Doutora em Antropologia Social pelo PPGAS/UFSC. Profa. da Pós-Graduação em Sociologia da UFMA, Líder do Grupo de Pesquisa Educação, Cultura e Infância GECI/UFMA/CNPq e pesquisadora do CRIAS/ UFPB (original) (raw)

Resumo: Este artigo visa refletir sobre as crianças como protagonistas das pesquisas de campo e co-autoras do texto etnográfico-com seus nomes, suas vozes e suas imagens (sejam seus rostos em fotografias ou os desenhos confeccionados por elas)-apontando caminhos que as reconheçam não apenas como agentes construtores da realidade em que estão inseridas, mas afirmando a importância de sua autoria no texto. Assim, dedicamo-nos a tratar do manejo e publicação dos conteúdos produzidos no campo durante as pesquisas com crianças. Nesse escopo, defendemos que as pesquisas com crianças devem considerar novas possibilidades de ascender metodologicamente às crianças como informantes, o que implica mobilizar novos posicionamentos metodológicos e éticos respeitadores das especificidades de que se reveste a investigação com esse grupo. Escrito a quatro mãos, esta análise estará embasada no material etnográfico construído na experiência de Sousa (2017) com as crianças camponesas Capuxu no Nordeste do Brasil,