas do Brasil, considerando a incorporação do artigo 68 do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias (ADCT), da Constituição Federal de 1988, o Decreto 4887/2003, a convenção 169/OIT e o Estatuto da Desigualdade Racial. Assim, pretende-se também debater as batalhas que foram travadas pelos quilombolas em busca do reconhecimento por parte do Estado brasileiro e de suas demandas pela certificação, demarcação e obtenção dos títulos de posse de terra.

Comunidades quilombolas, reconhecimento e proteção social Quilombola

Revista Vértices (Campos dos Goytacazes), 2012

Este artigo discute a inserção das comunidades remanescentes de quilombos no formato da proteção social que emerge da Constituição de 1988. Tal formato caracteriza-se por um escopo mais amplo de cobertura ao se desvincular, parcialmente, do modelo contributivo vigente desde 1930. De forma específica discutimos o caso da comunidade da Lapinha situada no Norte de Minas Gerais. Apoiados na chamada "Teoria do Reconhecimento", concluímos o artigo apontando que o reconhecimento dos remanescentes de quilombos pressupõe, em primeiro lugar, que estes estabeleçam pontes semânticas capazes de levá-los a identificar situações comuns de privação e derivem daí agenciamentos que garantam a continuidade de suas lutas. Por outro lado, é importante analisar criticamente os processos, a partir dos quais as agências públicas conseguem garantir espaços de paridade participativa, capazes de gerar reconhecimento no campo da justiça que, para além de valorações culturais positivas, possa viabilizar perspectivas de redistribuição econômica.

Comunidades Quilombolas Sob a Perspectiva Da Cidadania Multicultural: Possibilidade De Inclusão?

Revista Brasileira de Sociologia do Direito, 2017

O presente artigo trata-se de parte das pesquisas realizadas no Programa de Mestrado Interdisciplinar em Ciências Humanas pela Linha de pesquisa: “Cultura, Política e Sociedade”, da Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri- UFVJM. Pretende-se apresentar possibilidades teóricas capazes de vislumbrar caminhos a percorrer na construção da cidadania multicultural de comunidades quilombolas, sob a perspectiva de Will Kymlicka. Neste sentido, situa-se a multiplicidade cultural e pluralidade de identidades, em face das relações de poder assimétricas, exsurgindo a necessidade de se questionar e desafiar práticas silenciadoras das identidades étnicas de minorias vulneráveis, tal qual os remanescentes de quilombos, que representam grupos minoritários historicamente excluídos e marginalizados pela sociedade brasileira.

Sobre imagens e quilombos: notas a respeito da construção da percepção acerca das comunidades quilombolas

Discute-se basicamente como, em certa medida, para aprovar os artigos constitucionais 68, 215 e 216, que concedem direito ao território às comunidades remanescentes de quilombolas há 20 anos, os congressistas, na época, valeram-se de uma imagem congelada de uma “certa história do Brasil” e perceberam tais comunidades como reduto de negros pobres. Hoje, essa mesma percepção continua no imaginário social brasileiro, perpassando algumas instituições governamentais ligadas à questão quilombola. Essas imagens são evidentes em cartazes, folders e vídeos de divulgação de ações institucionais e no discurso de alguns profissionais. Este artigo lança um olhar sobre certas imagens produzidas por instituições governamentais a respeito dos quilombolas. Elas serão lidas, não da forma como desejam seus proponentes, mas pela sua omissão, pela imagem ausente e/ou estereotipada