A coisalidade da coisa e a quadratura em Martin Heidegger (original) (raw)
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Uma outra quadratura em Martin Heidegger
Protestantismo em Revista, 2015
The paper aims to present, using a parallel with the concept of Heidegger quadrature, the square that forms the basis for understanding his hermeneutic. His contribution lies, as the reader will notice, in an inter-relationship between being in the world (existence), the thought, the thing in the text and the language. This square meets and is collected in man, one who exists, who reflects, who has in its ontic structure the presence of language as well as the unique ability to reflect. He is the one that fundaments the hermeneutics in Heidegger, as well as signals for a reflexive bias that invites the man to not settle with a depleted or even calculating thought.
Uma outra quadratura em Martin Heidegger Another quadrature in Martin Heidegger
Resumo O texto propõe apresentar, utilizando-se de um paralelismo com o conceito de quadratura de Heidegger, um outro quadrado que forma a base para a compreensão de sua hermenêutica. Sua contribuição reside assim, como perceberá o leitor, numa inter-relação entre o ser-no-mundo (a existência), o pensamento, a coisa do texto e a linguagem. Esse quadrado se reúne e é recolhido no homem, ente que existe, que reflete, que tem em sua estrutura ôntica a presença da linguagem bem como a capacidade única de refletir. Ele é que fundamenta a hermenêutica em Heidegger, bem como sinaliza para um viés reflexivo que convida o homem a não se contentar com um pensamento empobrecido ou mesmo calculante. Palavras-chave Heidegger. Hermenêutica. Quadratura. Ser. Homem. Abstract The paper aims to present, using a parallel with the concept of Heidegger quadrature, the square that forms the basis for understanding his hermeneutic. His contribution lies, as the reader will notice, in an interrelationship between being in the world (existence), the thought, the thing in the text and the language. This square meets and is collected in man, one who exists, who reflects, who has in its ontic structure the presence of language as well as the unique ability to reflect. He is the one that fundaments the hermeneutics in Heidegger, as well as signals for a reflexive bias that invites the man to not settle with a depleted or even calculating thought. [Texto recebido em outubro de 2015 e aceito em novembro de 2015, com base na avaliação cega por pares realizada por pareceristas ad hoc]
A partir do encontro da filosofia de Martin Heidegger com a literatura fantástica de Jorge Luis Borges, pretendemos, aqui, apresentar a noção de jogo (Spiel) da quadratura como constituinte da relação homem-mundo, a fim de explicar a questão da relação entre mortais e imortais no conto “O imortal”, de Borges. Partimos de uma explanação de conceitos da fase tardia da obra de Heidegger, para, em seguida, trazer a interpretação heideggeriana do poema “No azul sereno…”, de Friedrich Hölderlin, a fim de compreender uma das fontes da reflexão heideggeriana. Por fim, procederemos à leitura do conto de Borges, com a obra de Heidegger como chave interpretativa.
As objeções de Nietzsche ao conceito de coisa em si
Kriterion: Revista de Filosofia, 2013
Entre os temas kantianos discutidos por Nietzsche, o tradicional problema do estatuto da coisa em si é particularmente relevante para a formulação de sua própria filosofia. Por esse motivo, a compreensão de Nietzsche desse problema também se tornou um dos assuntos mais debatidos e controversos entre seus intérpretes. De forma geral, tende-se a identificar na filosofia de Nietzsche uma trajetória que o levaria da admissão de um conceito de coisa em si em sua juventude até uma negação, em sua filosofia madura, da coisa em si, considerada como uma concepção contraditória. A discordância entre os comentadores surge quando se pergunta se o conceito de coisa em si que Nietzsche nega é exatamente aquilo que Kant entendia por coisa em si. Nosso trabalho pretende discutir essa questão a partir do estudo de três objeções de Nietzsche ao conceito de coisa em si, levando em consideração os aspectos históricos do problema e as soluções oferecidas pela literatura secundária.
Pretendemos pesquisar o nexo ontológico entre tempo e espaço, na obra de Martin Heidegger, em três momentos específicos: [i] a primazia da temporalidade sobre a espacialidade, em Ser e Tempo (1927); [ii] em textos das décadas de 1930 e 40, com a perda da subordinação da temporalidade à espacialidade, mostraremos o surgimento do conceito de acontecimento-apropriador; [iii] em textos dos anos de 1950, trataremos do conceito de quadratura, enquanto um modo de concretização do conceito de acontecimento-apropriador. A partir da reconsideração de Heidegger na conferência Tempo e Ser (1962), qual seja, a insustentabilidade da espacialidade do Dasein à temporalidade (§ 70 de Ser e Tempo), indicaremos a co-originariedade entre tempo-espaço-ser, amálgama que é denominado de topologia do ser. Neste momento, esclareceremos os conceitos de lugar, região, habitação, caminho, proximidade e distância, os quais constituem o conceito de quadratura como expressão desta topologia. Nosso objetivo consiste em apontar como tal topologia expõe a copertença entre temporalidade, espacialidade e verdade do ser.
Martin Heidegger e a sua hermenêutica
Este trabalho abordará a questão hermenêutica em Martin Heidegger, onde far-se-á o esboço da sua hermenêutica ontológica, na questão da pré-estrutura da compreensão, na questão do ser e na análise existencial. Heidegger viveu entre os anos 1889 à 1976. É o expositor principal da filosofia da existência. Na sua obra Ser e Tempo objectiva-se em estabelecer uma ontologia capaz de determinar, de maneira apropriada, o sentido do ser, onde faz uma análise existencial sobre aquele ente, o homem, mas nos seus escritos de 1930. Heidegger concede uma reviravolta, onde não trata mais aquele ente, mas o ser e sua autorrevelação. Desta forma, Heidegger pôs-se na preocupação de orientar uma ontologia assente na determinação dos existenciários, isto é, modos do ser do Dasein. O Dasein é o primeiro pré-ontológico, pois tem a possibilidade de desenvolver uma ontologia, ou seja, um perguntar em forma claramente teórica pelo sentido dos entes. O Dasein, é o sentido do ser, isto é, o Ser-aí, onde este é aquele ente que propõe a pergunta sobre o sentido do ser. O Ser-aí, não é uma simples-presença, mas é aquele ente para o qual as coisas estão presentes, e o seu modo de ser, a sua essência e a sua natureza é a existência. A existência é poder-ser e poder-ser é projectar, por isso que a existência é transcendência, ou nas palavras de Heidegger, ultrapassagem.
O aprender e o ensinar a partir da obra Que é uma coisa?, de Martin Heidegger
Educação (UFSM)
O presente trabalho, decorrente de uma pesquisa bibliográfica através do método de análise do conteúdo, visa pensar acerca do aprender e do ensinar a partir do princípio matemático, tá mathemata, retomado por Heidegger. Nossa proposta traz como texto base a obra de Heidegger, O que é uma coisa? (1935 - 1936). A obra é organizada em duas partes: uma parte preparatória e uma parte principal dividida em dois capítulos. Nosso texto retomará a parte preparatória na qual, Heidegger, através da questão Que é uma coisa?, visa compreender se há um saber que determina os fundamentos e limites da ciência ou se é a ciência o padrão de medida do saber, e também o primeiro capítulo da parte principal, no intuito de abordarmos a discussão acerca do princípio matemático que provém etimologicamente do grego tá mathemata, o que se pode aprender – Manthanoein – e ao mesmo tempo, consequentemente o que se pode ensinar – Mathesis – que significa lição e traz um duplo sentido: ir a uma lição e aprender ...
O ser do animal segundo Martin Heidegger
Revista Geografares
O presente artigo tem o propósito de apresentar os principais conceitos criados pelo filósofo Martin Heidegger a respeito do ser do animal, bem como, através da interligação e da articulação entre os referidos conceitos, demonstrar a hipótese segundo a qual o ser do animal possui uma temporalidade caracterizada tanto pela ausência de presente quanto pela ubiqüidade entre o futuro e o passado.Palavras-chave: Martin Heidegger, natureza, Dasein, ser do animal, tempo, ubiqüidade. ABSTRACTThe article presents the core concepts of philosopher Martin Heidegger regarding the being of the animal, and also, through interconnection and articulation among these concepts, an hypothesis according to which the being of animal possesses a temporality characterized as much by absence of present as by ubiquity between future and past.Keywords: Martin Heidegger, nature, Dasein, being of animal, time, ubiquity.