Disfluências na sinalização em Língua Brasileira de Sinais (LIBRAS): Análise psicolinguística dos dados de um entrevistado surdo (original) (raw)
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Implicações da Língua de Sinais na aquisição da escrita de filhos ouvintes de pais surdos
Revista Educação Especial
Este artigo tem como objetivo discutir a interferência da língua de sinais na aquisição da linguagem escrita de um sujeito ouvinte (10 anos de idade) filho de mãe surda. A pesquisa foi realizada em uma cidade do interior do Estado do Paraná, onde esse sujeito reside. Trata-se de um estudo de natureza qualitativa, de cunho etnográfico, apoiada em um estudo de caso. Os registros foram coletados por meio de entrevistas realizadas com professores, psicóloga e equipe pedagógica das escolas, onde o sujeito estudou e com o próprio sujeito. Os resultados confirmam a tendência de que a maioria dos filhos ouvintes de pais surdos tornam-se bilíngues, pelo fato de dominarem duas línguas (a de sinais e a língua oral). A língua de sinais incide no processo de aquisição da linguagem escrita desses alunos, visto que, ao internalizarem a estrutura sintática dessa língua e também da língua portuguesa, natural e simultaneamente, pode acarretar a mistura dessas línguas no momento da elaboração da escri...
Aspectos Linguísticos Da Escrita De Língua De Sinais Representado Em Mapa Mental e Conceitual
Revista Ibero-Americana de Humanidades, Ciências e Educação
O artigo aborda os aspectos linguísticos da Língua Brasileira de Sinais – Libras que são abrangidos pela escrita de sinais no sistema signwriting apresentando um mapa mental e um conceitual para representação do conhecimento. Há como objetivo apontar que parâmetros linguísticos da Libras podem ser percebidos e ensinados ao trabalhar a escrita de sinais em sala de aula junto a aprendizes e utentes desta língua. A pesquisa se justifica no fato de pessoas surdas necessitarem acesso tanto à informação quanto às características de sua própria língua, abordando também a necessidade de acesso e uso de um sistema de escrita que possibilite a difusão de informações e do conhecimento para o registro gráfico. Tratamos de uma pesquisa descritiva usando o método de apresentação de um mapa conceitual que resultou na apresentação dos conceitos linguísticos básicos que podem ser trabalhos em sala de aula por meio do sistema signwriting.
Avaliação do vocabulário expressivo em crianças surdas usuárias da Língua Brasileira de Sinais
Revista CEFAC, 2012
OBJETIVO: investigar o desempenho de crianças surdas usuárias da Língua Brasileira de Sinais em teste de vocabulário expressivo. MÉTODO: a amostra foi composta por 64 sujeitos (32 crianças no grupo estudo e 32 no grupo controle) que foram divididos em 4 grupos por idade (5, 6 , 7 e 8 anos). Todas as crianças foram submetidas ao Teste de Linguagem Infantil ABFW - Vocabulário. As respostas foram classificadas em designação do vocábulo usual (DVU), não-designação (ND) e processo de substituição (PS), de acordo com a proposta da autora da prova. RESULTADOS: na maioria dos campos conceituais, o grupo de deficientes auditivos obteve pior desempenho em relação ao grupo controle. Verificou-se que nos dois grupos estudados os piores desempenhos ocorreram nas categorias locais, alimentos e vestuário, em todas as idades. Em ambos os grupos verificou-se melhor desempenho nas crianças de 5 anos de idade, em comparação às demais crianças. Também em ambos os grupos estudados, os processos de subst...
Língua de Sinais: escrita dos surdos na Internet
V Congresso Ibero-Americano de Informática na …, 2000
Até hoje no Brasil os surdos, usuários da língua brasileira de sinais não tem como escrever em sua própria língua. Isto quer dizer que para escrever usam o português escrito, sua segunda língua. Nesta língua encontram grandes dificuldades de expressão. A produção escrita dos surdos é quase inexistente, limita-se a comunicações rudimentares feitas com dificuldade. Na leitura , mesmo após muitos anos de escolaridade, a compreensão é pequena.
Uso Da Variação Linguística Na Língua Brasileira De Sinais
2014
Esta pesquisa tem por finalidade mostrar que a lingua e um organismo vivo dentro da sociedade, e que, apesar da busca pela formalidade da lingua ela pode se apresentar de varios modos. A pesquisa foi feita a partir de surdos que trabalham com o ensino de Lingua materna, e realmente averiguar se a variacao linguistica diz respeito a erros, se devem ou nao, serem tratados com indiferenca pela sociedade. Todos os participantes sinalizaram de maneira homogenea? Por fim, perceber qual o papel do dicionario de uma lingua, a relacao dele com a realidade no uso.
Cadernos CEDES, 2006
O artigo propõe uma reflexão psicolingüística sobre as construções conceituais de crianças surdas no que diz respeito à escrita. O trabalho revela, a partir de um diálogo com as idéias de Emília Ferreiro e Ana Teberosky, que a psicogênese da escrita vivenciada por crianças surdas, que têm a língua de sinais como primeira língua e língua de instrução, se desenrola de forma diferente ao que é vivido por crianças ouvintes em processo inicial de construção da escrita. As principais especificidades dessa aquisição relacionam-se: a não-fonetização da escrita, a uma intensa exploração dos aspectos viso-espaciais da escrita e ao uso dos parâmetros fonológicos da língua de sinais como elemento regulador e organizador da escrita. Tais peculiaridades exigem, portanto, que a escola e o professor alfabetizador revejam suas concepções sobre o processo de escrita no surdo, pensando em (novas) práticas pedagógicas que considerem a realidade bilíngüe e sua relação não-sonora com a escrita.
Análise do Dicionário da Língua de Sinais do Brasil
The ESPecialist
Este artigo apresenta a análise do Dicionário da Língua de Sinais do Brasil: a Libras em suas mãos de Capovilla et al. (2019). Trata-se do dicionário de Libras mais relevante e difundido no país, sendo a versão mais recente dos dicionários produzidos pela equipe de Capovilla. Este estudo faz parte da pesquisa de doutoramento em Letras da Universidade Federal do Rio Grande Sul. O objetivo deste trabalho é fazer uma análise do dicionário nos seus componentes constitutivos, a fim de identificar os caminhos e desafios para a redação do dicionário de nossa pesquisa. Como metodologia, aplicamos nesse estudo os princípios de estruturação canônica para dicionários semasiológicos (macro, microestrutura e Front Matter) a partir de Borba e Bugueño-Miranda (2012), Bugueño-Miranda (2007), Bugueño-Miranda e Farias (2013) e Seliste (2019). Como resultado, percebemos a necessidade de melhor definição dos traços essenciais da obra, como o perfil de usuário e a função, a fim de estruturar os componen...