Controvérsias no diagnóstico e tratamento do hipercortisolismo subclínico / Controversies in the diagnosis and treatment of subclinical hypercortisolism (original) (raw)
Brazilian Journal of Health Review
RESUMO O Hipercortisolismo Subclínico (HS) é uma condição de difícil diagnóstico e está presente em até 30% dos casos de Incidentaloma Adrenal (IA). O hipercortisolismo em um nível sutil e prolongado tem diversas consequências, tendo como comorbidades associadas mais frequentes a hipertensão arterial sistêmica (HAS), a diabetes mellitus do tipo 2 (DM2), a osteoporose, dislipidemia, a obesidade, doenças cardiovasculares e desequilíbrio no sistema músculo-esquelético. O diagnóstico ainda carece de um padrão ouro e diverge quanto as diversas diretrizes das sociedades de endocrinologia, porém o teste que tem se mostrado mais eficiente é o teste de supressão com 1mg de dexametasona (TSD), que deve ser acompanhado de outros testes de confirmação, que dependem da recomendação da diretriz analisada, os quais podem incluir o cortisol salivar noturno (CSN), o cortisol livre urinário de 24 horas (CLU), os níveis de ACTH e os níveis de sulfato de dehidroepiandrosterona (DHEAS), além de outros testes. O tratamento será decidido entre a intervenção cirúrgica ou pelo tratamento conservador. A decisão quanto o tratamento também não está em consenso na literatura, visto que existe a necessidade de evidências de mais alto nível, entretanto, estudos analisados parecem consentir para um bom prognóstico no que tange a intervenção cirúrgica em detrimento da terapia conservadora, a qual raramente mostra-se benéfica e pode apresentar, inclusive, piora do estado e comorbidades associadas ao HS.