O Cuidado nos CAPS numa Região de Saúde Maranhense (original) (raw)

O Cuidado nos CAPS numa Região de Saúde Maranhense / Care in a Psycho-social Care Centre in a Health Care Region in Maranhão, Brazil

Revista Polis e Psique, 2018

A partir da Reforma Psiquiátrica, os Centros de Atenção Psicossocial assumiram a função de serviços substitutivos e ordenadores da rede em saúde mental. O objetivo do presente estudo foi compreender o cuidado em saúde mental e as articulações com a rede de atenção à saúde na perspectiva dos profissionais dos CAPS. Trata-se de uma pesquisa de abordagem qualitativa realizada com profissionais de CAPS em uma região de saúde do nordeste brasileiro. Foi realizado um grupo focal e utilizado um questionário estruturado. Através da Análise de Conteúdo na modalidade Temática as falas foram agrupadas em três categorias: entre o preconizado e a prática; a articulação em rede; o usuário, ora sujeito, ora doente mental. Concluiu-se que a presença do CAPS, por si só, não garante um novo modelo de atenção. Faz-se necessário apoio das gestões municipais na consolidação do cuidado em rede, pactuação de fluxo do cuidado e supervisão clínico-institucional eficiente.Palavras-chave: Reforma dos Serviços...

Cuidados e existências: entre mínimos e reais em um CAPS AD

2021

Agradeço à minha família, à minha mãe, Zélia, e meus irmãos, Vanessa e Felipe, por me motivarem, segurarem a minha mão nos momentos em que eu mais precisei e por me apoiarem ao longo dessa jornada. Permitindo que tantas memórias fossem criadas e registradas. Às minhas sobrinhas e afilhadas, Ana Luiza e Maria Eduarda, que são luz para os meus dias, com quem tento partilhar as minhas descobertas e conquistas nesse mundo, convidando-as a viverem livres, felizes e com muito amor. À minha prima Daniella, que tanto me sustentou nos momentos desafiadores com a partilha dos sentires e de alegrias. Ao Pancho, meu cãopanheiro de toda essa jornada, que tem o olhar mais amoroso da face da Terra. Que me lembra todos os dias dos momentos de parar e dar uma volta para respirar (para ele fazer xixi no mundo!!!). Que me ensina sobre ver e me comunicar com o outro, sobre relevar alguns incômodos e provocações (como os latidos estridentes de alguns cães). Aos colegas do CAPS AD Brasilândia, que dividiram comigo por oito anos um cotidiano árduo de trabalho, de produção de cuidado e de invenções. Em especial ao Dênis, ao Roberto, à Barbara queridos parceiros no cuidado e interlocutores para essa escrita e ao Felipe, amigo do CAPS para a vida, com quem vivi muitas das cenas registradas e partilhei muitos dos pensares, não só dessa tese, mas de todos os causos do cotidiano de trabalho (enquanto trabalhávamos juntos) e da vida. Aos usuários do CAPS AD Brasilândia, por me convidarem a tantas reflexões e transformações, por me lembrarem diariamente da importância da vida, das pequenas alegrias e conquistas. Sou muito grata por ter partilhado de suas vidas, de suas dores, dos desafios. Sou uma pessoa melhor por ter conhecido cada um de vocês. À minha orientadora, Profª Yara Maria de Carvalho, que mulher!!! Ainda me é nítido nosso primeiro encontro na entrevista no processo de seleção de ingresso. Encontro de histórias, de percursos, de almas. Construímos nesses anos uma relação muito respeitosa, generosa e de muito aprendizado. Yara apostou em mim, na minha história, e me permitiu viver essa experiência do modo mais leve possível, me convidando sempre a ser feliz.

Aspectos da territorialização do cuidado em um CAPSij: estudo seccional

2021

Este estudo tem como objetivo integrar análises geográficas, sociais e de saúde considerando as variáveis raça/cor, para compreensão da complexidade da territorialização do cuidado em saúde mental. Para isto se propõe a responder à seguinte questão: quais as características sociodemográficas do território ocupado pelas crianças, mulheres e adolescentes na área de abrangência do CAPSij Brasilândia? Metodologia: Estudo seccional que permite análise e avaliação de riscos à saúde coletiva a que uma população está exposta, particularmente socioeconômicos e ambientais. O georreferenciamento descreve e permite a visualização da distribuição espacial, marcando determinantes sociais e fatores etiológicos que possam formular hipóteses e apontar associações entre os fenômenos. Com a tecnologia SIG buscou-se delimitar a área de abrangência do serviço, bem como, classificar aquilo que denominamos por complexidades para territorialização do cuidado em saúde mental. Resultados: A distribuição espa...

CAPS: estratégia de produção de cuidados

Rupturas e encontros com desafios da reforma psiquiátrica brasileira, 2010

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O Cuidado Na Atenção Primária À Saúde Da População Carcerária Masculina No Município De Caraúbas/RN

Revista Baiana de Saúde Pública, 2014

O Plano Nacional de Saúde no Sistema Penitenciário (PNSSP) tem como meta, incluir a população penitenciária no SUS, garantindo que o direito à cidadania se efetive na perspectiva dos direitos humanos. Assim objetivamos analisar a efetividade do PNSSP junto à população carcerária masculina, em nível da atenção primária à saúde no município de Caraúbas/RN. Como resultado observamos que as ações desenvolvidas se resumem a atividades de recuperação da saúde, modelo que reduz o cuidado de saúde ao diagnostico e tratamento das doenças, o que não prioriza as atividades voltadas à promoção, prevenção, proteção e reabilitação da saúde dos homens privados de liberdade. Evidencia-se a necessidade de efetivação do PNSSP no Município de Caraúbas/RN, bem como maior contato entre o poder judiciário e a gestão municipal de saúde. Demonstrando o desafio de efetivar a atenção básica em saúde para a população penitenciária.

Os CAPS e o trabalho em rede: tecendo o apoio matricial na atenção básica

Psicologia: Ciência e Profissão, 2008

A reforma psiquiátrica sinaliza a urgente articulação entre saúde mental e atenção básica na tentativa de avanço do processo de desinstitucionalização. Este estudo resulta de uma investigação junto a trabalhadores de saúde mental inseridos em CAPS II e Ad sobre a proposta de matriciamento às equipes de PSF. A Secretaria Municipal de Saúde de Natal pretende, com a implantação do apoio matricial, ampliar a rede de serviços substitutivos, melhorar o funcionamento dos atuais equipamentos e capacitar os profissionais de ambos os níveis de atenção, objetivando a ampliação do acesso aos serviços e os cuidados em saúde mental. Foram observados os seguintes aspectos: articulação precária entre os CAPS e a rede de atenção básica, necessidade de repensar a função dos CAPS na rede e rever o modelo de funcionamento ambulatorial pregnante e a formação acadêmica dos profissionais, que se revela insatisfatória para o cuidado aos portadores de transtornos mentais.

Articulação de redes de cuidado entre Centro de Atenção Psicossocial (CAPS) e Enfermaria de Saúde Mental em Hospital Geral

Interface - Comunicação, Saúde, Educação

Este estudo tem como objetivo analisar a perspectiva dos trabalhadores de Enfermaria de Saúde Mental em Hospital Geral (ESMHG) e dos CAPS acerca do cuidado compartilhado a usuários internados em ESMHG. Trata-se de uma pesquisa qualitativa de quarta geração com abordagem hermenêutica cujos dados foram construídos a partir de grupos focais gravados em áudio e transformados em narrativas. São discutidos critérios de internação, função da regulação de vagas, funcionamento da rede e tempo da internação. Conclui-se que a heterogeneidade dos modos dos serviços acolherem pessoas em quadros agudos, por um lado, expressa a pluralidade potente das formas de produzir cuidado e, por outro, evidenciam contradições marcadas pelo distanciamento entre os serviços e pela ausência de critérios compartilhados. Assim, explicitam-se situações de fragmentação prática e a necessidade de fortalecimento dos espaços de interlocução em rede.

Um Atendimento (A)típico no CAPS: uma Clínica Possível

Propõe-se neste trabalho analisar elementos da experiência clínica enquanto residentes no Centro de Atenção Psicossocial (CAPS-UERJ). Entende-se que o CAPS adquire valor estratégico na Reforma Psiquiátrica Brasileira ao funcionar como dispositivo clínico e visar à construção de autonomia de seus frequentadores, onde estes são convidados a implicarem-se e responsabilizarem-se em seus processos terapêuticos. Parte-se da singularidade de um caso clínico, onde uma escuta psicanalítica permitiu diferenciar uma suposta não adesão ao dispositivo, da possibilidade de construir, na transferência, uma clínica possível. Apresentam-se também, elementos da estratégia de acompanhamento à mãe da paciente, cuja relação com a filha suscitava estranhamento e instigava a equipe. Finalmente, considera-se que a construção do caso clínico enriquece a práxis clínica ao contribuir para a elaboração e reflexão teórica, para a construção dos dispositivos assistenciais e para o ensino e a formação profissional.