Homens de Letras: intelectuais negros no Brasil imperial (original) (raw)
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O negro na literatura brasileira
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Uma breve reflexão sobre o “espaço” do (a) escritor (a) negro (a) na literatura brasileira
2019
Pela competência, rigor e apoio sempre manifestados. RESUMO A literatura consiste na representação e discussão das realidades e costumes ou cultura de um determinado grupo, sem excluir nenhuma parte. Todavia, quando se trata da literatura Brasileira a situação é contrária. Este trabalho, portanto, trata do silenciamento das vozes negras ou afros na literatura brasileira e tem como objetivo de investigar e contribuir para a discussão acerca das causas da falta de espaço enfrentado pelos escritores(as) negros(as) no cenário literário brasileiro. Já que cada pesquisa parte de um pressuposto que é investigar, detectar e revelar um problema em prol da sociedade. Inicialmente, abordamos a questão da lei 10.639, que foi uma resposta do governo a movimento negro e, em seguida, apresentamos algumas produções literárias brasileiros para fornecer evidências do referido silenciamento. As obras de Maria Firmina dos Reis e Luiz Gama foram analisadas no presente trabalho pois, eles entre outros, apesar de uns avanços nesse sentido, são exemplos dos que foram invisibilizados há tempos.
DE OXUM A PRETINHA: A NOVA ESTÉTICA DA PERSONAGEM NEGRA NO CENÁRIO LITERÁRIO BRASILEIRO
DE OXUM A PRETINHA: A NOVA ESTÉTICA DA PERSONAGEM NEGRA NO CENÁRIO LITERÁRIO BRASILEIRO, 2019
Resumo: Este artigo tem por objetivo abordar dois contos presentes na coletânea de contos e crônicas Olhos de azeviche: dez escritoras negras que estão renovando a literatura brasileira (2017), publicada pela editora Malê. Os contos são "Das águas", de Cristiane Sobral, e a "A Pretinha e o Pretinho", de Taís Espírito Santo, os quais tratam de questões como a construção da identidade pela mulher negra. Para tanto, buscamos refletir sobre o campo da literatura brasileira, focalizando na vertente da literatura afro-brasileira ou negro-brasileira. Nesse sentido, discutimos como vozes de mulheres negras estão ecoando no contexto literário brasileiro, denunciando o predomínio da branquitude nesse cenário e construindo novas epistemologias. Como arcabouço teórico, utilizamos os pensamentos de Hall Abstract: This article aims to approach two short stories of the anthology of short stories and chronicles Olhos de azeviche: dez escritoras negras que estão renovando a literatura brasileira (2017) [Jet-Black Eyes: Ten Black Female Writers Who Are Renewing Brazilian Literature] published by Malê publishing house. The short stories are "Das águas" [From the Waters], by Cristiane Sobral, and "A Pretinha e o Pretinho" [The Little Black Girl and The Little Black Boy], by Taís Espírito Santo, which deal with issues such as the construction of identity by Black women. Therefore, we seek to reflect upon the field of Brazilian literature, focusing on the field of Afro-Brazilian or Black Brazilian literature. In this sense, we discuss how Black women's voices are echoing in the Brazilian literary context, denouncing the predominance of whiteness in this scenario and building new epistemologies. As a theoretical framework, we use the thoughts
A Falta De Homens De Letras: A Educação No Continente De São Pedro Do Rio Grande Do Sul (1770-1834)
UFPEL RESUMO O presente estudo tem como objetivo abordar como ocorreu o processo das aulas régias no Continente de São Pedro, enfatizando qual o perfil dos educadores presentes nesse contexto. Assim sendo, as questões que nortearão esse estudo, serão: Como se deu a formação intelectual nesse território durante o período colonial? Quais sujeitos históricos atuavam nesse processo educacional? Quais elementos delineavam a identidade desses educadores? Que saberes escolares eram ministrados? É importante mencionar que enquanto obrigação do estado, a instrução pública rio-grandense foi tardiamente implantada. Tal fato delineia um contexto díspar que merece ser estudado. Na busca por possíveis respostas, estaremos pautados na metodologia da pesquisa histórica documental. Palavras-chave: Continente de São Pedro, aulas régias, mestres-escolas, educação colonial.
Dicção e Emparedamento Na Literatura De Autoria Negra Brasileira
Organon
A presença autoral negra na literatura brasileira pode ser mapeada pelo menos desde o século XIX, através de autores e obras muitas vezes silenciadas pelo cânone. A dinâmica de silenciamento de autorias dissonantes ao eurocentrismo, que pauta a constituição do perfil hegemônico de autor no Brasil, é observada neste artigo através de quatro autores representativos tanto da diversidade da autoria negra quanto do emparedamento que a atravessa. Cruz e Sousa, Lima Barreto, Carolina Maria de Jesus e Stella do Patrocínio vivenciaram contextos diferentes e historicamente específicos, mas suas produções e existências autorais permitem a reflexão sobre o emparedamento como marca nacional constituinte.
A HERANÇA DE PONCIÁ VICÊNCIO: CURANDO OS TRAUMAS COLONIAIS NO “ESCREVIVER” DA LITERATURA NEGRA
Revista Espaço Acadêmico I DOSSIÊ - PENSAR NEGRO: Poéticas Ancestrais e Estéticas Contracoloniais, 2021
Resumo: Este trabalho objetiva fazer uma discussão acerca das possibilidades do uso da literatura como um mecanismo de elaboração dos traumas coloniais que as pessoas negras vivenciaram desde os tempos da escravização até hoje. Nesse sentido, o artigo está dividido em 3 partes. Na primeira, realizo uma breve revisão de literatura acerca da temática do trauma e busco obras que tenham tratado dessa temática, articulando assim com as realidades das pessoas negras. Em seguida, apresento a discussão acerca do "trauma colonial", como forma de legitimar a literatura que vem emergindo acerca de tal temática. Por último, analiso a obra "Ponciá Vicêncio" de Conceição Evaristo, à luz de teorias e abordagens que foram discutidas nos tópicos anteriores. Assim, destaco a literatura como uma possibilidade de modificação e reconfiguração da língua portuguesa, para que deste modo, mais indivíduos consigam se apropriar e se relacionar com ela das mais variadas formas e longe das amarras coloniais.
Letras de fogo, barreiras de lenha: a produção intelectual negra paulista em movimento (1915-1931)
Para Anadja, Lucival e Gressie, pela distância e saudade Para Vó Ana e os que vieram antes de nós Agradecimentos Tenho sérias dúvidas de quem ousa afirmar que o historiador é um profissional solitário. A trajetória que me levou a escrever estes agradecimentos é tão longa e tão marcante (já o sei) na minha vida, que só posso confirmar a ideia de que ninguém faz nada sozinho. Nem deve fazer. Em primeiro lugar, à minha mãe e ao meu pai. Dona Anadja e Seu Lucival, não há como imaginar sequer a minha vida sem o apoio e amor incondicional de vocês dois. Saibam que tenho tamanha admiração pela história de vida de ambos, onde o estudo fez verter água da pedra mais dura, que custo a valorizar qualquer êxito que eu venha a ter. Nunca serei tão grande e forte quanto vocês, mas sempre terei orgulho de mim quanto conseguir orgulhá-los de alguma forma. Aos maiores exemplos e inspirações da minha vida, muito obrigado por tudo painho e mainha! À minha larga e especial família. Minha linda e amada irmã, Gressie Reis, que tantas vezes me puxou e me puxa para ver o lado certo das coisas. Me corrige, me questiona, me impulsiona, me dá coragem, me ama. Te ter na minha vida me fez uma pessoa muito melhor, em todos os sentidos. Que esta conquista ajude a retribuir o tamanho do orgulho que tenho de você. Às minhas tias e tios, primos e primas, que sempre se preocuparam com meu bemestar e se mostraram interessados e orgulhosos do meu caminho. Em especial aos e meus tios Luciano Reis e Márcio André Andrade, e ao meu primo Pedro Yuri N. Andrade. O primeiro, uma das pessoas mais bondosas, carinhosas, altruístas e inteligentes que conheci. Um exemplo de ser humano que carreguei e carregarei por toda a vida. O segundo, uma referência. Além de ter sido seu aluno na escola, aprendi demais com sua inteligência, criatividade. Tê-lo por perto foi sem dúvidas um grande privilégio da vida. E seu filho e meu querido primo-irmão, 6 meses de diferença de idade e muita coisa vivia junto. Todos, cada um à sua maneira, foram importantes para a conclusão deste trabalho. Mas nem só de sangue se faz uma família. Aqui, quero agradecer imensamente a duas pessoas que são fundamentais na minha vida. Aos meus irmãos de vida Gustavo Azevedo e Rafael Domingos Oliveira. Guga, você sabe o quanto eu te amo. Muito obrigado pela parceria, preocupação e tantas conversas que tivemos sobre nossos trabalhos. Você é peçachave deste trabalho e da minha vida. Rafa, meu amor, você não imagina como eu admiro você. Mais do que agradecer pela ajuda na revisão e diagramação, seu espírito livre e combativo junto com sua capacidade intelectual das maiores são pra mim mais que um exemplo de historiador, de vida. Às parceiras e aos parceiros que direta ou indiretamente me ajudaram ao longo dos anos que dediquei a esta pesquisa. Ao povo da Educação do Museu Afro Brasil, com quem tanto aprendi durante os dois anos que trabalhamos juntos. Muito obrigado Amanda Carneiro,
Por dentro da Literatura Negro-Brasileira
Considerações acerca da literatura negro-brasileira desde Domingos Caldas Barbosa, autor do século XVIII, aos dias atuais com a geração de Cadernos Negros. O ensaio ainda aborda os coletivos literários, as antologias e os livros de ensaios surgidos a partir dos anos 1970. Para além da literatura engajada de conscientização e afirmação identitária negra, o ensaio contempla a produção de autores negros comprometidos com uma estética de invenção e de transgressão da linguagem.
O negro na literatura potiguar contemporânea
Revista do GELNE
Este artigo é fruto de projeto de pesquisa que visou investigar as imagens do negro na literatura potiguar contemporânea. Como os estudos sobre a produção poética do Rio Grande do Norte são mais voltados para o início do século XX e a modernidade, este artigo analisa, a partir dos fundamentos teóricos, literários e culturais da figura do negro na contemporaneidade, as imagens suscitadas na poesia potiguar dos anos iniciais do século XXI. Este trabalho traz um recorte temporal compreendido entre os anos 2000 e 2021 focalizando três escritores: Alexandre Alves, Drika Duarte e Helena Monteiro. A seleção dos poemas levou em consideração dois critérios: i) a produção poética significativa em volume e/ou recepção crítica e; ii) a autoria e/ou temática do negro. Como aporte teórico, o artigo usa o conceito de Literatura Afrodescendente, de Duarte (2002), o de Literatura Suprarregional, de Arendt (2011), e o de Imagologia, de Ribeiro (2005). A nossa hipótese é a de que a escrita poética, de...