A Representação e seus Limites. Pictura Loquens, Poesis Tacens (original) (raw)
Mais do que tratar de um autor ou de uma obra, este livro ocupa-se de um conceito, de uma ideia que perpassa autores, obras, gêneros e artes. Tem por objetivo considerar diacronicamente práticas imagéticas verbais e não verbais, ou seja, representações discursivas e iconográficas, ocorridas na Antiguidade clássica, atestando por conseguinte as possíveis homologias entre estas – quando e se existentes. Logo, pictura loquens (pintura que fala) refere-se à prática discursiva que oferece aos olhos da mente visualidades, pintura imaterial. E poesis tacens (poesia silente) opera a prática plástico-pictórica cuja principal característica é ser muda, mas sem nunca deixar de flertar com o discurso, já que podemos observá-la de acordo com as categorias poéticas, assim como fizeram Simônides, Aristóteles, Horácio, Cícero, Quintiliano, Plutarco, os Filóstratos, Calístrato, entre outros.