LIVRO - EM BUSCA DE UM TEATRO POBRE (Grotowski) (original) (raw)
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Em Busca do Teatro Pobre Grotowski - Livro Esgotado 1987
Material Didatico Wikipedia: Jerzy Grotowski (Rzeszów, 11 de agosto de 1933 — Pontedera, 14 de janeiro de 1999) foi um diretor de teatro polaco e figura central no teatro do século XX, principalmente no teatro experimental ou de vanguarda. Seu trabalho mais conhecido em português é "Em Busca de um Teatro Pobre", onde postula um teatro praticamente sem vestimentas, baseado no trabalho psico-físico do ator. A melhor tradução de "teatro pobre" seria teatro santo ou teatro ritual. Nele Grotowski leva as últimas consequências as ações físicas elaboradas por Constantin Stanislavski, buscando um teatro mais ritualístico, para poucas pessoas. Um dos seus assistentes e responsável pela divulgação e publicação de seus trabalhos é o hoje famoso teatrólogo Eugenio Barba.
Grotowski: espetáculo, ator e público
Pitágoras 500
Este trabalho objetiva apresentar uma reflexão sobre os processos estéticos do encenador Jerzy Grotowski a partir de sua concepção de arquitetura cênica no espetáculo O príncipe constante e dos procedimentos utilizados por ele na direção da interpretação do ator Ryzard Cieślak. O projeto da encenação foi analisado levando em consideração a intrínseca relação entre atores e espectadores e o pressuposto grotowskiano de que o diretor é, por excelência, um espectador por profissão.
TEATRO COM BEBES E CRIANCAS VIVENCIAS ESTETICAS E OS FUNDAMENTOS HERDADOS DE VIGOTSKI
Este artigo foi elaborado a partir de um recorte de uma pesquisa de doutorado, defendida em 2018. A teoria-histórico-cultural e sua constelação conceitual embasaram este trabalho. Entre os conceitos, elencamos, principalmente, o meio social do desenvolvimento, vivência, neoformações, atividade-guia, entre outros, enfatizando as perspectivas do desenvolvimento das crianças, incluindo os bebês nesta pesquisa. As aproximações conceituais sustentaram a investigação fornecendo as condições para a realização das atividades de "Teatro com bebês" no espaço da Educação Infantil com bebês crianças entre 1,5 e 2,5 anos. A escolha do gênero teatro com bebês ocorreu em função de viabilizar o encontro da arte com os bebês crianças. Narrativas, adereços, cenografia, figurino, ou seja, a reorganização espacial da sala da Educação Infantil, numa perspectiva estética, promove uma atividade cujos resultados se aproximam de enunciações, de brincadeiras e de dramas a partir de disputas de ofertas que geram desenvolvimento. Com a proposta estética com base no teatro com bebês, a pesquisa sinalizou a importância de pensarmos os encontros com os bebês crianças de até três anos de forma criativa, tendo por base a disponibilidade para a produção do novo. Os bebês crianças rompem qualquer expectativa a partir de um planejamento com base numa estética brincante e produzem acontecimentos com seus protagonismos de vida em fluxos contínuos.
TEATRO DOS ESQUECIDOS, 2020
TEATRO DOS ESQUECIDOS - Disponível em: https://editorathoth.com.br/produto/teatro-dos-esquecidos/106
O LUGAR DE ONDE SE VÊ: VIGOTSKI E O NOVO TEATRO PARA A NOVA PESSOA SOCIALISTA
Cadernos CEDES, 2024
No presente artigo, discutiremos o papel do teatro na construção da nova pessoa socialista, tal como vislumbra Lev Vigotski (1896-1934) no contexto da revolução cultural dos anos 1920, subsequente à Revolução Russa de outubro de 1917. Em um estudo bibliográfico, recorreremos particularmente aos seus escritos sobre arte do período entre 1917 e 1925, entre os quais destaca-se, numericamente, a crítica teatral. Trataremos da relação dele com o teatro como lugar de onde a sociedade se vê e onde ela deveria vivenciar o pathos revolucionário, em intersecção com a presença de ideias trotskistas sobre o “super-homem”. Problematizaremos o teor eclético da influência de Nietzsche entre os marxistas russos, e as determinações pelas quais Vigotski anseia por mudanças radicais no teatro (como texto, instituição e encenação), na atmosfera trotskista da formação experimental, coletiva e criativa de uma nova pessoa, tendo a multiplicidade e a alteridade no centro do desenvolvimento e da educação humana.
This paper aims to reveal the partial results of ongoing research that investigates the deep relationship of the writings of psychologist Lev S. Vygotsky (1896 - 1934) with the theatrical art. It presents data on the biography of the author, as a matter of him having been in youth, lover, reader of dramatic works, director and actor. Experiences that contributed to its formation and are expressed in productions such as The Tragedy of Hamlet, Prince of Denmark (1968), which has strong influences of the show Hamlet (1911), directed by Gordon Craig and Stanislavsky. Moreover, the text displays brief comments about the works of Vygotsky, among these, Psychology of Art (1965) that provides a notion of aesthetic reception based on contradictory catharsis. Data that are expanding knowledge and interpretations about the life and work of the Russian psychologist, as well as studies regarding his relationship with the theater.
TEATRO E REVOLUÇÃO: A LEITURA VYGOTSKIANA DO MISTÉRIO- BUFO, DE MAIAKÓVSKI
In: Anais do XIV CONGRESSO INTERNACIONAL ABRALIC (Belém-PA, 2015) Publicado em 1919 como capítulo de uma antologia intitulada Versos e prosa da revolução russa, o ensaio “Teatro e revolução”, escrito por L. S. Vygótski, busca analisar o teatro pré-revolucionário, os impactos da revolução nos palcos russos e, por fim, fazer um arrazoado das produções pós-1917, com ênfase em Mistério-bufo, de Maiakóvski. O autor examina as relações entre sociedade e literatura dramática, discutindo em que medida a revolução foi antecipada pela literatura, o como esse acontecimento alterou os rumos da cena russa. Tais relações não são vistas como reflexos mecânicos da sociedade sobre a literatura, ou vice-versa. Interessa ao autor tanto as mudanças das condições objetivas do fazer teatral proporcionadas pela revolução, quanto a capacidade de a literatura dramática responder aos acontecimentos sociais. Assim, não se trata apenas da introdução de novos temas ou releitura dos antigos, mas da elaboração de novas formas de representação do social. O ensaio vygotskiano constitui-se como uma avaliação dura sobre o teatro russo, que reconhece poucas tentativas bem-sucedidas, mas é, ao mesmo tempo, uma defesa do novo teatro, um voto de confiança e otimista pelo teatro revolucionário.
O TEATRO DO GROTESCO COMO CENÁRIO DA DESCONSTRUÇÃO DO BRASIL
Revista da ABRALIN, 2020
O teatro do grotesco como cenário da desconstrução do Brasil Le théâtre du grotesque comme scénario de la déconstruction du Brésil Ensaio teórico Freda INDURSKY1 RESUMO: O presente artigo analisa, à luz da Análise do Discurso, a fala pública do presidente do Brasil, eleito em 2018. Uma distinção entre seguidores e apoiadores é estabelecida com base no jogo cruzado das formações imaginárias, através dos modos de dizer do governante em relação a esses dois grupos e também em relação a si mesmo. Seus seguidores são visíveis e ruidosos, vestidos de verde-amarelo, identificando-se plenamente com seu presidente, nele espelhando suas práticas. Eles produzem o efeito de uma massa de apoiadores, enquanto os apoiadores efetivos, em sua invisibilidade, sustentam seu presidente no poder para que ele realize as reformas próprias a um sistema neoliberal. Esse governo está desconstruindo o patrimônio cultural e ambiental e promovendo o desmonte da saúde e da educação. Esse presidente, que chegou ao poder por instrumentos democráticos, aproveita-se das liberdades próprias à democracia, aproximando-se, cada vez mais, dos saberes fascistas. Se, por um lado, é impossível ignorar tais avanços, por outro, não é possível afirmar que o atual governo instituiu um Estado fascista. A escuta discursiva mostrou que esse discurso se materializa em uma língua política fascista, inscrita em um regime de repetibilidade, que faz ressoar saberes do fascismo. Além disso, essa língua-desabrida e truculenta-pratica violência verbal. Seu léxico, extremamente vulgar, expõe sua homofobia e misoginia. Seu discurso se materializa através de uma fraseologia marcada por uma sintaxe rudimentar que produz frases curtas, truncadas e/ou desestruturadas. Sua língua é uma metáfora de seu governo.. RÉSUMÉ: Cet article examine, dans une perspective discursive, le discours du président élu en 2018, au Brésil. Une distinction entre défenseurs et supporteurs est établit sur la base du jeux des formations imaginaires, observées à travers ses façons de dire à propos de ces deux differénts types d´adeptes et à propos de soi même. Ses défenseurs, visibles et bruyants, habillés en verd et jaune, s´identifient entièrement avec leur président, en reproduisant ses pratiques. Ils produisent l'effet d'une masse de supporteurs, tandis que les vrais supporteurs se maintiennent invisibles, tout en soutenant leur président, pourvu qu´il réalise des réformes inhérentes à un système capitaliste néoliberal. Ce gouvernement s´acharne contre le patrimoine culturel et environnemental et démonte la santé et l´éducation publiques. Ce président, qui est arrivé au pouvoir par un processus démocratique, profite de la liberté propre à la démocratie pour s´approcher au plus des savoirs fascistes. Si, d´un côté, il est impossible d´ignorer cette avancée vers le fascisme, d´autre part, il n´est pas possible d´affirmer que ĺ actuel système politique brésilien soit fasciste. L´écoute discursive a montré que ce discours se matérialise à travers une langue fasciste, inscrite dans un régime de répétibilité, qui fait
PARA UMA CRÍTICA DO TEATRO COMO CAMPO EXPANDIDO
A partir da apresentação e da análise da obra de alguns dramaturgos e encenadores ultracontemporâneos, como Christine Zeppenfeld, Jaan Sterpu, Kobayashi Chikun, Kazem Kashefi e Adam Brown, e de coletivos de criação como Los orfebres huérfanos, este trabalho tem como objetivo estabelecer uma investigação acerca dos limites entre pesquisa artística e pesquisa científica. Não apresentamos, contudo, os resultados de uma investigação prévia com dados conclusivos, mas sim uma pesquisa ainda em curso, cujo desenrolar é indissociável de seus resultados. Para tanto, a forma que nos pareceu mais adequada foi a de uma conferência-performance, dispositivo híbrido inaugurado pelas ações de Robert Morris, John Cage e Joseph Beuys nas décadas de 1950 e 1960, e que hoje é uma modalidade importante da criação e da reflexão artística contemporânea. Com características particulares, os trabalhos de Éric Duyckaerts, Joana Craveiro, Hans-Jürgen Frei, Walid Raad e Jérôme Bel participam desse gênero híbrido que problematiza as fronteiras entre crítica e invenção, cujas ações salientam ou desvelam os aspectos performativos já latentes em qualquer comunicação para um auditório: a tensão entre as informações discursivas e as informações não discursivas; o descompasso entre roteiro e execução; a incerteza da tríplice relação entre o enunciador, o enunciado e o espectador. Assim, procuramos indagar sobre o teatro em campo expandido não apenas no plano temático, mas também no plano performativo.