Gênero, Discurso e Sentido: O Masculino e O Feminino No Livro Didático (original) (raw)
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Sequências Didáticas sobre Gênero e Diversidade
2020
O livro que você terá acesso agora, organizado pelos professores, Daniel Manzoni de Almeida, Davi Sanches Silva e João Rodrigo Santos Silva, é um conjunto de propostas pedagógicas, para diversas áreas do saber, cuja proposta ética principal é pensar o gênero e a sexualidade para além das violências normativas da cisgeneridade e da heteronormatividade. <em>Sequências didáticas sobre gênero e diversidade</em> é resultado da Oficina de Formação Continuada em Sexualidades e Gêneros, que ocorreu em junho de 2020 e contou com a participação de doze docentes de diversas áreas do saber. Ao longo da oficina, os professores não só foram estimulados a trocarem experiências, vivências e reflexões sobre gênero e sexualidade no espaço da sala de aula, mas também a produzirem sequências didáticas que abordassem o tema a partir de suas respectivas áreas de atuação.
Masculinidades Negras no Livro Didático de Língua Portuguesa
Cadernos de Gênero e Diversidade , 2019
Neste trabalho, analisamos o discurso sobre as masculinidades negras no livro didático de língua portuguesa do ensino fundamental no Brasil. Para isso, utilizamos a teoria da análise do discurso pecheutiana. Os livros selecionados para análise são dois: um do 5º e outro do 9º ano que estão entre os mais solicitados pelos professores da rede pública e comprados pelo Programa Nacional do Livro Didático (PNLD) em suas duas últimas edições. Como o livro didático é um importante instrumento para a educação escolar formal de crianças e adolescentes, considerando a sua utilização e o seu predomínio nesse processo de escolarização, bem como o seu potencial em "transmissão" de ideologia, entendemos que é de suma importância a sua análise em vários aspectos. No caso do livro didático de português, há uma especificidade: ele "veicula" ideologias muito diversas, que, inclusive, podem ser conflitantes, se considerarmos o fato de que é um instrumento que traz textos de todos os tipos, de todos os gêneros, de diversas áreas e de diversas épocas. No que diz respeito às masculinidades negras, a questão essencial que se coloca é se há representação dessas subjetividades e, caso haja, como ela é construída e quais sentidos "veiculam". Consideramos essencial avaliar como o livro didático de português trata a questão das masculinidades negras, se ele reproduz ou questiona sentidos considerados tóxicos do masculino; se está aberto para uma diversidade das masculinidades, considerando possibilidades múltiplas de sexualidade, gênero e classe, por exemplo; e se reproduz, silencia ou traz à reflexão questões ligadas ao racismo. PALAVRAS-CHAVE: Descriminalização do aborto. Audiência pública. Enunciação. Cena enunciativa. Hierarquia de saberes.
Gêneros Orais Nos Livros Didáticos
Revista do Sell
Este trabalho tem por objetivo apresentar os resultados de uma análise documental, de natureza descritivo-interpretativa de como os gêneros orais são trabalhados nos livros didáticos de Língua Portuguesa (LDLP) do 6º ano do Ensino Fundamental das seis coleções aprovadas no PNLD de 2020. O presente estudo justifica-se pela importância dos gêneros orais nas diferentes práticas sociais, o que é materializado em diferentes obras e documentos oficiais, como na BNCC, em que a oralidade é destacada como um dos quatro eixos para o ensino de LP. Além disso, justifica-se por tomar como material de análise a principal ferramenta de trabalho de grande parte dos docentes das escolas públicas brasileiras: o livro didático. Essa pesquisa embasou-se em estudos sobre os gêneros do discurso e sobre as abordagens de gênero no ensino, especialmente dos gêneros orais (BAKHTIN, 2000; BUNZEN, 2004; BEZERRA, 2015, 2020; TRAVAGLIA, 2011; DOLZ; SCHNEUWLY, 2004; TRAVAGLIA et al, 2017; DIONÍSIO; CAVALCANTI, 20...
Um Discurso Sobre Gênero nos Currículos de Ciências
Educacao Realidade, 2008
nos Currículos de Ciências. O objetivo deste artigo é analisar, tendo como contraponto outros sistemas referenciais, as tradições hegemônicas nos currículos de ciências desde os anos 90, com destaque para a diferença de gênero. São analisados os livros didáticos mais vendidos no período, entendidos como dimensão operativa do currículo e tratados como produtos culturais. A diferença é concebida a partir das matrizes antropológica e pós-colonial psicanalítica. A análise conclui que o currículo, além de biologizar a diferença e individualizar as diferenças entre homem e mulher ao vincular gênero, sexo e reprodução, intensifica a dicotomia ao generizar outras esferas da ciência. O caráter cultural de conceitos de masculino e feminino é reduzido, com a universalização da diferença para além do próprio humano. Palavras-chave: Currículo. Cultura. Educação em ciências. ABSTRACT-A Discourse about Gender in Science Curricula. The purpose of this paper is to examine the hegemonic traditions in science curricula in the 1990's, with regard to gender difference, using other referential systems as a counterpoint. It analyses the best-selling textbooks in the period, seeing them as an operative dimension of the curriculum and treating them as cultural products. The difference is conceived in the intersection between the anthropological and postcolonial psychoanalytic matrix approaches. It concludes that the curricula, besides biologizing and individualizing the man/woman difference, reducing it to reproduction, intensify it when generizing other spheres of sciences. The cultural burden of the concepts of feminine and masculine is reduced, with the universalization of the difference not only for different cultural groups, but to beyond mankind.
Leituras e Discussões De Gênero Na Escola
Interdisciplinar - Revista de Estudos em Língua e Literatura, 2019
Apresentamos uma experiência de trabalho com a temática de gênero em uma escola pública da Educação Básica, em Irecê, interior da Bahia. Inicialmente, trazemos um tópico teórico, no qual exploramos problemas de gênero, que persistem em salas de aula e corredores escolares; mostramos alternativas para que tais questões sejam dirimidas e ancoramos nossa discussão em autoras como Joan Scott, Guacira Louro e Jane Felipe, considerando gênero enquanto uma categoria necessária e útil para análise em programas escolares. Em seguida, apresentamos o desenvolvimento das atividades e justificamos a necessidade de se discutir gênero na escola, diante de casos de machismo que ainda vêm ocorrendo na escola e nos lugares de convívio dos/as estudantes. Palavras-chave: Educação. Gênero. Mulheres.
Gênero e Sexualidade No Currículo Da Pedagogia
Imagens da Educação, 2023
a qual propôs analisar as percepções de docentes e discentes sobre gênero e sexualidade no currículo da Pedagogia na formação transversal nessa instituição de Ensino Superior. O objetivo foi compreender os percursos curriculares propostos na formação transversal. A pesquisa de natureza pós-crítica envolveu expectativas do pesquisador, contextos da proposta de pesquisa, variáveis que abrangem os sujeitos, bem como os aportes teóricos dessa perspectiva. Ficou evidenciado que, no currículo, gênero e sexualidade no Ensino Superior se realizam na composição do estranhamento, da resistência, da invenção, da criatividade e na percepção do currículo como território de afirmação da vida. As análises possibilitaram identificar os movimentos curriculares das disciplinas transversais com foco em gênero e sexualidade como estratégias de inserção dessas temáticas na Graduação em Pedagogia.
A Progressão De Gêneros Argumentativos Escritos No Livro Didático
Revista Intertexto, 2011
Este texto busca verificar e analisar como tem sido trabalhada a progressão didática de gêneros escritos do argumentar no espaço didático. Para isso, selecionamos, como objeto de investigação, os livros do 6º e 7º anos do Ensino Fundamental II, da coleção mais adotada nas escolas públicas de Uberlândia. Palavras-chave: Gênero argumentativo; progressão didática, livro didático, ensino de Lingua Portuguesa.
Gênero e Sexualidade No Cotidiano Escolar
Revista GESTO-Debate
No ambiente escolar, observa-se constantemente eventos que possibilitam debates sobre como as questões de gênero e sexualidade são vivenciadas nas instituições escolares. Assim, verificou-se a necessidade de compreender a maneira tal qual uma gestora escolar vivencia e atua nestes espaços. Por meio de pesquisa com abordagem qualitativa com o uso de entrevista semiestruturada e análise de discurso, pretendeu-se analisar como uma gestora de escola pública de um município do interior paulista interpreta as questões de gênero e sexualidade em sua trajetória profissional. É possível concluir que o espaço escolar é marcado por ações hostis tensionadas por questões sociais, mesmo que se tenha uma aparente preocupação com os cenários de integração para os sujeitos frequentadores da educação. Em consonância, a demanda por cursos de formação é identificada, principalmente a partir da preocupação com as terminologias sobre as áreas aqui referenciadas.
Investigações em Ensino de Ciências, 2019
Os temas ‘gênero’ e ‘sexualidade’ têm sido objeto de especulação e discussão em diferentes contextos sociais como a família, a justiça, a medicina, a religião, a mídia, as redes sociais e a escola. Ao focalizar a escola na produção discursiva sobre esses temas, aparece outro lugar de destaque: os livros didáticos de Ciências. Este recurso didático veicula informações científicas sobre gênero e sexualidade a partir das ideias que se expressam na sociedade. Este artigo apresenta os resultados de uma investigação qualitativa documental realizada em dezesseis livros didáticos de Ciências do Ensino Fundamental do 6º ao 9º ano, cujos objetivos foram: analisar as ideias sobre gênero e sexualidade veiculadas; caracterizar os conteúdos apresentados e compreender como esses conteúdos são divulgados nos livros de Ciências. As categorias de análise construídas, a saber, “corpo biológico” e “corpo sociocultural”, foram problematizadas a partir da perspectiva teórico-metodológica dos Estudos Cult...