POR UMA PEDAGOGIA CRÍTICA MULTILETRADA: componentes de integração no ensino de língua inglesa para brasileiros (original) (raw)

A INSERÇÃO DE GÊNEROS MULTIMODAIS NO ENSINO DE LÍNGUA INGLESA NA FORMAÇÃO INTEGRAL DO DISCENTE: UMA ANÁLISE A PARTIR DE UMA PROPOSTA CONSTRUÍDA COM OS PRESSUPOSTOS DA ANÁLISE DO DISCURSO CRÍTICA E DA PESQUISA-AÇÃO

Propõe-se investigar as possibilidades e a relevância da inserção de gêneros multimodais no ensino de Língua Inglesa no Ensino Médio Integrado, como ferramenta de aprendizagem daquele idioma, de maneira a oportunizar uma formação integral e omnilateral do discente, ancorada nos pressupostos da ADC-Análise do Discurso Crítica (FAIRCLOUGH, 2016), da pesquisa-ação (THIOLLENT,1997) e da abordagem metodológica da sequência didática interativa (OLIVEIRA, 2013). O estudo demonstra o uso e a funcionalidade da multimodalidade, especialmente após as crescentes inovações tecnológicas, embora, no campo educacional, ainda seja necessário um esforço mais efetivo nas práticas docentes para a formação de um leitor capaz de perceber as diferentes construções de sentido presentes no texto, assim como desenvolver a sua participação e compreensão leitora nas práticas sociais.

ENSINO DE INGLÊS, LETRAMENTO CRÍTICO E CIDADANIA: UM TRIÂNGULO AMOROSO BEM-SUCEDIDO

Este trabalho tem por objetivo relatar uma experiência de elaboração de materiais didáticos para o ensino de línguas estrangeiras (inglês e espanhol), a serem utilizados em escolas públicas do estado do Paraná, no ensino fundamental. O trabalho foi desenvolvido pela equipe de línguas estrangeiras (ensino fundamental) da Secretaria de Estado de Educação do Paraná (SEED) e por consultores externos em 2005 e 2006. Os materiais desenvolvidos incluem uma seleção de textos com orientações aos professores, o material do aluno, cartazetes, CDs de áudio e vídeo, e transparências. O projeto buscou o desenvolvimento de materiais flexíveis, não seriados, que pudessem contemplar tanto as realidades globais como as locais, atendendo às necessidades dos diversos contextos escolares no estado, sem a pretensão de ser um livro-texto acabado, com conteúdos pré-estabelecidos. Os materiais têm como base teórica o ensino/aprendizagem por letramento crítico, concebendo a língua como discurso, e tendo uma perspectiva de texto como unidade de sentido verbal e não verbal. Nossa proposta pretende ir além da visão da língua como código lingüístico a ser ensinado, enfatizando o processo de construção coletiva de sentidos, entendendo que a realidade é também uma construção coletiva. Procuramos contemplar diversos tipos textuais, como e-mails, folhetos, poemas, cartas, páginas da web, e imagens, possibilitando ao aluno ter acesso a uma diversidade de textos e contextos de uso da linguagem. Neste trabalho explicitamos as diversas seções que compõem as orientações ao professor, seus objetivos e os tipos de atividades recomendadas: preparação, exploração textual, problematização, e dicas ao professor. A seção chamada de “problematização” propõe a construção coletiva de sentidos, através de questionamentos dos temas abordados nos textos. Tanto objetivos educacionais como linguísticos são contemplados em nossa proposta.

ECOS DA PEDAGOGIA CRÍTICA FREIREANA NAS PERSPECTIVAS CRÍTICAS EM EDUCAÇÃO LINGUÍSTICA DE LÍNGUA INGLESA ECHOES OF FREIREAN CRITICAL PEDAGOGY IN THE PERSPECTIVES OF CRITICAL ENGLISH LANGUAGE EDUCATION

Revista Juçara, 2021

Tendo como principal objetivo problematizar os conceitos de diálogo, colaboração e empoderamento –todos caros à pedagogia crítica difundida por Freire na década de 1970 –e apontar possibilidades outras de atuação crítica, o presente artigo se trata de uma pesquisa bibliográfica (LIMA, MIOTO, 2007), organizada a partir das discussões teóricas mobilizadas na dissertação de Mestrado do primeiro autor (ALMEIDA, 2017), revisitadas à luz do cenário atual. O texto está organizado da seguinte maneira: iniciamos a conversa apresentando algumas limitações nos conceitos de diálogo, colaboração e empoderamento empenhadospela pedagogia crítica. Revisitamos esses conceitos partindo das discussõesde Ellsworth (1989), Urzêda-Freitas (2012) e Contreras (2012). Trazemos, em seguida, as perspectivas críticas como possibilidades de atuação na educação linguística crítica em língua inglesa. Por fim, tecemos algumas considerações transitórias a respeito da multiplicidade de teorizações sobre as perspectivas críticas no bojo da Linguística Aplicada Crítica (LAC).

AS QUESTÕES ÉTNICO-RACIAIS NAS AULAS DE INGLÊS INSTRUMENTAL DO IFRJ SOB A ÓTICA DA PEDAGOGIA DOS MULTILETRAMENTOS

Revista Leia Escola, 2020

Este artigo analisa os resultados obtidos por meio da abordagem de questões étnico-raciais em aulas de Inglês Instrumental com turmas do curso técnico concomitante/subsequente em Administração, no IFRJ. Esta pesquisa teve como objetivos apresentar possibilidades para a adoção de um ensino transgressivo de inglês (HOOKS, 2017) e investigar os benefícios obtidos a partir da promoção dos multiletramentos (ROJO, 2013) dos aprendizes através do debate de questões étnico-raciais na sociedade, contribuindo para que sejam mais autônomos (OXFORD, 2003; NICOLAIDES et al., 2013). Como metodologia, realizaram-se tarefas, conciliando a temática da Consciência Negra e a aproximação dos alunos às tecnologias digitais através do aplicativo Padlet. Por meio da análise do processo de criação de murais virtuais por parte dos alunos, constatou-se que sua aproximação com ferramentas digitais em sala de aula contribuiu para a promoção da autonomia, visto que os discentes assumiram o protagonismo do processo de ensino e aprendizagem. Palavras-chave: Ensino de inglês. Autonomia. Novas tecnologias.

MULTILINGUISMO NA ESCOLA: CRENÇAS E ATITUDES LINGUÍSTICAS DE PROFESSORES DE LÍNGUA PARA/COM IMIGRANTES REFUGIADOS EM ESCOLAS PÚBLICAS DE CHAPECÓ

Muiraquitã: Revista de Letras e Humanidades, 2019

O ensino de língua portuguesa influencia no processo de integração social de estudantes em situação de refúgio e o professor tem grande importância nesse processo. Por isso, procura-se identificar e descrever crenças linguísticas de professores de línguas que lecionam em uma mesma sala de aula a alunos brasileiros e alunos imigrantes refugiados ou filhos de pessoas nessa situação. Procura-se investigar de que forma os professores se portam no acolhimento de diferentes culturas dentro dos espaços escolares, na promoção da tolerância e na inserção desses indivíduos nos contextos social e escolar. A partir da identificação das crenças, percebe-se como a formação dos professores e o suporte dado pelas instâncias organizacionais e políticas influenciam no que se refere a propiciar melhores condições para promover a manutenção e integração linguística e cultural e a sensibilização à diversidade no espaço escolar. Palavras-chave: Línguas minoritárias, Imigrantes refugiados, Professores de línguas, Crenças e atitudes linguísticas, Chapecó

Pedagogia dos multiletramentos para a aprendizagem de inglês

Revista Linguagem em Foco, 2020

Na perspectiva de uma escola pública transformadora, a aprendizagem de inglês vai além da compreensão de língua enquanto código linguístico. A globalização e as tecnologias digitais promovem formas de se comunicar por meio de semioses que precisam ser exploradas em sala de aula de forma ética, crítica e criativa. O objetivo deste artigo é avaliar os efeitos de uma proposta de ensino de inglês como língua franca baseada na pedagogia dos multiletramentos (THE NEW LONDON GROUP, 1996; COPE; KALANTZIS, 2015) em uma escola pública do interior do estado do Ceará. Articulou-se um diálogo entre a pedagogia dos multiletramentos e a Base Nacional Comum Curricular para promover uma intervenção pedagógica com 10 alunos com dificuldades de aprendizagem de inglês da primeira série do ensino médio. As atividades realizadas versaram sobre o tema fake news e foram desenvolvidas com o uso do aplicativo WhatsApp. A avaliação da proposta de ensino é feita por meio das respostas dos alunos a um questioná...

FORMAÇÃO CRÍTICA DE PROFESSORES DE LÍNGUA INGLESA: A DIALÉTICA QUE LHES FALTA

Anais: Seminário de Línguas Estrangeiras: a formação e a prática de professores de língua estrangeira, 2012

The field of continued teacher education has suggested the need for a continued formation that is critical. The idea is that critically based teachers can transform society making the social reality less unequal and more just. Studies undertaken in two postgraduate programs in the country show an intense production from applied linguists that bring to the field of continued education terms such as critical teacher, autonomy, reflection, colaborative research, teacher as researcher. Centered ideally on the concept developed by Schon (1983) that the teacher has tacit knowledge, these linguists posit the necessity of valuing this knowledge and transforming it into recognized scientific knowledge. Keywords: continued teacher education, practice paradigm, critical teacher education. RESUMO A formação contínua de professores de inglês tem sugerido uma formação que seja crítica. A ideia é que a criticidade dos professores possa transformar a sociedade tornando a realidade social mais justa e menos desigual. Estudos realizados em dois programas de pós-graduação no país revelam a intensa produção de linguistas aplicados que trazem, para o cenário da formação contínua, termos como professor crítico, autonomia, reflexão, pesquisa colaborativa, professor pesquisador. Idealmente centrados na ideia desenvolvida por Schön (1983) de que o professor tem um conhecimento tácito, esses linguistas evoluem sua postulação para a necessidade da valorização desse conhecimento e sua transformação em conhecimento cientificamente reconhecido. Palavras-chave: formação contínua de professores; paradigma da prática; formação crítica. Esta discussão sobre a tendência reflexivo-crítica na qualificação contínua de professores enfatiza a formação de docentes de língua inglesa, valendo-se da literatura e das pesquisas desenvolvidas no âmbito da Educação e da Linguística Aplicada a partir da década de 1990. A ideia de prática reflexiva não é nova, pois que remonta ao início dos anos de 1900 nos Estados Unidos, com a publicação do livro Como pensamos (1933), do filósofo norte-americano John Dewey. Mas foi com O profissional reflexivo (1983), obra de Donald Schön, que o termo reflexão viria a se consolidar como tema na formação de professores na literatura

"I'M GONNA LEAVE YOU WITH THE BACKLASH BLUES 1 ": UMA ANÁLISE ACERCA DA CONCEPÇÃO DO ENSINO DE LÍNGUA INGLESA NA BASE NACIONAL COMUM CURRICULAR SOB O VIÉS DA PEDAGOGIA CRÍTICA

E-curriculum, 2020

Programa de Pós-graduação Educação: Currículo-PUC/SP http://revistas.pucsp.br/index.php/curriculum RESUMO Considerando a importância de reconhecer o aspecto político-ideológico inerente ao ensino-aprendizagem de inglês, este estudo buscou investigar de que forma a língua inglesa é concebida na Base Nacional Comum Curricular-BNCC (BRASIL, 2017). Mais especificamente, pretendeu-se analisar se o ensino da língua inglesa preconizado na BNCC objetiva promover a conscientização crítica (FREIRE, 1970) de forma a contribuir com a formação de cidadãos que possam agir em seus contextos, tendo em vista a justiça social, conforme postulado pela Pedagogia Crítica (FREIRE, 1970; CROOKES, 2013) e enfatizado pelos documentos educacionais anteriores. Para tanto, analisou-se o documento da BNCC finalizado no ano de 2017, mais especificamente as seções que dizem respeito à língua inglesa no Ensino Fundamental. Trata-se, portanto, de uma pesquisa de ordem qualitativa, baseada na análise documental, à luz da teoria da Pedagogia Crítica (FREIRE, 1970; GIROUX, 1983; SHOR, 1992) e do Ensino de Inglês Crítico (CROOKES, 2013; PESSOA, 2014). A análise empreendida aponta que o documento da Base parece sugerir uma visão crítica com relação ao papel da língua inglesa (ao enfatizar seu status como língua franca, sua pluralidade e a valorização de seus diferentes registros), mas não verdadeiramente problematiza (ou discute como fazê-lo) de um viés crítico. Ainda, falha em apresentar definições claras para tais conceitos, explorando ideais de cidadania, tais como equidade e igualdade, de forma limitada e insuficiente. No que tange a questões político-sociais mais amplas, identificou-se um apagamento dos problemas sociais, que não são apresentados como objeto de estudo da unidade curricular. PALAVRAS-CHAVE: Base Nacional Comum Curricular; Ensino de Inglês Crítico; Pedagogia Crítica. i Doutora pelo Programa de Pós-Graduação em Inglês: Estudos Linguísticos e Literários (UFSC) com concentração em Estudos da Linguagem. Professora no

Português, língua pluricêntrica: integração de variedades no ensino

Revista internacional em língua portuguesa, 2021

A língua portuguesa não é falada de forma uniforme nos diversos espaços, tempos, circunstâncias, usuários, etc. Ela, como qualquer organismo vivo, acompanha a dinâmica de que é imbuída, o que lhe confere categorias de variação (cf. Mateus, 2003; Mussalim et al., 2012). Porém, apenas as variedades europeia e brasileira são reconhecidas no ensino. Esta situação abre espaço para dois problemas: a. a sobrevalorização da norma europeia em detrimento das demais; e b. a exclusão das variedades não normalizadas dos meios formais de ensino. Isto, por sua vez, atenta aos princípios da pluricentricidade da língua portuguesa. Ao abrigo deste estudo, urge propor a introdução de variedades não normalizadas (e.g., de Angola, Moçambique, Cabo Verde, São Tomé e Príncipe, Guiné-Bissau, Timor-Leste), no que ao léxico diz respeito, no ensino formal, dadas as vantagens comprovadas no ensino do português como língua estrangeira. A proposta assenta em dados filológicos e de pesquisa de campo.

Letramento Crítico Para Desmistificar Crenças Acerca Do Ensino De Inglês Como Língua Adicional

REVISTA DE LETRAS - JUÇARA

Crenças podem ser sociais e individuais, paradoxais, contextuais e dinâmicas. No que tange o ensino de língua inglesa como língua adicional, ainda é flagrante a permanência de crenças impregnadas de preconceito linguístico e de ideologias epistemológicas colonialistas. Além de visões formalistas do que é língua que influenciam a expectativa sobre o que determina saber uma língua (por exemplo, domínio de formas e estruturas gramaticais negligenciando os aspectos sociocomunicativos), há também uma supervalorização de um modelo idealizado de falante “nativo” com um viés neocolonial que foca em variantes de prestígio (como o inglês americano ou britânico). Combater o preconceito linguístico, questionar as crenças do senso comum e fomentar o pensamento crítico ajuda a promover a autoestima e segurança linguística tanto de alunos quanto de professores. Este estudo, então, propõe uma desmistificação dessas crenças a partir dos multiletramentos e do letramento crítico como um caminho para ...