A Ideia De Nobreza No Império Português Em Fins Do Século XVIII e Início Do XIX (original) (raw)
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Revista Brasileira de História da Ciência
As nitreiras são fontes do salitre, principal componente da pólvora, e sua exploração passou a ser fomentada no Brasil colonial especialmente no século XVIII. Neste artigo, apresenta-se uma proposta de Ensino de Ciências envolvendo o referencial da História das Ciências, a partir da exploração do salitre durante os séculos XVIII e XIX no Brasil. Propõe-se a leitura de textos originais, escritos por personagens do processo de implantação deste extrativismo mineral nacional, buscando compreender seu contexto de exploração e produção, com especial atenção aos conceitos químicos envolvidos, destacando-se ainda o alto potencial interdisciplinar que a temática das nitreiras pode apresentar.
Nobreza e riqueza no antigo regime ibérico setecentista
Revista de História, 2013
This article examines the idea of nobility in the Iberian Peninsula and overseas. Using the historiographical balance, it analyses the social mobility of various groups, but particularly of traders and miners who resorted to its assets to serve the monarchy, to purchase nobility titles and habits of the military orders. The study emphasizes regional particularities, but highlights how wealth has become a powerful engine for the ennoblement of commoners in the societies of the Old Regime eighteenth century.
Nobreza e principais da terra - América Portuguesa, séculos XVII e XVIII
Topoi (Rio de Janeiro), 2018
a formação da nobreza colonial a partir de provimentos régios, das concessões dos foros de fidalgo, títulos de cavaleiro das ordens militares e dos brasões de armas. Essas mercês, porém, não originaram a nobreza de sangue, pois raras famílias tiveram condições de manter as honras e os privilégios da nobreza por longo tempo. No ultramar a "nobreza da terra" não se apoiava nos títulos, mas no patrimônio, no controle de postos da administração local, e, sobretudo, de patentes militares. Recorrendo à base documental e à historiografia, o artigo pretende comprovar que os títulos não eram a condição sine quo non para ascensão social na sociedade colonial. Em geral, somente ao final de sua trajetória de sucesso os súditos ultramarinos pleiteavam e recebiam as honrarias da monarquia. Palavras-chave: nobreza; ascensão social; elites locais. Nobility and Local Elites. Portuguese America, 17 th and 18 th Centuries ABSTRACT The article analyzes the formation of the colonial nobility through royal decrees, from the concessions of the title of Nobleman, of the titles of Knight of the Military Orders, and of coats of arms. These honors, however, did not originate the nobility of blood. In fact, few families were able to maintain the honors and privileges of nobility for a long time. Overseas, the "local nobility" did not rely on titles, but on assets, on the control of the local administration posts and, above all, on military ranks. Using documents and historiography, the article intends to prove that the titles were not a prerequisite for upward social mobility within colonial society. In general, only at the end of their successful lives did the overseas subjects claim and receive the honors of the monarchy.
O Brasil construiu a sua própria nobreza e esta construiu o Brasil Colonial, tal como o conhecemos. A nobreza histórica do Brasil teve importante atuação social, econômica, política e cultural no período Colonial, no período Imperial e no período Republicano. A elite colonial, a classe dominante colonial, é uma grande rede social e política de famílias viabilizadas por longas genealogias de poder. Investigamos e demonstramos as características deste fenômeno em uma pesquisa anterior, publicada no livro "O Silêncio dos Vencedores. Genealogia, Classe Dominante e Estado no Paraná". A cartografia do poder é uma complexa rede de famílias e poder, em patrimônios, cargos e insígnias simbólicas. Outra obra paradigmática sobre as relações entre as estruturas de parentesco e as estruturas de poder é a obra de Francisco Antonio Doria, "Os Herdeiros do Poder". Há uma conexão entre estruturas de parentesco e estruturas de poder em termos de longa duração. Os poderes sociais e os poderes políticos também são, em boa parte, questões genealógicas. A classe dominante local sempre apresentou um grau variado de autonomia em relação às outras instâncias administrativas do Reino. O caráter belicoso, expansionista e escravista dos primeiros conquistadores e povoadores, do Brasil Meridional, são provas de que os interesses superiores, as agendas políticas e os interesses dos jesuítas e do Império Espanhol, não foram muito respeitados. Os antigos paulistas, os bandeirantes fundadores das vilas aqui estudadas, eram homens que procuravam novas liberdades na gênese de novas comunidades de fronteira, nas primeiras décadas do século XVII. A "nobreza da terra" forma o núcleo duro da classe dominante histórica. Um processo da Ouvidoria de Paranaguá, datado de 1782, em Curitiba, discorria sobre a idéia de nobreza na região. O embargante Miguel Martins Leme "é filho legítimo de Mateus Leme da Silva e de sua mulher Isabel Pedrosa e neto de Mateus Martins Leme, o qual foi Capitão-Mor neste distrito que conforme as leis lograva nobreza e esta também se transfere em seus filhos e os
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