Modelagem hidrológica da bacia do rio Muriaé com TOPMODEL, telemetria e sensoriamento remoto (original) (raw)

Diagnóstico do meio físico da bacia hidrográfica do Rio Muriaé

2005

Para o diagnóstico ambiental do meio físico na Bacia Hidrográfica do Rio Congonhas (MG) realizaram-se estudos geológico, geomorfológico e hidrogeológico para a caracterização sob o ponto de vista ambiental. A região enfrenta muitos problemas relacionados a falta d'água, onde é elevado o índice de insucesso na perfuração de poços tubulares profundos, devido ao clima desfavorável, solos ausentes e/ou delgados e a natureza fissural da maior parte dos aqüíferos. Com a implantação da Barragem Congonhas, haverá aumento da disponibilidade hídrica na região e poderão surgir problemas ambientais devido a atividade antrópica. Não foram identificados pontos de degradação ambiental atuantes na bacia estudada, e os dados obtidos forneceram subsídios para o zoneamento ambiental e desenvolvimento sustentável. Propõe-se ações de educação ambiental voltadas a conscientização da população local, que pode ser atuante na identificação e prevenção de fatores degradantes que proporcionam impactos ambientais.

Modelagem Hidrológica da Bacia do Riacho Gameleira (Pernambuco) Utilizando TOPSIMPL, uma Versão Simplificada do Modelo TOPMODEL

Revista Brasileira de Recursos Hídricos, 2005

O modelo hidrológico TOPSIMPL apresenta as mesmas características básicas do TOPMODEL, mas utiliza apenas 4 (quatro) parâmetros. A simulação hidrológica com o TOPSIMPL utiliza o modelo digital do terreno, leva em consideração a declividade da célula e a área de contribuição a montante, incorporando-os no índice topográfico que representa a potencialidade da célula em saturar. Assim, de acordo com a precipitação pluviométrica, com o estado de saturação do solo e com o déficit hídrico das células, calcula-se a vazão na seção exutória da bacia estudada. O TOPSIMPL foi aplicado à bacia do riacho Gameleira, afluente do rio Tapacurá, em Pernambuco. Para isto foi elaborado o modelo digital de terreno, instalado um sistema de aquisição automática de dados e, ao longo de 32 (trinta e dois) meses, armazenados os dados de precipitação pluviométrica e vazão a cada minuto. Foi realizada a calibração e validação do TOPSIMPL com alguns eventos chuvosos na bacia do riacho Gameleira e os resultados mostraram um bom ajuste das vazões de saída.

Aplicação do TOPMODEL para determinação de áreas saturadas da bacia do rio Pequeno, São José dos Pinhais, PR, Brasil

Ambiente e Agua - An Interdisciplinary Journal of Applied Science, 2008

O presente trabalho mostra a aplicação do modelo hidrológico TOPMODEL para determinar as áreas saturadas da bacia hidrográfica do rio Pequeno, com área de 104 km², localizada no município de São José dos Pinhais, Região Metropolitana de Curitiba, Paraná. O TOPMODEL pressupõe que a dinâmica da água é influenciada pelas características do solo e do relevo de toda a bacia contribuinte, fornecendo como resultado, além da vazão do rio, a distribuição espacial da umidade no sistema (zonas saturadas e áreas secas) ao longo do tempo. Os mapas de áreas saturadas foram analisados frente ao uso do solo e às áreas de preservação permanente de mata ciliar. O TOPMODEL apresentou boa aderência entre as vazões observadas e calculadas (R²=0,75), confirmando sua eficiência em regiões de clima úmido e relevo suave. Os resultados das simulações mostram o grande potencial de aplicabilidade desse modelo no planejamento ambiental, pois permitem discutir e orientar as ações antrópicas sobre o meio físico com base no entendimento dos processos naturais.

Gestão qualitativa dos recursos hídricos. Proposta metodológica para o planejamento de uma rede de estações para monitoramento da qualidade de águas superficiais. Estudo de caso: bacia hidrográfica do Rio Muriaé

Revista Brasileira de Recursos Hídricos, 2016

Como premissas para o planejamento de uma rede de monitoramento têm-se o entendimento das condições geográficas, hidrológicas e as vocações regionais. Neste contexto, o presente artigo visa planejar uma rede de monitoramento de qualidade das águas para a bacia hidrográfica do rio Muriaé, de tal forma que, com os critérios técnicos adotados, o posicionamento das estações atenda às demandas do monitoramento. O rio Muriaé, tributário da margem esquerda do rio Paraíba do Sul, está inserido em uma bacia hidrográfica com 8.161km 2 de área de drenagem e entre suas vocações econômicas estão os polígonos de indústria localizados nos distritos de Muriaé-MG e Itaperuna-RJ e as atividades agrícolas desenvolvidas ao longo do rio Gavião e próximas ao exutório da bacia. Quanto à utilização das áreas da bacia para geração de energia verificou-se que não existem aproveitamentos hidrelétricos com áreas inundadas superiores a 3km 2 , condição mínima para exigência de monitoramento segundo a resolução conjunta ANA/ANEEL 003/2010. Por fim, foram projetados pontos de monitoramento seguindo os critérios de pontos de controle ou estratégicos, os pontos de referência, pontos de impacto e os pontos de monitoramento para atendimento ao setor elétrico. Também foi utilizado o Índice de Qualidade (IDQ) para identificar os pontos com stress hídrico na bacia. As escalas definidas para o trabalho foram hidrografia em 1:250.000, ottocodificação em nível 6 e distribuição da carga orgânica urbana por distritos. Com base nos resultados é possível verificar que, de fato, as estações têm a tendência de se aproximar dos potenciais poluidores da bacia.

Modelagem hidrológica da bacia hidrográfica do Rio Macaé utilizando o MOHID Land

Boletim do Observatório Ambiental Alberto Ribeiro Lamego, 2017

Os eventos de cheias urbanas se destacam como um dos desastres naturais de maior abrangência no país, com efeitos locais recorrentes nas médias e grandes cidades. A utilização de modelos computacionais de variada complexidade auxilia a compreensão da dinâmica hidrológica dos corpos hídricos em análise, além de permitir a simulação de cenários de interesse. Nessa perspectiva, o objetivo do trabalho foi construir um modelo hidrológico da bacia hidrográfica do Rio Macaé (RH-VIII) utilizando o MOHID Land e visando, posteriormente, a simulação de cenários de interesse para o controle das cheias na região. A construção do modelo hidrológico contemplou as seguintes etapas: (i) definição da área de interesse; (ii) criação de modelo digital de terreno (MDT); (iii) construção das seções transversais; (iv) delineamento da rede de drenagem da bacia hidrográfica; (v) importação dos dados de precipitação; (vi) ajuste dos Coeficientes de Manning. O modelo se mostrou adequado nos primeiros testes, precisando ainda ser calibrado e validado para aplicação prática.

Diagnóstico e reabilitação agroambiental de trecho de bacia hidrográfica por sensoriamento remoto e turbidez da água

Pesquisa Agropecuária Brasileira, 2016

Resumo O objetivo deste trabalho foi identificar erosões em bacia hidrográfica e avaliar práticas conservacionistas de manejo do solo para a recuperação da degradação, por meio do monitoramento de indicadores de qualidade de água e por imagens de satélites. O monitoramento, por um período de 14 anos, foi realizado em 14.076 ha da bacia do Rio do Peixe, selecionada por ser a mais degradada do Estado de São Paulo, que abrangem 176 propriedades agrícolas exploradas basicamente com pastagens e café. Destas, 82 apresentaram algum tipo de erosão, além de 12 trechos de estradas municipais que contribuíram com processos erosivos nas áreas agrícolas. As práticas de manejo conservacionista do solo e da água implantadas em 86 propriedades da bacia permitem alteração positiva da paisagem e de rendimento da atividade agrícola, mudança comprovada pelas imagens aéreas e pelos indicadores de qualidade da água. A metodologia apresentada de monitoramento e de reabilitação agroambiental é viável e pod...

Modelagem hidrológica de uma microbacia florestada da Serra do Mar, SP, com o modelo TOPMODEL : simulação do comportamento hidrológico em função do corte raso

A physically based semi-distributed model, TOPMODEL, has been applied to one catchment in Cunha, São Paulo, Brazil. The model uses a topographic index which highlights significant hydrological areas within the catchment. The model simulate streamflow and analyse the behaviour of the catchment. The first part of this paper concerns to the first values of calibration parameters, experiments the validity of the premisses of the model, and, mainly, tries to understand how does the hydrology of D catchment works. The results are more efficient on simulation of isolate events than on events of long period. The simulation of hydrology behaviour subject to clear-cutting has showed a diminution of the time of rise and a significant increase of streamflow simulated: from 17 to 44 %, in comparaison to D forest catchment. They also show that from 7 to 93 % of the streamflow is generated from saturated contributing areas (sources areas). It's advisable to avoid clearcutting. If necessary, the riparian zone has to be preserved; and where they have been destroyed, they have to be recovered urgently. Agricultural lands or grasslands have to use the best management practices, in order to keep the natural conditions of infiltration.