A questão do modernismo no teatro brasileiro (original) (raw)
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Anais ABRACE, 2010
Resumo: Esta comunicação almeja contribuir para a análise do pensamento de Décio de Almeida Prado sobre o "nascimento" do teatro nacional tendo como foco a compreensão do que ele denomina Teatro Brasileiro Moderno. Para tal, propõe-se aqui um olhar sobre pequenas "fissuras" presentes na obra historiográfica do crítico, procurando desvendar em seu pensamento traços ideológicos de certa visão "de elite", revelando resquícios do projeto de modernização e civilização progressista da burguesia nacional do século XIX perpetuados tanto no projeto modernista paulista quanto na visão teórico-crítica de Décio de Almeida Prado.
O ato criativo do ator e o pós-modernismo
Revista Científica/FAP
O texto analisa o fenômeno teatral contemporâneo enquanto expressão pós-moderna na medida em que se constitui em "˜obra aberta' e/ou propositalmente incompleta. Nesse âmbito, as significações correspondem ao fluxo de sentidos marcado pela sobreposição de estruturas na constituição do ato criativo do ator e na interação com o público. Assim, marca-se a passagem do "˜publico observador' para o "˜público participante'.Palavras-chave: Teatro Contemporâneo, Teoria Teatral, Pós-Modernismo, jogo do ator; fluxo de sentidos
Os elos do modernismo: raça, música e política no palco do Theatro Municipal
Revista Brasileira de História, 2022
The film AmarElo: É Tudo Pra Ontem interweaves scenes from the concert performed by rapper Emicida at the Theatro Municipal de São Paulo in November 2019 with a historical narrative that turns the theater into a “bond” or “link” between the modernist movement, black music, and black political militancy. Following the film’s example, this article approaches the Theatro Municipal as the scene of struggles around race, but it foregrounds racial tensions and contradictions among the modernists that were registered in music and related debates. The article focuses on three events: the Semana de Arte Moderna, a “cultural night” organized by the Ação Integralista Brasileira in 1935, and a commemoration of abolition held in 1938. The analysis seeks to illuminate different musical “links” that connected the modernist movement with divergent political phenomena and tied the avant-garde to the past. O filme AmarElo: É Tudo Pra Ontem entrelaça cenas do concerto realizado pelo rapper Emicida no Theatro Municipal de São Paulo em novembro de 2019 com uma narrativa histórica que transforma o teatro em um “elo” entre o movimento modernista, a música negra e a militância política negra. A exemplo do filme, este artigo aborda o Theatro Municipal como o cenário de lutas em torno da raça, mas focaliza tensões e contradições raciais existentes entre os modernistas que se registraram na música e nos debates relacionados com ela. O artigo se centra em três eventos: a Semana de Arte Moderna, uma “noite cultural” organizada pela Ação Integralista Brasileira em 1935 e uma comemoração da abolição em 1938. A análise procura iluminar diferentes “elos” musicais que conectavam o movimento modernista com fenômenos políticos divergentes e atavam a vanguarda ao passado.