Núcleos urbanos e afirmação de soberania no Alentejo duocentista: o caso de Estremoz (original) (raw)

"Como membro de um corpo": o poder senhorial nobiliárquico no Alentejo como parte do sistema político do Portugal quatrocentista

À guisa de quitação Índice Índice de mapas, gráficos e tabelas Siglas Introdução Capítulo 1 | Muito mais que palavras, um projeto de investigação 1.1) Começando pelos conceitos… 1.2) … passando pela historiografia… 1.3) … para chegar às questões Capítulo 2 | Para Além do Tejo, o território da análise 2.1) A rede de poderes até ao dealbar do século XV 2.2) Só mesmo um condado? Os senhorios nobiliárquicos dos séculos XIII e XIV Capítulo 3 | Reis e senhores 3.1) De João a João, um século de relações 3.2) Querendo-lhe galardoar e acrescentar-a Coroa como origem 3.3) A vila com seus termos-a geografia senhorial Capítulo 4 | Os poderes senhoriais 4.1. Com mero e misto império-a justiça senhorial 4.2. Com suas rendas e direitos-a fiscalidade senhorial Capítulo 5 | Senhores e concelhos Considerações finais Fontes Fontes inéditas Fontes publicadas Bibliografia Apêndices ÍNDICE DE MAPAS, GRÁFICOS E TABELAS Mapa 1-O Alentejo no contexto do reino de Portugal Gráfico 1-Emissão de cartas de doação e de confirmação por década Gráfico 2-Poderes jurisdicionais outorgados Gráfico 3-Reserva de correição e alçadas Tabela-Doações feitas por Nuno Álvares Pereira no Alentejo Tabela 2-Presença em cortes de concelhos de jurisdição senhorial nobiliárquica do Alentejo SIGLAS ADB-Arquivo Distrital de Beja ANTT-Arquivo Nacional da Torre do Tombo BPE

Os movimentos autárquicos não-partidários: forças de mudança? Os casos de Estremoz e Alandroal

2017

The committed and active participation of citizens in national and local political structures is a European and global phenomenon. It might be a consequence of disappointment towards traditional parties, but it might also configure sources of regeneration. In Portugal, the emergence of Non-Partisan Local Movements occurs since 2001 and tends to increase. Estremoz and Alandroal are examples where these organized structures hold the power. These movements are dis- sident from the local traditional political parties, supported by citizens and mir- roring their aspirations and needs. They represent citizen ́s success in different levels. In Estremoz, the movement has always been successful when elections take place; in Alandroal, the existence of two political movements, struggling within the same ideological party family, meant less success for both. Citizens ́ political movements appeal to regeneration of both the traditional party system and democracy. Keywords: non-partisan political movements, parties, dissident, citizens, elec- tions, democracy, party system

Territórios de fronteira: o Megalitismo nas abas da Serra d’Ossa (Estremoz-Redondo, Alentejo, Portugal)

2018

Border Territories: Megalithism on the shoulders of the Ossa mountain range (Estremoz-Redondo, Alentejo, Portugal) RESUMO O perfil imponente da Serra d'Ossa, agindo como óbvio marco topográfico na paisagem alto-alentejana (entendida geograficamente, e não culturalmente, como a área esfraldada entre o curso do Tejo a Norte e a Serra do Mendro a Sul), parece ter assinalado a transição, como «fronteira natural», entre dois universos megalíticos individuais: o universo centro-alentejano, caracterizado pelos monumentos do eixo Montemor-Évora-Reguengos; e o universo norte-alentejano/extremenho, caracterizado pelos monumentos do grupo Crato-Nisa-Alcántara. Com base nos trabalhos conduzidos por M. Heleno, G. e V. Leisner, e pela equipa do projecto MEGAGEO (dirigida por R. Boaventura) nas áreas de Estremoz e Redondo, os autores pretendem esboçar algumas leituras a respeito dos patamares evolutivos do Megalitismo nas abas da Serra d'Ossaleituras estas baseadas tanto na análise das arquitecturas e respectivos mobiliários votivos como na própria situação espacial dos monumentos e sua consequente dispersão territorial. Com efeito, regista-se nesta região uma interessante diversidade arquitectónica, desde os pequenos sepulcros de Câmara simples (como Godinhos, Chãs 1, Barroca ou Talha 3) aos sepulcros afins dos tholoi (como Caladinho), passando pelos pequenos sepulcros de Corredor curto (como Outeirões 2 ou Courela da Anta) e pelos sepulcros de Corredor de média/grande dimensão (como Casas do Canal 1, Entre Águas, Vidigueira ou Casas Novas 1), com tempos de utilização estendidos genericamente desde meados do 4º milénio a.n.e. até finais do 3º/primeira metade do 2º milénio a.n.e.-revelando

As Dinâmicas Das Relações Entre Os Municípios Do Alto Alentejo

2017

Num tempo em que as questões relativas à descentralização de competências para as autarquias locais estão na ordem do dia, as relações de cooperação são frequentemente apontadas como solução para múltiplos problemas com que se confrontam os municípios. Na verdade, os apoios ao desenvolvimento de políticas públicas autárquicas em diversos domínios de ação são marcados pela necessidade de intensificação das relações entre atores, quer da mesma natureza, por exemplo, os municípios, quer de natureza diversa, por exemplo entre municípios e agrupamentos de escolas ou entre aqueles e as Instituições Particulares de Solidariedade Social. Ora, essas relações entre atores organizacionais - que podem ser de diversos tipos e intensidades (Silva, Fialho, & Saragoça, 2013; Alves, 2012) - constituem-se como uma rede que pode e deve ser cartografada de modo indutivo a fim de se encontrarem regularidades, grupos e categorizações (Portugal, 2007, p. 7). No quadro de uma investigação em curso sobre co...

António Henriques da Silveira e as Memórias analíticas da vila de Estremoz

António Henriques da Silveira e as Memórias analíticas da vila de Estremoz, 2003

Com base nestas referências documentais, pomos em causa que Barnabé Henriques alguma vez tenha habitado as casas nobres de António Henriques da Silveira, situadas na rua de Santa Catarina, como se infere pela leitura do texto de Túlio Espanca (veja-se Túlio ESPANCA, Inventário artístico do distrito de Évora (zona Norte), vol. I, p. 191. As escrituras notariais em que Josefa Maria da Silveira participou, efectuadas entre 1741 e 1752, ocorreram, na sua maior parte, no seu local de residência, sempre referido como sendo na Levada. No entanto, antes da instalação definitiva na rua fronteira ao terreiro de S. Brás, a família habituou numa casa na rua de S. Pedro (seriam as traseiras do palácio da rua de Santa Catarina?), onde residiam em 1755. Cf. A.D.E./F.N., Estremoz, livº 156 (1754-55), escritura de 5-9-1755, f. 97v.-98v.

Dinâmicas Urbanas: Entre a Expansão Periférica e o Esvaziamento do Centro de Coimbra

O presente artigo pretende contribuir para a discussão das medidas de contenção do crescimento extensivo e indeterminado das cidades, focando o problema da desertificação dos seus centros. Este tipo de crescimento materializa-se, na sua maioria, numa urbanização difusa, de baixa densidade e maioritariamente monofuncional que tem contribuído para a fragmentação e empobrecimento da estrutura, da forma e da vida urbana. Este trabalho foca o caso de Coimbra e apresenta indicadores que revelam o esvaziamento (de população e funções) das freguesias centrais em oposição ao crescimento das freguesias periféricas. Constatado o progressivo abandono do centro urbano à custa de avanços extensivos no território, coloca-se a questão: Porquê continuar a esticar e multiplicar infra-estruturas e estruturas, quando possuímos um significativo número desaproveitadas, desabitadas, depreciadas? Assim, este trabalho defende a densificação do centro da cidade de Coimbra como proposta de contenção ao crescimento extensivo e disperso, considerando que através do adequado (re)aproveitamento dos espaços vazios expectantes (construídos ou livres) é possível (re)habitar e dinamizar o centro urbano potenciando, desta forma, o predicado essencial das cidades: o sentido de urbanidade.

Megalitismo, destruições e classificações: perspetivas e problemáticas sobre o estado da questão no Alentejo

Scientia Antiquitatia, 2022

Cuando analizamos las investigaciones arqueológicas realizadas en el Alentejo desde finales del siglo XIX, en torno al Megalitismo, y la información que se desprende de ellas, a través de las numerosas publicaciones realizadas, vemos que, en poco más de un siglo, esta región perdió un número importante de monumentos. Sin embargo, cuando escalonamos estas destrucciones en términos temporales, vemos que el periodo más oscuro fue la primera mitad del siglo XX. Pero fueron eliminaciones Reconociendo el incuestionable valor que el conjunto megalítico alentejano representa en nuestro Patrimonio Cultural, intentamos en este trabajo presentar el estado de la cuestión y la problemática existente en torno a la investigación, salvaguarda y clasificación, en un momento en que el Ministerio de Cultura está abriendo un procedimiento para la clasificación de este conjunto, sin filtros.