A morte do livro? Notas sobre a história da leitura na era da dispersão (original) (raw)
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A morte da biblioteca? O lugar do livro e do leitor na era da dispersão
Visualidades, 2016
Com a imaterialidade do livro, qual o lugar dele na sociedade contemporânea? A biblioteca, como repositório de livros, faz sentido quando a palavra escrita se tornou ubíqua e virtualmente passível de ser lida em qualquer ponto do planeta? Se o livro existe como tal somente quando é lido, que significado tem a leitura hoje?Palavras-chave: Leitura, biblioteca, livro
Apontamentos sobre a história da leitura
História & Ensino, 1996
Este artigo busca revisar alguns dos caminhos percorridos por historiadores preocupados com 8 história da leitura, mostrando ~llguns resultados de suas pesquisa, bem cumo conclusões parciais lkssl's autores quanto às formas da leitur,l l' cI(, ensino da leitura 11\) passado.
Historia universal da destruicao dos livros
A presente obra é disponibilizada pela equipe Le Livros e seus diversos parceiros, com o objetivo de oferecer conteúdo para uso parcial em pesquisas e estudos acadêmicos, bem como o simples teste da qualidade da obra, com o fim exclusivo de compra futura. É expressamente proibida e totalmente repudíavel a venda, aluguel, ou quaisquer uso comercial do presente conteúdo Sobre nós: O Le Livros e seus parceiros, disponibilizam conteúdo de dominio publico e propriedade intelectual de forma totalmente gratuita, por acreditar que o conhecimento e a educação devem ser acessíveis e livres a toda e qualquer pessoa. Você pode encontrar mais obras em nosso site: LeLivros.Info ou em qualquer um dos sites parceiros apresentados neste link. Quando o mundo estiver unido na busca do conhecimento, e não mais lutando por dinheiro e poder, então nossa sociedade poderá enfim evoluir a um novo nível.
Literatura e dispersão na cena escrita
O Eixo e a Roda: Revista de Literatura Brasileira
Leitura da cena de uma peça de teatro descrita pelo narrador, em Memórias do cárcere, de Graciliano Ramos, como exercício da liberdade possível dos prisioneiros, com o objetivo de analisá-la como metonímia da escrita desse livro e, de certa maneira, da própria obra do autor alagoano, tomada como jogo farsesco tanto da prisão, no momento da ditadura Vargas ou não, quanto da sociedade e suas relações de poder. A cena de teatro é vista, em seus aspectos éticos, políticos e estéticos, como a cena da escrita em sua dispersão, à luz de teóricos como Agamben e Rancière, associados ao conceito de carnaval de Frye e Kristeva.
A história do livro e da leitura: novas abordagens
Floema. Caderno de Teoria e História Literária, 2010
Os livros declaram-se por meio de seus títulos, seus autores, seus lugares num catálogo ou numa estante, pelas ilustrações em suas capas" (Alberto Manguel, 1997).
Em torno da nova historia dos livros (artigo/apresentação)
Animus - Revista Interamericana de Comunicação Midiática, 2020
Em 1974, a editora Gallimard publicou três volumes, organizados por Jacques Le Goff e Pierre Nora, intitulados Faire de l'histoire. Ainda na década de 1970, este conjunto de livros foi traduzido e publicado no Brasil pela editora Francisco Alves. No terceiro volume Nouveaux objets, se apresenta um texto central para a rearticulação de uma nova história do livro. Em "O livro, uma mudança de perspectiva", Roger Chartier e Daniel Roche destacam como o livro se constitui como um objeto de pesquisa multifacetado sendo sua história "sensível a múltiplos apelos". É justamente tal multideterminação o que possibilita à história do livro se aproximar "da história das sociedades e das mentalidades coletivas". Pouco mais de uma década mais tarde, partindo de uma tradição académica distinta, Donald McKenzie (1986) elaborou proposta similar com o influente Bibliography and the sociology of texts. Alguns pontos centrais na articulação da proposta para uma nova história do livro podem ser sintetizados da seguinte forma: 1) As análises sobre livro precisam abordá-lo como produto e bem cultural, ou seja, simultaneamente como "mercadoria produzida para o lucro" e também um "signo cultural, suporte de um sentido"; 2) Os levantamentos de dados, as séries quantitativas e os instrumentos de análise econômica podem ser ferramentas de informação e de análise de diferentes aspectos de estudos sobre livros; 3) A nova história do livro buscar compreender todos os discursos que se tornaram livros, abrangendo tudo o que lê e o que escreve e não só as chamadas grandes obras. 1 Em "O que é a história dos livros?", Robert Darnton (1993) identificou como quadro
A narrativa histórica nos livros didáticos, entre a unidade e a dispersão
Revista Territórios e Fronteiras, 2013
Considerando a complexidade posta na análise dos livros didáticos, neste texto aprofundamos um aspecto relativo à discursividade presente nos textos dos livros didáticos de história. A partir de análise de uma coleção aprovada no PNLD 2011, pretendemos discutir a manutenção da unidade da narrativa histórica apresentada ali, no que se refere às tomadas de posição no tratamento dos temas presentes nessas narrativas, nos livros que compõem essa coleção.
HISTÓRIA DA LEITURA EM TEMPOS DE INTERNET: O CASO DOS BOOKTUBERS
2018
Com o lançamento da plataforma do YouTube em 2005, tornou-se possível que qualquer indivíduo publicasse vídeos amadores na internet, dentre os quais podemos encontrar os booktubers. Possuidores de canais voltados a literatura, produzem vídeos de resenhas comentando leituras realizadas, mas também de temas mais amplos, como preconceitos literários. Devido ao espaço que conquistam, adquirem parcerias com editoras e grandes empresas de comércio online, como é o caso da Amazon, gerando consequentemente uma troca mútua de divulgação. De certo modo, modificam o valor dado à literatura e a leitura nos tempos atuais, podendo assim, passível de inferir aproximações com o campo de estudos conhecido como história da leitura. Assim, neste trabalho objetivou-se explorar algumas conexões entre os temas, tendo como fontes analisadas vídeos dos canais All About That Book, Geek Freak e Vitor Martins. Para a discussão teórica, partiu-se de duas problemáticas que se mostraram pertinentes para se refletir sobre o campo em tempos de internet: primeiro, sobre até que ponto canais nesse formato podem ser considerados diários por meio da perspectiva de Philippe Lejeune (2008); segundo, aproximações entre a produção dos vídeos e aquilo que Antonio Castillo Gomez (2018) compreende como trajetória do escrito. Tal percurso perpassa a aquisição, produção, sentido e conservação, permitindo que se reflita acerca do papel da literatura e do livro no meio digital.
Fanfiction: Leitura e Escrita na Era Digital
Revista Línguas & Letras, 2020
Resumo: Ao se partir da premissa de que a sociedade se torna cada vez mais digital e que as pessoas cada vez mais leem e escrevem no ciberespaço, esta proposta visa refletir acerca do gênero fanfiction e relacioná-lo às práticas de ensino, tendo em vista que a escola não fique alheia à diversidade de linguagens e culturas do mundo tecnológico, e que aborde os gêneros discursivos como práticas sociais, a fim de formar cidadãos multiletrados. Trata-se de uma reflexão acerca de uma pesquisa qualitativa, calcada numa intervenção desenvolvida, fundamentada tanto nos estudos bakhtinianos para se pensar sobre os gêneros; quanto nos estudos sobre os multiletramentos e ainda na noção de cultura participativa, de Jenkins. Os resultados demonstram a urgência do trabalho com gêneros multimodais em sala-de-aula e a necessidade de adequação da escola ao contexto contemporâneo. Palavras-chave: Gêneros Discursivos. Cultura participativa. Multiletramentos. Abstract: Based on the premise that society becomes more digital and that people increasingly read and write in cyberspace, this proposal aims to reflect on the fanfiction´s discursive genre (fan writing) and relate it to teaching practices, considering that the schools should not be unaware of the diversity of languages and cultures in the technological world, and that it should address discursive genres as social practices in order to form multi-literate citizens. This is a reflection on a qualitative research, based on both the Bakhtinian studies to think about genders; as well as on multiliteracies studies and on Jenkins' notion of participatory culture. The results demonstrate the urgency of working with multimodal genres in the classroom and the need to adapt the school to the contemporary context.
Sobre a circulação de livros e a leitura na colônia brasileira
Araucaria Revista Iberoamericana De Filosofia Politica Y Humanidades, 2013
impressos católicos e protestantes no Brasil colonial com o objetivo de investigar sua circulação e a difusão de idéias. Baseando-se no método de investigação histórico, este artigo traz à historiografia brasileira, livros, leitores e livrarias bem como o modus operandi dos livreiros que contribuíram com a transmissão de saberes religiosos no país e com as distintas comunidades de leitores originarias não somente de congregação religiosa, dos estudantes e dos letrados, mas de leigos que se interessavam e faziam circular idéias em distintos suportes para além do livro.