Razões e necessidade da manutenção da investidura militar nas instituições policiais militares (original) (raw)

A importância da capelania nas instituições militares Polícia Militar

Brazilian Journal of Development

A carreira militar é almejada por muitos. No entanto, ela muitas vezes se dá em um ambiente estressor atribuídos a vários fatores, como separação frequente da família e dos amigos, deslocamentos frequentes, intensos preparos para o combate, exposição a perigos, disciplina e rigidez moral. Estudos mostram que a incidência de transtornos emocionais como Transtorno de Estresse Pós-Traumáticos (TEPT), uso abusivo de álcool, depressão, suicídio, entre outros, são frequentes entre militares. Com isso, cresce a cada dia a preocupação com a saúde emocional do militar e os estudos que abordam a influência da religiosidade e espiritualidade nesta área. [1] Sem contar com os reveses diários que somos assolados como pessoas, as perdas de companheiros tombados em combate, fracassos e decepções que sofremos. As pressões e cobranças que a própria sociedade lança sobre os policiais militares, os medos de responder a processos administrativos e/ou criminal por exercer as funções de agente de seguran...

Coerção e consenso: dilemas da formação policial militar

Revista Brasileira de Estudos de Segurança Pública, 2018

A promulgação da Constituição Federal de 1988 estabelece a reorganização do país pela concepção de Estado democrático de direito, orientando a adequação da atuação policial segundo os princípios dos Direitos Humanos. Tal demanda propõe a formação policial para gestão e resolução de conflitos pela mediação entre coerção e consenso. No estado do Rio de Janeiro, a partir de 2007, com a implementação da Política de Pacificação, a proposta do perfil policial “pacificador” tem orientado a formação policial militar. Nesse sentido, tomamos como objeto de análise as mudanças ocorridas na formação policial militar de modo a mediar consenso e coerção. Nossa referência empírica é a formação inicial de praças no Curso de Formação de Soldados (CFSd) na Polícia Militar do Estado do Rio de Janeiro (PMERJ). Nosso objetivo é analisar as mudanças ocorridas no CFSd a partir dessa nova concepção de segurança pública. Pela análise de fontes bibliográficas primárias, verificamos certa dicotomia entre form...

Fatores Motivacionais X Engajamento: Organização Militar do Interior do Paraná

UNOPAR Científica Ciências Jurídicas e Empresariais = Revista de Ciências Jurídicas e Empresariais, 2015

Este estudo analisou um público alvo ainda pouco pesquisado na área de gestão de pessoas, os militares do Exército Brasileiro nas graduações mais baixas, cabos e soldados. O objetivo foi verificar quais são os fatores motivacionais que levam esses militares ao engajamento ou reengajamento nas fileiras do Exército. Foram utilizadas como variáveis os fatores demográficos, motivacionais e de clima organizacional a fim de descobrir os fatores do problema estudado. O método de pesquisa utilizado foi o quantitativo exploratório com a participação de 104 militares de uma Organização Militar do Interior do Estado do Paraná. Chegou-se à conclusão, após análise e tabulação dos dados obtidos por meio de questionário, que há um bom convívio entre os militares pesquisados e seus superiores hierárquicos e que o salário é um dos fatores que mais motivam esses militares a permanecerem no Exército apesar de, em sua maioria, não estarem satisfeitos com seus rendimentos.

Reflexões acerca das necessidades de integração organizacional para as polícias estaduais

2009

A questão da administração policial constitui o foco deste artigo, notadamente no aspecto sobre a integração organizacional entre as polícias estaduais-civil e militar. Com contornos de uma perspectiva sistêmica, foram enfocadas as querelas que permeiam o sistema de segurança pública. Os resultados obtidos consagram os diferentes vieses de como as polícias estaduais atuam de modo estanque e compartimentado, sem o aproveitamento das interfaces que evidenciariam a geração de sinergias positivas.

Contextos e Questões Acerca Do Adoecimento Psíquico Numa Instituição Militar

2008

Resumo: O tema adoecimento psiquico na instituicao e abordado atraves de uma breve retrospectiva sobre as pesquisas em Saude Mental e Trabalho enfocando alguns trabalhos realizados por Wanderley Codo e Christophe Dejours. O texto tambem aborda o papel dos profissionais de saude mental frente as demandas da instituicao atraves do percurso profissional da autora e de citacoes de artigos de outros psicologos, evidenciando o lugar de assistencialismo em que este profissional muitas vezes e colocado. Palavras-chave: Adoecimento psiquico, saude mental e trabalho, instituicao, organizacao do trabalho, somatizacao, sofrimento psiquico.

O Fardo da Segurança: uma análise institucional com bombeiros militares

Revista Polis e Psique

A Análise Institucional tem como intuito principal provocar os indivíduos nas instituições a estabelecer um processo de autoanálise e autogestão. Assim, este trabalho consiste no relato de uma análise institucional realizada no Corpo de Bombeiros Militar de um município do Rio Grande do Sul, como tarefa obrigatória para a conclusão de Estágio Básico do Curso de Psicologia. Foram realizadas visitas ao Corpo de Bombeiros, nas quais pode-se observar o funcionamento da instituição. Posteriormente, foram propostas rodas de conversas, nas quais foi lançada como pergunta disparadora de diálogo: “o que significa ser bombeiro para você?”. Isso posto, emergiu enquanto demanda a busca de identidade própria dos bombeiros e a necessidade de uma atenção mais sensível às questões institucionais. Destaca-se o anseio dos trabalhadores sobre a necessidade de um profissional da psicologia inserido no cotidiano do quartel militar, disponível para intervenções individuais e coletivos nas unidades de tra...

Importância da implantação do Regulamento de Execução Penal Militar na Polícia Militar do Tocantins - PMTO

Research, Society and Development, 2022

Este trabalho teve como finalidade apresentar estudo sobre a importância da implantação do Regulamento de Execução Penal Militar da Polícia Militar do Estado do Tocantins - PMTO. A pesquisa pautou-se na abordagem qualitativa em referenciais teóricos e documentais, bem como acesso a dados quantitativos de presos custodiados nas Unidades Policias Militares - UPM da PMTO no ano de 2019. A pesquisa bibliográfica e a documental demandaram a metodologia de trabalho científico, com enfoque na análise dos aspectos e conceitos gerais da Execução Penal Militar. Ademais verificou-se entendimentos doutrinários diversos no tocante à aplicação da Lei de Execução Penal – LEP na Justiça Militar. Pelo exposto, elencou-se os dados e as informações, os quais foram analisadas e discutidas as deficiências institucionais e ainda foi proposta a implantação do Regulamento de Execução Penal Militar como mecanismo legal de controle da disciplina dos presos militares e comuns que estejam custodiados no âmbito...

SERVIÇO MILITAR OBRIGATÓRIO: O PONTO DE VISTA DOS RECRUTAS

No Brasil, todos os homens, de 1º de janeiro a 30 de abril do ano em que completam 18 anos de idade, são obrigados ao alistamento militar. Caso esta obrigação não seja observada, o jovem é considerado "refratário" e, nessa condição, não receberá o "Certificado de Reservista", documento exigido para tirar título de eleitor ou passaporte, prestar concurso público, abrir conta bancária ou matricular-se na universidade. Dentre os alistados, alguns serão selecionados para servir às Forças Armadas durante um ano (período que pode ser reduzido para nove meses). Os que não se apresentarem tornar-se-ão "insubmissos", sujeitos às penalidades previstas pela Justiça Militar.

Instituições Participativas no Âmbito da Segurança Pública programas impulsionados por instituições policiais

Instituições Participativas no Âmbito da Segurança Pública, 2016

Missão do Ipea Aprimorar as políticas públicas essenciais ao desenvolvimento brasileiro por meio da produção e disseminação de conhecimentos e da assessoria ao Estado nas suas decisões estratégicas. 9 788578 112745 ISBN 978-85-7811-274-5 Para que a atuação das polícias ocorra dentro dos parâmetros democráticos, é essencial que haja um modelo de policiamento que corresponda aos preceitos constitucionais e que promova, por um lado, o equilíbrio entre os pressupostos de liberdade e participação e, por outro, a segurança. Nesse contexto, é preciso verificar se a participação alcançada com o modelo de policiamento comunitário é efetiva como ferramenta de controle social legítimo da atividade policial e se ocorre de forma equânime, aberta a todos os membros da população. Ao conceituar alguns arranjos institucionais ligados às polícias estaduais como "instituições participativas", esta pesquisa aborda questões como: a realidade dos conselhos comunitários de segurança pública, as atitudes dos policiais em relação às demandas advindas das comunidades em que atuam e as formas como as organizações policiais se estruturam para atendê-las. Com base em trabalhos de campo realizados por diferentes equipes de pesquisadores nas cidades de Rio de Janeiro, São Paulo, Belo Horizonte e Brasília, o livro apresenta os resultados da análise de entrevistas com policiais, gestores da área de segurança pública e líderes comunitários e dos relatos das observações realizadas em reuniões de conselhos comunitários de segurança pública, além de reflexões baseadas nos problemas apontados pela literatura especializada em policiamento e nas relações entre polícia e sociedade.