Interações medicamentosas: inibidores da enzima conversora da angiotensina, bloqueadores dos receptores da angiotensina II, inibidoresdiretos da renina. (AU) (original) (raw)
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2009
RESUMO Os inibidores da enzima conversora da angiotensina (IECAs) sao em geral bem tolerados, sendo a tosse seca e hipercalemia os principais efeitos colaterais relatados. Nessas situacoes, a substituicao do IECA por um bloqueador do receptor da angiotensina (BRA) pode ser uma opcao. Efeito classico dos IECAs e a diminuicao da taxa de filtracao glomerular, que pode piorar a funcao renal, mais frequente em pacientes com desidratacao, insuficiencia cardiaca, em uso de anti-inflamatorios e com doenca renal previa. Em funcao da possibilidade de hipercalemia com o uso do IECA, BRA e/ou alisquireno, caso haja algum fator de risco, como idade avancada, desidratacao, insuficiencia renal, diabetes e administracao concomitante de poupadores de potassio e/ou anti-inflamatorios, atencao especial deve ser dada a dieta, quando o consumo de potassio deve ser reduzido. A administracao simultânea do IECA ou BRA, com diuretico, ou com antagonista do canal de calcio, promove efeito anti-hipertensivo s...
Interações medicamentosas mais comuns com os anti-hipertensivos: Uma revisão de literatura
Revista Científica Multidisciplinar Núcleo do Conhecimento, 2021
Introdução: A hipertensão Arterial é umas das doenças mais prevalentes mundialmente, associada a complicações cardiovasculares. Dessa forma mostra-se a importância de reduzir os níveis pressóricos, para isso os pacientes fazem uso de associações medicamentosas e essa necessidade para tratar a hipertensão e outra comorbidades pode causar interações medicamentosas, afetando diretamente na efetividade do tratamento farmacológico. Com isso, o presente artigo teve como objetivo realizar uma revisão bibliográfica para identificar as interações mais comuns com medicamentos anti-hipertensivos. Metodologia: Trata-se de uma revisão integrativa da literatura pela análise de pesquisas sobre o assunto demostrados em estudos quantitativos. A busca dos artigos se deu por bases de dados Scielo, Medline, Pubmed, Periódicos Capes e Biblioteca Virtual em Saúde, entre o período de 2000 a 2020, visando selecionar trabalhos que tiveram grande impacto social e construir uma base de dados consistente. Resu...
Rev Bras Cardiol, 2010
Fundamentos: Os inibidores da enzima conversora da angiotensina são frequentemente prescritos para o tratamento da hipertensão arterial sistêmica e da insuficiência cardíaca congestiva. Os dois primeiros representantes dessa classe, o captopril e o enalapril, constam na Relação Nacional de Medicamentos Essenciais devido à eficácia clínica, segurança comprovada e custo-efetividade. Objetivo: Analisar os padrões de prescrição de captopril e de enalapril para os usuários do Sistema Único de Saúde no Distrito Sanitário Oeste de Ribeirão Preto. Métodos: Realizou-se um levantamento no banco de dados da Secretaria Municipal de Saúde de Ribeirão Preto para quantificar os usuários do Sistema Único de Saúde que receberam a prescrição de captopril e de enalapril, a frequencia de dispensação e analisaram-se os esquemas terapêuticos no período entre 01/03/2006 e 28/02/2007. Os dados foram submetidos à análise de variância e aos testes t de Student e de comparações múltiplas de médias. Resultados: Identificou-se que 9560 pacientes utilizaram os inibidores da enzima conversora da angiotensina, sendo que destes, 46,57% utilizaram captopril, 45,74% enalapril e 7,69% os dois fármacos simultaneamente ou não. A idade média dos usuários foi 61 anos e a utilização desses agentes aumentou progressivamente com o aumento da faixa etária. As doses médias prescritas de captopril foram 69,9mg/dia e de enalapril, 21,35mg/dia e um total de 41,57% dos pacientes apresentaram risco de apresentar interação medicamentosa. Conclusões: Atualmente, existe uma preferência de prescrição de inibidores da enzima conversora da angiotensina em unidades públicas de saúde devido à sua relevância terapêutica para o tratamento de doenças crônicas.
Inibidores da enzima conversora de angiotensina são fatores de risco ou proteção na COVID-19?
Multidisciplinary Reviews, 2021
After the identification of angiotensin-converting enzyme II (ACE2) as a functional receptor for SARS-CoV-2, it was hypothesized that the chronic use of ACE2 inhibitors and angiotensin AT1 receptor blockers (ARBs II) might be related to the positive regulation of the enzyme in several tissues, and therefore to an increased susceptibility to the virus. The hypothesis provoked divergent opinions since contrary evidence showed that a low expression of ACE2 is involved in the pathological process of lung injury after viral infection. We aimed to review the literature on the risk or benefit of chronic use of antihypertensive drugs in patients exposed to the SARS-CoV-2 virus. The MEDLINE/PubMed ® database was searched using the following keywords: "Angiotensin-converting enzyme inhibitors"; "Angiotensin II receptor blockers"; "Hypertension"; "SARS-CoV-2"; "COVID-19". The search resulted in 230 publications. After reading the available abstracts and full articles, 14 studies were selected that showed content compatibility with the theme. Although there is a lack of consensus among researchers, the use of these drugs should not be interrupted until further evidence is obtained about the use of antihypertensive drugs in patients exposed to the SARS-CoV-2 virus. KEYWORDS: angiotensin-converting enzyme inhibitors; angiotensin II receptor blockers; hypertension; SARS-CoV-2 RESUMO A partir da identificação da enzima conversora de angiotensina II (ECA2), como um receptor funcional para SARS-CoV-2, aventou-se que o uso crônico de inibidores de ECA2 e de bloqueadores do receptor AT1 da angiotensina (BRAs II), poderia estar relacionado a regulação positiva da enzima em vários tecidos e, portanto, a uma maior suscetibilidade ao vírus. A hipótese, provocou opiniões divergentes, posto que, evidências contrárias mostraram que uma baixa expressão da ECA2 se encontra envolvida no processo patológico de lesão pulmonar após a infecção viral. Objetivamos revisar a literatura acerca do risco ou benefício do uso crônico de fármacos anti-hipertensivos em pacientes expostos ao vírus SARS-CoV-2. Realizou-se uma busca na base de dados indexados do MEDLINE/PubMed ® , utilizando os seguintes descritores na língua inglesa: "Angiotensin-converting enzyme inhibitors"; "Angiotensin II receptor blockers"; "Hypertension"; "SARS-CoV-2"; "COVID-19". A busca resultou em 230 publicações. Após a leitura dos resumos e artigos completos disponíveis, foram selecionados 14 estudos que mostraram compatibilidade de conteúdo com o tema. Embora seja observada a falta de consenso entre pesquisadores, o uso destes fármacos não deve ser interrompido até que maiores evidências sejam obtidas acerca do uso dos fármacos anti-hipertensivos em pacientes expostos ao vírus SARS-CoV-2. PALAVRAS-CHAVE bloqueadores do receptor de angiotensina II; hipertensão; inibidores da enzima conversora de angiotensina; SARS-CoV-2