Políticas e serviços de saúde mental e atenção psicossocial (original) (raw)

Cuidados de saúde mental em serviços especializados de atenção à DST/AIDS

Revista Prevenção de Infecção e Saúde, 2015

Objetivo: O presente artigo de natureza reflexiva objetiva refletir sobre os cuidados de saúde mental desenvolvidos em serviços especializados de atendimento à DST/AIDS. Resultado: O momento do diagnóstico representa impacto relevante na vida dos pacientes, visto que conviver com DST/AIDS modifica a Qualidade de Vida por envolver estigma e preconceito. Diante disso, os profissionais devem buscar abordagem e assistência inclusiva e acolhedora, considerando o indivíduo integralmente. O cuidado direcionada à saúde mental desses indivíduos abrange o acolhimento digno, escuta qualificada e desenvolvimento de atividades que fortaleçam o bem estar mental representando o eixo chave no atendimento à saúde mental em serviços especializados de atenção a DST/AIDS. Considerações finais: É essencial planejar a assistência em saúde mental nesses serviços e atuar de forma humanizada e singular.

Acolhimento no Serviço de Atenção Psicossocial

Trata-se de um artigo de reflexão teórica que analisa o acolhimento na perspectiva da atenção psicossocial. A lógica engendrada entende o acolhimento como um dispositivo que é transversal a atenção à saúde e sua operacionalização foi considerada como o contexto sanitário o concebe em seus documentos oficiais. A utilização do acolhimento na clínica foi refletida a partir da suspensão do saber antecipado daquele que fala sobre seu sofrimento, justamente como condição para a escuta e para o acolhimento. O referencial teórico-metodológico foi problematizado para fazer parte da escolha pelo profissional para cuidar das pessoas em sofrimento. O saber-fazer do tema estudado foi discutido nas dimensões da técnica, da postura e da reorientação do serviço. Compreende-se que um dos critérios para que o acolhimento torne-se efetivo deve ser pautado no acesso, acompanhamento e na co-responsabilização, tendo em vista que não é possível formular uma demanda se não há vinculo e sem ele não há transferência e nem cuidado singular. A função do acolhimento é também distinguir o tipo de queixa e demanda para avaliar a adequação dos serviços em relação ao usuário. Os profissionais que atuam no campo da saúde mental precisam saber de seu próprio desejo de estar nesse lugar do cuidado para que possam sustentar sua prática e se responsabilizar efetivamente pelo cuidado. A ética tem a ver com a responsabilidade singular para com o outro, de responder a situação de vulnerabilidade, sofrimento e risco, mas para constituir profissionais capazes de responder ao outro, deve-se primeiro dar conta das ansiedades e dos medos que levam a pressupor que o outro seja eu mesmo na relação paciente-profissional. Ser profissional é ser acolhedor em qualquer circunstância, pois o acolhimento é inerente à prática de saúde no Sistema Único de Saúde em qualquer ponto da Rede de serviços e não apenas no momento da recepção ao usuário.

Atenção psicossocial e cuidado

2014

A primeira unidade trata do acesso ao cuidado e seus desafios, mostrando a organização do trabalho em equipe interdisciplinar, a importância do acolhimento e da escuta qualificada, a função do registro como ferramenta de acesso e vinculação, mostrando, também outras estratégias de garantia ao acesso. Trata, ainda, da ampliação da autonomia dos usuários por meio da ampliação das dependências e do enriquecimento da existência Mostra a importância da estratégia do matriciamento das redes, do uso de diversas tecnologias, de novas formas de comunicação entre serviços e saberes. Mostra, também, a atual relação entre CAPS, UBS, ESF E NASF em sua perspectiva de tornar o usuário protagonista do cuidado. São sugeridas leituras complementares e apresentadas referências. Na segunda unidade são mostradas a construção e consolidação do vínculo, que têm como fatores fundamentais: conhecer o usuário, manter a flexibilidade como ferramenta do cuidado, trabalhar em equipes multidisciplinares, manter ...

A participação do conselho de saúde mental na política da rede de atenção psicossocial

Research, Society and Development, 2021

Objetivo: Esse estudo buscou compreender a participação do Conselho de Saúde Mental na política da Rede de Atenção Psicossocial segundo a visão dos profissionais da saúde. Método: Trata-se de uma Revisão Integrativa que permite a busca e a análise crítica da produção científica relacionadas ao tema de investigação, onde foi seguido os seis passos de Mendes, Silveira e Galvão e a estratégia PCC (P=População, C=Conceito, C=Contexto). Resultados e discussões: Entre os artigos selecionados, os principais resultados obtidos dizem respeito a dois principais pontos: (1) lacuna entre política e prática; e (2) o desconhecimento/despreparo dos profissionais no âmbito da saúde mental. E para uma discussão mais completa, foi abordado um terceiro ponto: (3) o impacto da pandemia nos serviços de saúde mental. Considerações finais: Apesar de a maioria dos estudos se enquadrarem de acordo com as diretrizes da Política Nacional de Saúde Mental, muitas estratégias ainda carregam raízes do modelo biom...

Papéis e perfil dos profissionais que atuam nos serviços de saúde mental

2015

A atual proposta de reestruturacao dos servicos de saude mental no pais tem o compromisso de prestar assistencia integral e resolutiva, por meio de equipes interdisciplinares. Objetivo : identificar o perfil dos profissionais que atuam nos servicos de saude mental, de Uberlândia, e conhecer as atividades desenvolvidas destas equipes. Metodologia: trata-se de pesquisa exploratorio e descritiva. Participaram do estudo 51 dos 135 profissionais de ensino superior, que atuam nos servicos de saude mental do municipio. Utilizou-se roteiro com informacoes de identificacao, formacao e praticas desenvolvidas pelos sujeitos. Resultados: dos 135 funcionarios de nivel superior, de nove servicos locais, foram entrevistados 51, entre janeiro e agosto de 2013. Discussao: possibilidade de conhecimento do perfil e caracterizacao das equipes dos servicos de saude mental do municipio. Conclusao: os dispositivos de base comunitaria em saude mental enfrentam dificuldades e a maioria nao consegue seguir a...

Em outras palavras - Acolhimento e cuidado de pessoas surdas em serviços de saúde mental

2023

O livro parra pelas possibilidades e desafios para que uma pessoa surda possa ter acesso a um serviço de saúde mental. As dificuldades, encontros e desencontros, caminhos e descaminho do contato entre profissionais de saúde e usuários surdos nos serviços de saúde mental são encarnados em histórias reais, vividas por personagens que, no cotidiano de uma grande cidade brasileira, buscam cuidar e serem cuidados

As dificuldades na construção do modo de atenção psicossocial em serviços extra-hospitalares de saúde mental

Saúde em Debate, 2013

RESUMO Pretende-se avaliar de que forma o modo de atenção psicossocial tem sido construído e efetivado em serviços extra-hospitalares de saúde mental, como o Ambulatório Regional de Saúde Mental de Ribeirão Preto e o Centro de Atenção Psicossocial II, do Município de Ribeirão Preto, São Paulo. Entrevistas semidiretivas e grupos focais foram realizados com 22 profissionais da saúde. O referencial teórico e a análise dos dados apoiaram-se no referencial hermenêutico crítico. Observou-se alta tecnificação das ações de saúde, centralidade da tecnologia médico-clínica em relação a outras ações terapêuticas, com ênfase na patologia e medicamento, com a secundarização de ações psicossociais; e um processo de precarização das relações de trabalho. Aponta-se a necessidade de realização de pesquisa avaliativa participativa com objetivo de criar mecanismos que favoreçam a melhoria da assistência prestada com base no modo de atenção psicossocial.

A assistência à saúde mental na rede de Atenção Básica de Saúde

2015

Trata-se de revisão integrativa da literatura que analisou pesquisas realizadas no setor público de saúde. O objetivo é revisar a literatura acerca da assistência à saúde mental realizada nas Unidades Básicas de Saúde (UBS) pelas equipes da Estratégia de Saúde da Família (ESF), a fim de verificar ou identificar as ações dos profissionais e os serviços disponibilizados à pessoa com transtorno psiquiátrico. Foram pesquisados artigos publicados entre 2005 e 2015, nas bases de dados SciELO, LiLACS, Medline e IBECS, tendo como amostra final onze artigos. Esses assinalaram três temas principais: o predomínio do modelo biomédico na assistência à saúde e o preconceito contra a pessoa com transtorno psiquiátrico; os serviços de apoio matricial, o acolhimento e o despreparo dos profissionais de saúde; e a necessidade de articular as ações de saúde mental na rede de atenção psicossocial. Conclui-se que todas as dificuldades apontadas só poderão ser superadas através de uma visão ampliada da pessoa com sofrimento psíquico e da constituição de uma rede de saúde mental interligada aos diversos setores da saúde de maneira efetiva.