SANTA OLÍMPIA E SUAS RELAÇÕES COM A CIDADE DE PIRACICABA: MEMÓRIA E COTIDIANO DE UM BAIRRO TIROLÊS (original) (raw)

GUIA DE PACOBAÍBA: PATRIMÔNIO HISTÓRICO E POTENCIAL TURÍSTICO

Resumo: O distrito de Guia de Pacobaíba no município de Magé possui diversos bens culturais tombados e que contam a história da formação da Baixada Fluminense e do Brasil. A possível perda deste patrimônio justifica o tema do presente trabalho, que teve como objetivo analisar o potencial destes patrimônios para atrair o turismo. Para verificar o estado em que se encontram os potenciais atrativos, foram realizadas duas visitas ao distrito para registro fotográfico e coleta de informações, além de consultas a sites e outros documentos. Com base nos questionários aplicados pode-se perceber o grau de conhecimento da população local sobre este patrimônio. Percebeu-se que todo o conjunto tem potencial para ser inserido num circuito turístico e que é necessário investimento por parte do poder público, não só nos atrativos como no distrito como um todo, para que o mesmo seja implantado com sucesso.

ROMARIA DE SÃO BARTOLOMEU DE PONTE DA BARCA: MEMÓRIA(S) E IDENTIDADE(S

Costa descreve, na sua Corografia Portuguesa, a vila de Ponte da Barca da seguinte forma "da parte sul do rio Lima meya legoa da villa dos Arcos, cujo termo chega até ao padrão do meyo da Ponte, aonde chamão Val de Vez & seis legoas de Viana pela corrente do rio acima ao Nascente, está assentada a Villa de Ponte da Barca, cabeça do Concelho, que algum tempo se chamou Terra da Nóbrega, pelo castello que tem em hum alto monte". Mais adiante escreve que "Tem esta Villa duzentos & cincoenta vifinhos, Cafa de Mifericordia, Hofpital & estas Ermidas, S. Bertholameu, Santo Antonio, Santo Amaro, &Nossa Senhora da Conceição sobre as portas da Ponte" (Costa, Tomo 1, p. 234, sublinhado nosso). A existência de uma ermida dedicada a São Bartolomeu, na Vila de Ponte da Barca, aqui referida claramente na "Corografia Portuguesa" do Padre Carvalho da Costa (1706), é a primeira referência documental que encontramos a este templo cuja origem se deverá situar, com segurança, no século anterior. A devoção ao santo terse -á, lentamente, afirmado e reforçado junto da comunidade barquense, como referências documentais posteriores nos descrevem.

O INVENTÁRIO MEMÓRIA PAULISTANA, AS PLACAS DE PATRIMÔNIO E A SALVAGUARDA DE HISTÓRIAS DA CIDADE DE SÃO PAULO

Anais do 4º Simpósio Científico do ICOMOS Brasil, 2020

Neste texto, apresentamos como foi estruturado o Inventário Memória Paulistana, uma ferramenta de salvaguarda de narrativas sobre a cidade que formam identidades e memórias de grupos sociais de São Paulo, criada e regulamentada em 2019, através da resolução 13/2019 do Conselho Municipal de Preservação do Patrimônio Histórico, Cultural e Ambiental da Cidade de São Paulo. São discutidos alguns antecedentes e fatores que constituíam a situação inicial em que foi criado um projeto piloto focado inicialmente num espectro mais limitado, expondo os resultados iniciais desse experiência. Debatemos também como foi trabalhada sua ampliação e consolidação num instrumento de acautelamento, com objeto, metodologia e critérios de seleção definidos, numa discussão que dialoga com a diversificação de objetos patrimoniais e de formas de salvaguarda por parte da esfera municipal do patrimônio cultural, além de pensar a ligação com as relações sociais no tecido urbano e a democratização do direito à cultura. Por fim, é feito um breve balanço da atuação do Departamento do Patrimônio Histórico da Secretaria Municipal de Cultura de São Paulo no esforço inicial de implementação do Inventário Memória Paulistana, além de perspectivas e desafios enfrentados nessa breve história, possibilitando a análise desse instrumento num contexto mais amplo da atuação do patrimônio cultural atual.

O PATRIMÔNIO MUSEOLÓGICO ENQUANTO FONTE DE PESQUISA: AS DISPUTAS DE MEMÓRIA ENTRE O IMPÉRIO E A REPÚBLICA NA CIDADE DE PETRÓPOLIS

Anais do 2º Encontro Internacional História & Parcerias, 2019

O presente trabalho debate questões relacionadas à discussão do patrimônio museológico enquanto fonte de pesquisa e produção historiográfica. No caso específico, sustentado na proposta de Pierre Nora (1993), utilizaremos seu conceito de lugares de memória dispondo como objeto de análise o patrimônio petropolitano, especificamente, o Museu Imperial e o Palácio Rio Negro. Ambos, atualmente, unidades museológicas do Instituto Brasileiro de Museus, sendo o segundo, instituição vinculada ao Museu da República. Compreendemos que essas instituições são bons exemplos da possibilidade do patrimônio como fonte de pesquisa, condicionando, dessa forma, outros problemas que o trabalho tem por intuito discutir: como pensar a Petrópolis imperial e republicana? Como conceber a República em uma cidade que insiste ser corte? Nesse sentido, o trabalho versa em duas grandes linhas, são elas: refletir as possibilidades do patrimônio enquanto fonte para a produção historiográfica, apoiado no conceito de lugares de memória; e pensar de que maneira a análise de dois patrimônios específicos, Museu Imperial e Palácio Rio Negro, contribuem às pesquisas sobre a Petrópolis imperial e republicana. Consideramos que o patrimônio museológico tem muito a oferecer à pesquisa e produção de conhecimento historiográfico, sobretudo, às questões presentes no trabalho aqui apresentado.

TERRITÓRIO, TURISMO E CRESCIMENTO ECONÔMICO O CASO DO MUNICÍPIO DE OLÍMPIA-SP

Este relatório de campo tem como principal objetivo analisar o crescimento econômico na cidade de Olímpia, fazendo em meio ao texto algumas considerações ora de cunho mais crítico ora mais descritivo, procurando assim por meio da metodologia utilizada conseguir compreender a dinâmica existente entre turismo, espaço geográfico e o crescimento econômico nesta cidade.

RIO DAS RÃS MEMÓRIA DE UMA " COMUNIDADE REMANESCENTE DE QUILOMBO "

Em Rio das Rãs há um povoado chamado "Mucambo". Está a 17 km do Rio São Francisco, nas margens do qual vive atualmente a maioria da população de Rio das Rãs. Muitos dos moradores dali já ouviram falar do Mucambo, porém sem nunca lá terem estado. É um desses múltiplos sinais que balizam o espaço e a memória. Para alguns, o Mucambo é o lugar onde viviam pais e avós e onde eles mesmos foram criados, até que a seca de 1953 os obrigou a se instalar nas margens do Rio São Francisco. Desde então, só se voltava lá para buscar o gado que "mocambava no mato". Para a minoria dos idosos que lá viviam no passado, o lugar era "tão mata que só tinha onça". Depois chegaram os "negros" de língua "enrolada", que viviam de "caça e de mel". Alguns deles se tornaram, em seguida, escravos, quando os "marotos" (os portugueses) chegaram no Mucambo e mandaram construir a sua casagrande. Os relatos são confusos, do mesmo modo que também é confusa a história oficial da região... Para as famílias nascidas nas margens do rio, o Mucambo evoca, sobretudo, a origem dos "imbelinos" -este "povo" com quem moram hoje -, sendo o local de onde se emigrava, em tempos de grande seca, para cultivar as terras férteis do lameiro. Para os jovens, o Mucambo nem sequer é um sinal geográfico, pois as * Traduzido do francês por Álea Melo da Fonseca.

ARTIGO MEMÓRIAS DO PATRIMÔNIO COLONIAL: ARQUEOLOGIA DO SOBRADO DOS TOLEDOS, IGUAPE-SP MEMORIES OF COLONIAL HERITAGE: ARCHAEOLOGY OF THE SOBRADO DOS TOLEDOS, IGUAPE-SP

MEMORIES OF COLONIAL HERITAGE: ARCHAEOLOGY OF THE SOBRADO DOS TOLEDOS, IGUAPE-SP, 2019

RESUMO Este artigo trata-se de um palimpsesto do patrimônio colonial de Iguape-SP. Nosso objetivo é trazer, por meio do estudo arqueológico, as diversas ocupações do Sobrado dos Toledos, edifício histórico tombado pelo IPHAN, parte importante da paisagem de Iguape e símbolo neoclássico de um importante contexto colonial. Temos o intuito de ressaltar os agentes sociais, ou seja, todos os grupos sociais que vivem na cidade de Iguape e que fizeram e fazem parte das histórias recuperadas neste contexto, além de restaurar e exaltar as diversas memórias ali vividas, reconstruindo e refazendo uma biografia do local através de uma arqueologia histórica. ABSTRACT This paper is about a palimpsest of the colonial heritage of Iguape-SP. Our aims is to bring by the archaeological study, several phases of occupations of the Sobrado dos Toledos, a historic building that is listed by IPHAN, as an important part of the landscape and a neoclassical symbol of an important colonial context. We intend to emphasize the social agents, that is, all the social groups that live in the city of Iguape and that did and are part of the recovered the histories in this context, besides restoring and exalting the diverse memories lived there, reconstructing and remaking a biography of the place through a historical archeology.

A ARQUEOLOGIA URBANA E O PATRIMÓNIO DA CIDADE DE COIMBRA

As Ramificações Sociais e Académicas da Arqueologia, 2015

A arqueologia urbana é uma disciplina com presença crescente no panorama arqueológico. O seu desenvolvimento permitiu alargar exponencialmente o estudo da evolução das cidades, fruto das alterações ininterruptas ao edificado, que acompanharam as necessidades do crescimento populacional e das transformações sociais e económicas próprias de uma cidade, e que ficaram de forma indelével marcadas na malha urbana. A investigação que aqui se apresenta teve por base o estudo da prática arqueológica na cidade de Coimbra. Reuniu-se informação resultante da análise de dados obtidos no IGESPAR/DGPC, dos dados estatísticos proporcionados por 100 inquéritos de opinião realizados no Centro Histórico de Coimbra e da recolha de testemunhos de entidades directamente ligadas ao trabalho com o património e à prática arqueológica em Coimbra. Através da observação e interpretação dos dados recolhidos, foi possível constatar a evolução das intervenções arqueológicas ao longo de mais de 20 anos, bem como verificar vários projectos de reabilitação de monumentos classificados e não classificados. O cruzamento destes dados com os resultados dos inquéritos permitiu relacionar a prática da disciplina com a sua divulgação e sugerir alguns sinais quanto à capacidade de comunicação do património arqueológico e edificado da cidade de Coimbra, cujo Centro Histórico e Alta, estão actualmente inscritos na lista de Património da Humanidade da UNESCO.

A CIDADE DE LONDRINA SOB VIGIA: A OPERAÇÃO MARUMBI NO PARANÁ E O ENSINO DE HISTÓRIA

Apresentamos neste artigo uma proposta de aulas-oficina que integra as ações do projeto “Minha cidade no tempo da ditadura militar” desenvolvido pelo PIBID (Programa Institucional de Bosas de Iniciação à Docência) História 2014. As aulas-oficina foram desenvolvidas com os alunos (as) do 8° B do Ensino Fundamental do Colégio Estadual Dr. Gabriel Carneiro Martins, localizado na cidade de Londrina-PR. Tivemos por objetivo oferecer meios para a aprendizagem histórica dos alunos a partir da análise de fontes históricas que retratam o contexto de Londrina e da região Norte do Paraná no período da ditadura militar (1964-1985). Pretende-se, por meio da articulação da vida prática dos educandos (as) com as experiências e situações vivenciadas no tempo da ditadura, demonstrar as variadas formas de repressão empreendidas pelos militares durante esse período, abordando especificamente a “Operação Marumbi” (1975) que foi o maior inquérito de “caça aos comunistas” no Estado do Paraná. Por outro lado, tem-se a intenção de evidenciar as “atitudes” de resistência dos que lutavam pelas liberdades democráticas na conjuntura social e política daquele momento. Utilizar-se-á como metodologia, a aula-oficina de Barca (2004) e os pressupostos teóricos de Rüsen (2010) sobre a aprendizagem histórica, articulando-os com recursos didáticos, no caso, as fontes primárias e secundárias do período da ditadura. Considerando os 50 anos do golpe militar, “rememoramos” um período singular na História do Brasil, no qual os direitos políticos dos cidadãos foram esmagados pelo autoritarismo dos militares, sufocando qualquer tentativa de contestar e agir em favor do processo democrático e de mudança social.