Os Desafios Das Pequenas e Médias Empresas De Moda Íntima Da Região Sul De Santa Catarina a Ingressarem No Mercado Internacional (original) (raw)
2014, Revista De Iniciacao Cientifica
Devido ao crescimento do interesse das empresas brasileiras em exportarem e a concorrência cada vez mais acentuada, as mesmas precisam estar habilitadas para competir com seus produtos tanto no mercado interno quanto no mercado externo. Referente ao setor têxtil, a Depec (2009) constatou que o Brasil é um dos maiores produtores mundiais do setor têxtil e de confecções do mundo situando-se em 6º lugar. Porém as exportações neste mesmo setor encontram-se somente em 46º lugar. Com esses dados pode-se constatar que o segmento de confecção no Brasil é pouco expressivo, mesmo com as roupas brasileiras vistas com credibilidade no mercado internacional. Desse modo, é importante realizar esse estudo, tendo em vista identificar os fatores que dificultam a inserção das empresas de confecção de moda íntima feminina no mercado internacional. Objetivo: Conhecer os desafios das pequenas e médias empresas de moda íntima feminina dos municípios de Criciúma, Morro da Fumaça e Tubarão-Santa Catarina a ingressarem no mercado internacional. Metodologia: Para alcançar o objetivo proposto, utilizou-se a pesquisa descritiva de caráter predominantemente qualitativo. Para a coleta de dados adotou-se uma entrevista estruturada gravada, cujo número de empresas participantes foi um total de 9 (nove). O critério de seleção da amostra foi a não-probabilística do tipo intencional, em que selecionou-se as empresas dos municípios de Criciúma, Morro da Fumaça e Tubarão que tivesse mais de 20 funcionários, consideradas empresas de pequeno, médio e grande porte, segundo categoria estabelecida pelo SEBRAE (2010). Resultados: a) (56%) das empresas estão no mercado entre 15 a 20 anos, sendo que grande parte delas é de pequeno porte (89%); b) estas empresas distribuem seus produtos em todos os estados brasileiros, porém a predominância é na região sul (46%); c) a maioria dos produtos fabricados são comercializados através de marca própria (56%), sendo que 33% delas focam sua produção em produtos diferenciados e 33% não tem foco definido, e 89% destas empresas atuam somente no segmento de moda íntima; d) a maioria das empresas produzem entre 50.000 e 100.000 peças por mês (44%), e tem produtos diferenciados para clientes específicos (78%). Referente às atividades internacionais, foi constatado que 78% dos entrevistados nunca importaram, e 78% já exportaram; e) nas questões de múltipla escolha observou-se que o fator mais relevante para inserir-se no mercado internacional foi a diminuição de estoque (14%) e a maior dificuldade para se inserir no mercado internacional é a capacidade de produção insuficiente (18%). Considerações Finais: As empresas entrevistadas são consolidadas no mercado nacional há mais de 15 anos. Estas demonstram interesse em exportar, porém não tem consciência exportadora e desconhecem os benefícios de se inserir no mercado internacional.