Psicologia Comunitária e Atenção Básica Em Saúde: Contribuições Para Abordagem Com Grupos (original) (raw)

Grupos Operativos Com Agentes Comunitários De Saúde: Contribuições Da Psicologia Na Atenção Básica

2015

Resumo: Considerando que o trabalho em saúde é uma prática social que não se limita à aplicação de conhecimentos científicos e/ou normas técnicas, mas se constrói por meio das relações entre os membros de uma comunidade, a atuação do agente comunitário exige inovações e impõe desafios. Frente às dificuldades enfrentadas por este profissional, realizou-se uma proposta em grupo cujo objetivo era discutir o trabalho realizado na unidade de saúde, identificando a maneira com que os ACSs lidam com as dificuldades cotidianas. Para tanto, utilizou-se o referencial dos grupos operativos tal como postulado por Enrique Pichon-Rivière, com a adoção de metodologias participativas. Observou-se que, ao longo do processo, problemas de relacionamento interpessoais interferiram diretamente no desempenho destes profissionais, o que foi discutido a partir de estratégias orientadas a fortalecer os vínculos grupais. Ao final deste trabalho, os ACSs podiam ocupar um lugar de maior propriedade com relação...

Psicologia e o Grupo Operativo na Atenção Básica em Saúde

2020

Este estudo teve por objetivo realizar uma revisão sobre o emprego de grupos operativos, como um processo de intervenção ampliada na Atenção Básica em Saúde. Trata-se de uma pesquisa integrativa de natureza exploratória, de cunho descritivo e analítico. Foram incluídos nesse estudo 16 artigos, levando em consideração os critérios de inclusão e exclusão. Os grupos operativos têm sido amplamente empregados pelas Estratégias de Saúde da Família. Esse processo prático se mostrou eficiente em todos os estudos, alcançando resultados promissores na promoção, prevenção e educação em saúde. Sugerimos ser importante o desenvolvimento de espaços de capacitação dos profissionais que utilizam essa metodologia. Palavras-chave: Grupos operativos; Atenção básica; Psicologia; Intervenção.

Saúde Comunitária e Psicologia Comunitária e suas contribuições às metodologias participativas

Revista Psicologia em Pesquisa, 2017

O objetivo é discutir as relações entre Saúde Comunitária e Psicologia Comunitária na perspectiva dos processos de participação e de libertação que contribuem na construção de metodologias participativas. Essas áreas compartilham valores e práticas que possuem como princípios a libertação e a participação, que contribuem na construção de espaços que rompam com os processos de opressão. A comunidade é o principal ator e o foco está mais nos processos de saúde que nos processos de doença. As metodologias participativas presentes na caminhada comunitária, na visita domiciliar e no círculo de cultura propiciam uma prática condizente com esses princípios. O envolvimento dos profissionais de saúde e dos moradores das comunidades favorece processos de saúde e de autonomia.

O Papel da Equipe nas Práticas Grupais na Atenção Básica em Saúde

Revista Psicologia e Saúde, 2022

Resumo Introdução: As práticas grupais têm sido um dos recursos técnicos de grande potencial para a promoção da saúde na atenção básica. O objetivo do estudo foi compreender o papel da equipe de saúde no campo das práticas coletivas, em especial a partir da experiência de grupos na Atenção Básica (AB). Método: Realizou-se uma pesquisa qualitativa, por meio de entrevistas semiestruturadas com dez participantes de um grupo de promoção de saúde e observações de quatro encontros do respectivo grupo. Os dados foram triangulados e analisados por meio da análise de conteúdo temática. Resultados e Discussões: Evidencia-se que os profissionais de saúde parecem comprometidos com as práticas grupais, estabelecendo uma relação de vínculo, acolhimento, proximidade e cuidado, realizando um trabalho vivo em ato, marcado pelo reconhecimento dos usuários como protagonistas. Conclusões: O estudo constatou relevância das práticas grupais na AB, numa concepção ampliada de cuidado, sendo essa uma das contribuições deste trabalho.

PROCESSO GRUPAL E ATUAÇÃO DO PSICÓLOGO NA ATENÇÃOPRIMÁRIA À SAÚDE

Este artigo tem por objetivo discutir a atuação do psicólogo na atenção primária à saúde a partir da proposição de processos grupais alternativos às práticas individualistas. Essas práticas mantêm tradições de hierarquia profissional-usuário e modelos de normatização e medicalização da vida. Inspirados na perspectiva construcionista social, abordamos alguns dos pressupostos que inspiram essa proposta, tais como: (1) processo grupal como alternativa à noção de grupo como uma entidade autocontida, (2) relações colaborativas profissional-usuário com a constante negociação sobre a modalidade de atendimento oferecida e (3) auto-reflexividade para compreensão de seus potenciais e limites. Acreditamos que essa forma de assistência pode inspirar outras práticas grupais que possibilitem consolidar os princípios do Sistema Único de Saúde Brasileiro e que se aproximem do ideal de formação profissional em Psicologia preconizado para o trabalho em políticas públicas de saúde.

Grupo De Acolhida Em Saúde Mental: A Psicologia Na Atenção Básica

Revista Conexao UEPG, 2017

Resumo O presente artigo vem compartilhar a experiência de um grupo de acolhida em saúde mental na atenção básica realizada a partir do projeto de extensão "Grupos de acolhida na Saúde Mental como dispositivo de atenção à saúde mental e de integração do Serviço-Escola do Curso de Psicologia da UFCSPA à rede de atenção básica", da Universidade Federal de Ciências da Saúde, de Porto Alegre, RS. Constitui-se como um grupo aberto, existente desde 2012, com o objetivo de dar suporte psicológico aos pacientes atendidos em Unidades Básicas de Saúde que fazem parte da região docente-assistencial dessa universidade. A efetividade deste grupo foi constatada através da melhora clínica e interpessoal dos seus participantes. Concluiu-se que, além de promover a integração ensino-serviço, os acolhimentos em saúde mental na atenção básica são necessários, considerando-se de extrema importância a realização de grupos de acolhida em saúde mental em outras Unidades de Saúde da região.

A Psicologia na Atenção Básica e a Saúde Coletiva

Revista Psicologia e Saúde, 2020

O objetivo do artigo é descrever os desafios do profissional da psicologia na atenção básica à saúde. Trata-se de uma pesquisa de delineamento qualitativo, exploratório e descritivo. Foram analisados 10 artigos publicados entre 2001 e 2017 em revistas científicas pertencentes às bases de dados do Portal de Periódicos da Capes. Os artigos apresentavam relatos de experiência de profissionais da psicologia que atuam na atenção básica à saúde e foram analisados na perspectiva da análise de conteúdo proposta por Laville e Dionne. Os resultados apontam a necessidade de o profissional da psicologia adotar uma visão ampliada de saúde na perspectiva da saúde coletiva. Deste modo, pode se desenvolver um atendimento integral à saúde por meio de atuação humanizada, preventiva e ampliada na atenção básica. Mais ainda, busca-se a transformação na formação dos profissionais da psicologia e a elaboração de diretrizes norteadoras mais claras e objetivas para a saúde mental na atenção básica.

Psicologia Comunitária e a Saúde Pública: Relato de Experiência da Prática Psi em uma Unidade de Saúde da Família

Este trabalho relata a realização de uma experiência de estágio em uma Unidade de Saúde da Família em Santa Maria-RS. O objetivo foi analisar a prática da Psicologia comunitária e as suas estratégias de facilitação em comunidades inseridas em uma unidade de saúde pública. Participaram dessa experiência usuários atendidos pela equipe multidisciplinar que haviam sido encaminhados para o serviço de Psicologia. No contexto estudado, as estratégias utilizadas foram entrevistas, visitas domiciliares, conversas informais e interação nos espaços comunitários. Essas estratégias se mostraram importantes para o mapeamento da realidade comunitária, das redes de serviços e para verificar como estas funcionam. No que se refere às questões éticas, observou-se a importância de romper os padrões de atendimento psicológico tradicional, quando se constrói uma ética que abrange os princípios da interdisciplinaridade. Observou-se que estratégias de atuação em comunidade na perspectiva da Psicologia comunitária podem favorecer ações mais integradas às necessidades da população atendida pela ESF. Tal experiência apontou a importância do questionamento sobre os modelos de atuação prestados pela Psicologia nos serviços de saúde pública, se for discutida uma proposta de atuação que esteja comprometida com o fortalecimento e o engajamento comunitário para o exercício e a garantia da cidadania dos usuários. Palavras-chave: Psicologia comunitária. Saúde da família. Programa de atendimento domiciliar. Saúde pública.

Participação Social em Saúde: Contribuições da Psicologia Comunitária

Psico, 2012

O objetivo desse artigo é discutir participação social em saúde no Sistema Único de Saúde (SUS), relacionando contribuições teóricas e práticas da Psicologia Comunitária. No caso das políticas públicas de saúde, a participação está associada ao controle social que a população deve exercer enquanto sujeitos de direitos a partir da implantação do SUS. No entanto, muitas práticas de participação são exercidas de forma burocrática e legalista, sem possibilitar espaços democráticos e reforçando posturas autoritárias. Então é nessa problematização que incorporamos conceitos e práticas da Psicologia Comunitária. A metodologia foi o levantamento bibliográfico sobre participação no SUS e as contribuições da Psicologia Comunitária, além de apresentar três experiências em participação social na saúde. As políticas públicas de saúde precisam incorporar experiências em participação desenvolvidas em espaços comunitários a fim de repensar o modelo legalista, que se encontra presente no dia a dia do SUS, e ouvir mais seus usuários. Palavras-chave: Participação; Sistema Único de Saúde; psicologia comunitária.