Perfil da fluência: análise comparativa entre gagueira desenvolvimental persistente familial e isolada (original) (raw)

Fatores de risco na gagueira desenvolvimental familial e isolada

Revista CEFAC, 2011

OBJETIVO: investigar e comparar os achados dos fatores de risco para a cronicidade da gagueira em crianças com gagueira desenvolvimental familial e isolada. MÉTODOS: participaram 60 crianças de ambos os gêneros, divididas em dois grupos: GI - 30 crianças com gagueira desenvolvimental familial; GII - 30 crianças com gagueira desenvolvimental isolada. A coleta de dados foi realizada por meio do Protocolo de Risco para a Gagueira do Desenvolvimento - PRGD (Andrade, 2006), que considera os seguintes fatores de risco: idade, gênero, tipo de surgimento e tempo de duração das disfluências, tipologia das disfluências, fatores comunicativos e qualitativos associados, histórico mórbido pré, peri e pós natal, fatores estressantes que ocorreram próximo ao surgimento do distúrbio, histórico familial, reação pessoal, familiar e social e atitudes familiares. RESULTADOS: quando o grupo I (GI) foi comparado com o grupo II (GII), a única diferença estatisticamente significante foi com relação aos fat...

Indicadores de fluência da fala na gagueira e no transtorno fonológico

CoDAS

RESUMO Objetivo Identificar os indicadores de fluência da fala que diferenciam os sujeitos com gagueira, com transtorno fonológico e com os dois distúrbios em comorbidade. Método Participaram deste estudo 30 sujeitos de 4 a 11 anos, separados em 3 grupos, cada um com 10 sujeitos: grupo com gagueira do desenvolvimento (GG), transtorno fonológico (GTF) e os dois diagnósticos em comorbidade (GGTF). Os procedimentos foram: avaliação da fluência da fala e da fonologia. Os dados foram submetidos à análise estatística. Resultados Os sujeitos do GG e GGTF apresentaram maior ocorrência das disfluências típicas da gagueira e do total das disfluências em relação aos do GTF. Em relação às outras disfluências, os três grupos foram semelhantes. O GTF manifestou menor quantidade de repetições de palavra monossilábica, de parte de palavra e prolongamentos em relação aos sujeitos dos GG e GGTF. Os bloqueios ocorreram mais frequentemente nos dois grupos com gagueira (GG e GGTF) em relação ao GTF. A i...

Gagueira desenvolvimental persistente familial: perspectivas genéticas

Revista Da Sociedade Brasileira De Fonoaudiologia, 2012

A gagueira é uma desordem da comunicação oral que tem uma característica multidimensional. A predisposição biológica no desenvolvimento da gagueira ainda não é bem compreendida, mas contribuições genéticas para esta predisposição são reforçadas tanto por referências à agregação familial da gagueira, quanto à gagueira familial, que têm aparecido na literatura há mais de 70 anos.

Orientação familiar e seus efeitos na gagueira infantil

Revista da Sociedade Brasileira de Fonoaudiologia, 2010

OBJETIVO: Verificar a contribuição da orientação familiar de curto prazo na fluência da fala de crianças com gagueira. MÉTODOS: Participaram 20 díades de crianças com gagueira e familiares. Os procedimentos foram realizados em três etapas: avaliação da fluência, orientações familiares e reavaliação da fluência. A avaliação inicial da fluência foi realizada para caracterizar a tipologia e a frequência das disfluências antes das orientações. A orientação familiar foi realizada em duas sessões, enfatizando os comportamentos verbais e não verbais da família que podem promover a fluência na criança. A reavaliação da fluência ocorreu depois de trinta dias, utilizando-se os mesmos procedimentos da avaliação inicial. Foi aplicado o Teste dos Postos Sinalizados de Wilcoxon, para medir o grau de significância da diferença entre as informações obtidas nas duas fases. RESULTADOS: No que se refere à tipologia, a análise comparativa das duas avaliações mostrou que, dentre os seis tipos de disfluê...

Gagueira desenvolvimental persistente: avaliação da fluência pré e pós-programa terapêutico

Revista CEFAC, 2014

Objetivo : comparar a fluência de crianças com gagueira quanto à porcentagem de sílabas gaguejadas, porcentagem de descontinuidade da fala, fluxo de sílabas e palavras por minuto e gravidade da gagueira, em situação de pré e pós-aplicação do programa de intervenção fonoaudiológica. Método : participaram 10 crianças, na faixa etária de 6.0 a 11.11 anos, sendo 9 do gênero masculino e 1 do gênero feminino, provenientes do Laboratório de Estudos da Fluência. Todos os participantes deste estudo foram submetidos aos seguintes procedimentos agrupados em três etapas: (a) avaliação da fluência inicial; (b) desenvolvimento do processo terapêutico, e; (c) reavaliação da fluência. Resultados : em relação à avaliação após o programa terapêutico, observou-se uma melhora relevante no perfil da fluência, pois a maioria das medidas analisadas (descontinuidade de fala, disfluências gagas, fluxo de sílabas por minuto e gravidade da gagueira) apresentou diferenças estatisticamente significantes. Os ach...

Avaliação eletrofisiológica do sistema auditivo em indivíduos com gagueira desenvolvimental persistente

Revista CEFAC, 2015

RESUMO: Objetivo: descrever os achados dos exames eletrofisiológicos de indivíduos com gagueira e comparar com indivíduos com desenvolvimento típico. Métodos: participaram desta pesquisa 34 indivíduos, de ambos aos gêneros, com idade entre 7 e 31 anos. O grupo pesquisa foi constituído por 13 crianças (G1a) e 4 adultos (G1b) diagnosticadas com gagueira e o grupo controle por 13 crianças (G2a) com bom desempenho acadêmico e 4 adultos (G2b) com desenvolvimento típico. Foi realizada a avaliação dos potenciais auditivos, na varredura de frequência e de duração. Resultado: quando comparados os grupos de crianças gagas e controle, foi observado que as crianças gagas apresentaram na varredura de frequência, aumento da latência dos componentes P2, N2 em Cz na orelha direita e N2 e P3 em Fz na orelha esquerda, e diferença na amplitude de P2 e P3 em Cz na orelha direita. Na varredura de duração, houve redução da amplitude dos componentes N2 em Cz e P3 em Fz na orelha direita. Já no grupo de ad...

Expressão de atitudes na fala com gagueira: percepção de falantes fluentes

Alfa : Revista de Linguística (São José do Rio Preto), 2013

O objetivo deste estudo foi verificar como falantes fluentes do português brasileiro percebem a expressão das atitudes de certeza e dúvida em falantes com gagueira. Para tanto, foram coletados dados em dois momentos: 1. material de fala e 2. teste perceptivo. Dois grupos participaram do primeiro momento, sendo 12 indivíduos com gagueira (GE) e 12 sem (GC). Esses participantes gravaram 2 frases em cada uma das três formas estudadas (neutra, expressão de dúvida e expressão de certeza). Para teste perceptivo participaram 60 juízes: 30 julgaram os enunciados do GC e 30 julgaram os enunciados do GE. Foram contabilizadas 1440 respostas para o GC e 1080 respostas para o GE. Foi utilizado o teste de uma afirmativa sobre uma e duas proporções, com significância de 95%. Os resultados mostraram diferença estatisticamente significativa entre os resultados dos juízes do GC e os juízes do GE: os juízes reconhecem melhor as atitudes expressas pelas pessoas sem gagueira do que aquelas expressas pel...

Aplicação dos testes de padrão temporal em crianças com gagueira desenvolvimental persistente

Revista CEFAC, 2011

OBJETIVO: caracterizar e comparar o desempenho das crianças com diagnóstico de gagueira nos testes de padrão temporal, com crianças sem queixas e/ou sinais de transtornos psiquiátricos ou neurológicos, dificuldades de fala, audição, linguagem e/ou aprendizagem. MÉTODO: participaram 30 crianças entre 9 e 12 anos de idade, de ambos os gêneros, divididas em dois grupos: GI - 15 crianças com gagueira desenvolvimental persistente; GII - 15 crianças sem queixas e/ou sinais de transtornos psiquiátricos ou neurológicos, dificuldades de fala, audição, linguagem e/ou aprendizagem. Para avaliação do processamento auditivo temporal, foi aplicado os Testes Tonais de Padrão de Frequência (PPS-Pitch Pattern Sequence Test) e Testes Tonais de Padrão de Duração (DPS - Duration Pattern Sequence Test). RESULTADOS: o grupo II apresentou desempenho superior no teste de padrão de frequência e de padrão de duração quando comparado ao grupo I. Os resultados indicaram que houve diferença estatisticamente sig...