Visões da escassez: uma interpretação do debate entre cientistas naturais e economistas no renascimento do ambientalismo (original) (raw)
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A atualidade do marxismo para o debate ambiental
Revista Espaco Academico, 2009
Karl Marx contribuiu decisivamente para o progresso do debate sobre a relação entre economia e natureza, ao interpretar a acumulação capitalista através das suas contradições sociais, ao contrário da concepção clássica liberal, baseada restritamente nas limitações naturais. De acordo com as análises de Marx, a continuidade do modo de produção capitalista, orientado, prioritariamente, pela maximização dos lucros, conduz, tendencialmente, a uma crescente exploração, alienação e expropriação da força de trabalho, por um lado, e, por outro, à deteriorização da base de produção econômica, da fonte da riqueza, ou seja, da natureza. Como esse debate evoluiu no decorrer dos tempos? Qual é a atualidade do pensamento marxiano diante da crise ecológica mundial? É essa a abordagem do presente texto, que se insere no debate teórico e político da obra de Marx e do marxismo contemporâneo.
Para pensar a 'subjetividade'no debate do sócio-ambientalismo
redalyc.uaemex.mx
Resumo: Inicialmente, o texto indaga sobre o significado do exercício do filósofo social; pretende também localizar as origens do debate moderno sobre ‗subjetividade' no pensamento filosófico e social. As idéias norteadoras de Kant, se situam na confluência e na disjunção entre razão (conhecimento) e subjetividade (moral). A partir dessa referência, o debate entre alguns pensadores considerados como pós-modernos (Badiou e Zizek), por um lado, e por outro Castoriadis que recusa esta nomenclatura, vão derivando idéias novas sobre ‗sujeito' e ‗verdade'. Esse debate não é sem conseqüências para a teoria sociológica que assume para si o desafio de introduzir a categoria de ‗sujeito' em seus cânones (Touraine). As reflexões de Stengers servem também para questionar e aproximar as práticas da produção do conhecimento e dos discursos científicos. Finalmente, restam desafios para se pensar teorias e práticas sócio-ambientais à luz desses conceitos apresentados ao longo do texto.
O Risco ambiental na modernidade e a seletividade do discurso ecológico
Texto parte da coletânea: "Direito, risco e sustentabilidade: abordagens interdisciplinares", coordenada por Clóvis Eduardo Malinverni da Silveira Sergio Francisco Carlos Graziano Sobrinho, publicada pela Editora EDUCS. O texto trata da questão ambiental na modernidade e a falência das soluções propostas pelo discurso ecológico quando essencialmente voltado às questões econômicas. Trata-se da defesa de modelos de tratamento da crise ambiental que priorizem verdadeiramente o tripé proposto pela sustentabilidade: viabilidade econômica, equidade social e preservação do meio ambiente.
A crítica fenomenológica ao naturalismo e a questão ecológica
A fenomenologia, a despeito da pluralidade de suas abordagens e apropriações, costuma ser identificada como uma filosofia de forte caráter subjetivista. Husserl, fundador do método fenomenológico e confesso cartesiano, manteve em toda a sua obra a afirmação da necessidade de partir da análise das estruturas da consciência e dos fenômenos tal como aparecem para o eu transcendental, uma vez que essa seria a base e o fundamento de todo o conhecimento possível. Heidegger e Merleau-Ponty, apesar das significativas alterações na concepção de fenomenologia, tampouco fogem de uma investigação que parte, essencialmente, do sujeito. Seja tal subjetividade o eu transcendental ou o ser-no-mundo, o fato é que a tradição fenomenológica, aparentemente com razão, poderia ser acusada de ser uma clássica representante do antropocentrismo.
A questão ecológica: entre a ciência e a ideologia/utopia de uma época
Cadernos de Saúde Pública, 1997
A problemática atual da questão ambiental remete-nos à discussão histórica da racionalidade científica, sobretudo nas sociedades ocidentais contemporâneas, onde o conflito entre a relação homem/meio natural fica evidenciado. Pretendendo dar conta deste conflito, a ecologia constituída como disciplina científica destaca-se como um campo problemático da ciência que busca integrar diversas disciplinas em torno de si. Alguns movimentos sociais, orientando-se por uma "visão ecologizada" (ecossistêmica) de mundo, partem para denunciar os impactos ambientais oriundos, dentre outros, do modelo tecno-industrial altamente poluidor, consumidor dos recursos naturais e gerador da atual desordem global da biosfera. Esses movimentos, sendo orientados por éticas diferenciadas, reivindicam mudanças do quadro social e ambiental da sociedade atual a fim de garantir as necessidades das futuras gerações.
A modernidade insustentável: as críticas do ambientalismo à sociedade …
Ambiente & sociedade, 1999
O presente livro de Héctor Leis é uma versão reformada e atualizada de sua tese de doutoramento em filosofia política. Nele, o autor desenvolve uma análise político-filosófica e histórica da formação e significado do ambientalismo na sociedade contemporânea. Esta tarefa, que se reveste ...
A Concepção Sociedade/Natureza Redimida Pela Questão Ambiental Contemporânea
Geo UERJ, 2010
RESUMO O presente artigo faz um breve percurso pela abordagem sociedade/natureza refletindo sobre alguns de seus conceitos, princípios e contribuições mais significativas. Passando pela Geografia Humana, Geografia Crítica e Geografia Humanística destaca os seus pontos relevantes e suas limitações. Ao abordar o momento atual, assinala o proveitoso diálogo com outras ciências e a importância da crescente demanda de estudos ambientais para fins pragmáticos. O presente artigo conclui que a abordagem sociedadenatureza, preocupação que sempre esteve presente na Ciência Geográfica, adquire cada vez mais um renomado desempenho no âmbito de um conhecimento estratégico. Palavras-chave: Geografia Humana. Meio Ambiente. Sociedade/Natureza. Complexidade. Problemas Ambientais. RESUMEN El presente artículo hace un breve recorrido por el tema sociedad/naturaleza reflexionando sobre algunos de sus conceptos, principios y contribuciones más significativas. Pasando por la Geografía Humana, Geografía Crítica y Geografía Humanística destacando sus puntos relevantes y sus limitaciones. Al abordar el momento actual, señala el provechoso diálogo con otras ciencias y la importancia de la creciente demanda de estudios ambientales para fines pragmáticos. Concluyendo el artículo que la revalorización del tema sociedad/naturaleza como preocupación que siempre estuvo presente en la Ciencia Geográfica adquiere cada vez más un renombrado desempeño en el ámbito de un conocimiento estratégico.
Valoração econômica do meio ambiente: ciência ou empiricismo
Cadernos de Ciência e …
RESUMO O objetivo deste trabalho é fazer uma revisão crítica da literatura sobre os métodos de valoração econômica ambiental que a teoria neoclássica disponibiliza para estimar valores para os recursos ambientais. Indicam-se os aspectos positivos e negativos destes métodos na busca de uma melhor eficiência alocativa dos recursos ambientais para maximizar o bem-estar social. Trabalhos teóricos e empíricos sobre os métodos de valoração foram revisados, agrupados e criticados. Os métodos estudados foram: valoração contingente, preços hedônicos, custos de viagem, custos evitados, dose-resposta e custos de reposição. Embora limitados, os valores monetários calculados são ferramentas úteis nas decisões de políticas públicas. Confrontando-os com aplicações alternativas, pode-se escolher os projetos com maiores potencialidades de ganho de bem-estar social. Um exemplo atual e de importância estratégica é a estimação das perdas decorrentes da "pirataria genética". O pouco uso desses métodos no Brasil tem impedido avanços na exploração de oportunidades de ganhos econômicos. É necessário prosseguir o debate teórico, como também dar início a aplicações práticas, a fim de repor os vinte anos de atraso nessa área. Palavras-chave: economia neoclássica, valoração econômica ambiental, métodos de valoração ambiental.