Novas Visoes Sobre a Roma Antiga: O Passado entre Vampiros e Assassinos (original) (raw)

A Religião na Antiguidade - Roma

Acção de Formação na Associação dos Arqueólogos Portugueses 26 de Janeiro 2019 Acção efectuado no Colégio Militar, 4 de Setembro de 2018 (para o início do ano escolar).

Vampiros na Idade Média Um Mito Fabricado

O arqueólogo Hector Williams encontrou uma caveira com três pregos de metal de 20 cm cravados na garganta, na cintura e num tornozelo, abaixo da antiga muralha de Mytilene, na ilha Lesvos, na Grécia. O arqueólogo Matteo Borrini encontrou uma caveira com tijolo na boca, na Venezuela. O arqueólogo Jacek Pierzak encontrou caveiras decapitadas com o crânio entre as pernas, na Polônia. A paleopatologista Anastasia Tsaliki sugere que todos se enquadram na categoria de vampiros, mas, se os “vampiros” da vida real são caveiras medievais decompostas, como deveríamos ler as narrativas do século 18 relatando a descoberta de corpos incorruptos (conditio sine qua non do vampirismo)?

PERÍODO VALENTINIANO: OS ASPECTOS DA SOCIEDADE ROMANA NA ANTIGUIDADE TARDIA ATRAVÉS DAS FONTES NUMISMÁTICAS. Anais do XXI Encontro Estadual de História –ANPUH-SP -Campinas, setembro, 2012.

INTRODUÇÃO Ao longo da história, os séculos III, IV e V foram descritos como período de decadência e ruína do Império Romano. Porém quando analisamos profundamente, este período denominado por vários historiadores como Antiguidade Tardia, notamos que esta visão de ruína é um tanto equivocada, pois apesar dos períodos de crise, há também renovação política e cultural. Neste sentido, nosso trabalho tem por objetivo analisar o período em que Valentiniano I administrou o Império Romano do Ocidente (364 -375 d.C.), por meio de fontes escritas e materiais. Através das fontes numismáticas 2 podemos observar os vários aspectos da sociedade romana do período, tais como; cultura, religiosidade e política.

AUSPÍCIOS E RITUAIS DE ADIVINHAÇÃO NA ROMA ANTIGA

The text intends to introduce a specific public divination practice: the auspice, during the last two centuries of the Roman Republic and the beginning of the Empires (second and first century B.C.) aiming to understand its role in roman society at this time. Introdução Você já leu seu horóscopo hoje no jornal? Apesar de vivermos num mundo dominado pela racionalidade e pelo cientificismo, o interesse humano em pretender saber o que lhe pode reservar o futuro ainda se mantém com bastante constância como se observa em qualquer jornal ou revista, seja popular ou não, em programas de rádio e em revistas televisivas. Mesmo expressando incredulidade, desconfiança e/ou concordando com as críticas às práticas divinatórias, consideradas como um saber falso e repudiado pela razão, as pessoas continuam a buscá-las. É a coluna do horóscopo, são as cartas, é o I Ching, é o Tarô, são as pedras das Runas; é o jogo dos búzios, é a interpretação dos sonhos, são as linhas da palma da mão, é a bola de cristal, são os números, é a borra de café, enfim proliferam atualmente uma infinidade de práticas. A adivinhação seria então parte da natureza humana? Para Raymond Bloch (1985: 7), sim: " Perdido na imensidão de um mundo que não é de sua medida, o homem busca multiplicar os pontos de apoio nos quais possa se agarrar. " Portanto, não devemos olhar com estranheza nem com preconceito ao nos debruçarmos sobre este fenômeno na Antigüidade. Nas sociedades antigas, a adivinhação era um meio privilegiado de contato entre o homem e a divindade e, especificamente, na sociedade romana, inseria-se no esforço em manter a pax deourum, ou seja, a paz com os deuses, que garantia o bem-estar da comunidade, sem a qual a cidade não podia seguir o seu destino. Era, portanto, parte integrante do mundo da religião cívica, da qual inclusive se constituía num importante ramo. Desenvolveu-se como um sistema preciso e complexo que governava a vida da comunidade. Enquanto na Grécia Antiga a adivinhação dedutiva e intuitiva inspirada ao homem diretamente por uma divindade, mediante sonhos ou num estado de êxtase, era mais comum, tal como o Oráculo de Delfos; em Roma, predominou a adivinhação indutiva ou baseada em sinais, considerados, mais do que anúncios do futuro, manifestações – geralmente encolerizadas – da vontade das divindades, que deviam ser apaziguadas com rituais expiatórios para restaurar a pax deorum. Atribuía-se à vontade divina a capacidade de poder modificar a ordem natural para manifestar a sua presença e expressar o que queriam. Os romanos eram cautelosos em relação aos oráculos e profecias que escapavam às altas autoridades do Estado, a tal ponto que, dentro de Roma, não havia templos oraculares, apesar de existirem no resto da Itália (por exemplo, o templo da Fortuna Primigenia em Preneste). Buscavam conservar sua liberdade de ação graças a uma sutil disposição de ânimo em relação aos sinais divinos. A adivinhação em Roma tornou-se uma técnica humana, consciente e precisa, que revelava o acordo dos deuses com o consultante através de uma consulta empírica e direta com as divindades. Esta consulta divina assemelhava-se à consulta aos magistrados: uma questão precisa era respondida afirmativa ou negativamente sendo organizada sob a direção autoritária dos magistrados. Neste aspecto, revela-se o espírito prático, organizador e zeloso do romano em garantir a vida do cidadão e da cidade e em conservar o favor divino sem comprometer o desenvolvimento normal e necessário de toda atividade. Estabeleceram-se assim rituais respeitando rigorosamente a tradição, condizente como uma das características do paganismo romano: a " ortopráxis " , ou seja, a execução correta dos ritos prescritos (SCHEID, 1998: 20). Dentre as diversas práticas divinatórias romanas, havia:  Omnia: Presságios que se escutavam ao acaso, sendo considerados uma advertência enviada pelos deuses para guiar os homens. Sua interpretação interessava ao indivíduo e à sua vida diária. Cabia à inteligência e à sensibilidade do indivíduo inferi-los. O indivíduo podia dar voz e vida ao que se anunciava se declarava que os aceitava: omen accipere. Mas, também poderia recusá-lo caso fosse funesto – omen excecrari, abominari – ou ainda transformar o seu sentido por meio de palavras adequadas que modificassem o seu valor. Assim, conservava-se a liberdade de ação do homem concomitantemente à preocupação em respeitar os deuses.  Auspicia: Presságios que se relacionavam à vista. Sua interpretação interessava ao indivíduo e, principalmente, ao Estado, pois o respeito ao direito augural era condição primordial para a

Os bandidos entre os romanos: leituras eruditas e percepções populares

paper in portuguese Discutiremos, neste artigo, dois temas relacionados. Em primeiro lugar, procuraremos explorar como a elite romana representava os bandidos antigos na literatura satírica, tomando como exemplo passagens das Metamorfoses de Apuleio. Em segundo lugar, procuraremos enfocar a Epigrafia (placas metálicas dedicadas à deusa Sulis Minerva que foram encontradas em Bath, Inglaterra) para discutir as imagens do roubo na cultura popular. A evidência epigráfica é fundamental para o estudo das percepções acerca do banditismo e, também, ajuda a proporcionar interpretações mais plurais da cultura e do passado romano.

Paulo e César: uma Nova Leitura de Romanos

Nós nos distanciamos rapidamente nos últimos anos da antiga separação, que era presumida e inserida na gama de estudos bíblicos no Ocidente, entre "religião" e "política". Passamos a perceber que tentar separar as duas coisas no mundo antigo, especialmente no Oriente Médio, é tão inútil quanto tentar fazê-lo em certas partes do mundo moderno. Há agora um salto qüântico se realizando para longe da antiga forma de se ler a Bíblia, na qual certas "implicações" políticas podiam ser deduzidas aqui e ali de textos que eram (evidentemente) sobre alguma outra coisa e em que a concentração eventual em alguns textos isolados -pode-se pensar na "questão do tributo" na tradição sinótica e no notório primeiro parágrafo de Romanos 13 -eram os únicos lugares no Novo Testamento onde questões realmente políticas vieram à tona. (Até recentemente, o Apocalipse permanecia fora do cânon implícito de muitos estudiosos do Novo Testamento e, mesmo quando ele era considerado, sua marcante significância política era freqüentemente limitada a reflexões sobre o décimo terceiro capítulo.)