Indicação Geográfica Como Estratégia Para O Desenvolvimento Regional (original) (raw)
Related papers
Indicações Geográficas como estratégia de desenvolvimento: o caso do Norte Pioneiro do Paraná
Interações (Campo Grande)
A Indicação Geográfica (IG) é uma estratégia relevante tanto para as firmas quanto para o desenvolvimento. Buscando descrever a coordenação entre os atores sociais que compõem o território da IG Norte Pioneiro do Paraná, em especial a participação da agricultura familiar, esta pesquisa demonstrou que a IG favoreceu a valorização do território e da atividade cafeeira, acesso a canais de comercialização e ações coletivas, contribuindo assim para o desenvolvimento.
Ao longo das últimas décadas, vêm se estabelecendo um contexto institucional que condiciona, de forma substancial, a dinâmica produtiva e tecnológica de todas as cadeias produtivas do agronegócio. Como não basta olhar o macro sem compreender que impactos este pode causar no micro e meio ambiente institucional, o objetivo deste artigo é analisar se o reconhecimento de uma Indicação Geográfica pode contribuir para desenvolver a região delimitada de forma sustentável, com base no marco teórico do Desenvolvimento como Liberdade de Amartya Sen e na análise do usas indicações geográficas como Políticas Públicas. O método utilizado baseia-se no estudo de caso, para o qual foi escolhia a Indicação de Procedência “Vales da Uva Goethe”, localizada no sul de Santa Catarina, que tem como foto a elaboração de vinhos. Como resultados, verifica-se que a proteção das indicações geográficas pode ser uma das estratégias de desenvolvimento para o Brasil, país com potencial para produzir produtos com identidade própria e para ocupar espaços em mercados cada vez mais exigentes em termos de produtos de identidade e com qualidade. Mas para isso, é preciso garantir um sistema de proteção, que valorize o perfil dos produtos e o vínculo entre esses e o território, que garanta a permanência das pessoas no meio rural de forma sustentada, que incentive a indústria e o mercado local, criando empregos, incentivando o turismo, gerando renda e garantindo a todos um desenvolvimento como liberdade. During the last decades, have been establishing an institutional context, which conditions, substantially, the production and technological dynamics of all agribusiness chains. But, do not just is enough look the macroenvironment without understanding what impacts this may have on the micro and meso institutional environment. So, the purpose of this work is to analyze whether the recognition of a geographical indication may contribute to sustained developing of this region. That will be do based on Development as Freedom Amartya Sen’s Theory and analyzing the geographical indications as a Public Policy . The method used is based on the case study, for which we chose the Indication of Origin " Vales da Uva Goethe " , located in Santa Catarina southern - Brazil, which focuses on the wine. It can be concluded that the protection of geographical indications can be one of the Brazilian development strategies, because is a country with potential to produce goods with its own identity and to occupy spaces in markets increasingly demanding in terms of typical quality product. But is not enough that a region becomes known by yours typical product. But for that we must go further. We must ensure a protection system, which enhances the product profile and the link between these products and the territory, ensuring the permanence of the people in the countryside in a sustainable way that encourages industry and the local market, creating jobs, encouraging tourism, generating income and guaranteeing everyone a development as freedom.
AS INDICAÇÕES GEOGRÁFICAS COMO FERRAMENTA PARA O DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO NO MEIO RURAL
Tendo como ponto de partida a questão do desenvolvimento sócio-econômico no campo, o artigo aborda a importância das indicações geográficas sob os seus diversos aspectos: indicação de procedência, denominação de origem e denominação de origem controlada. O dilema econômico no meio rural é tema fundamental de política para o setor agrícola. Através de argumentos especulativos tem se enfatizado a necessidade do aumento da produção através da expansão da fronteira agrícola sobre os biomas ainda existentes. Essas questões são determinantes para que se busque alternativas diferentes, inclusive através da agregação de valor e proteção aos produtos naturais, agrícolas, agropecuários e da agroindústria, com instrumentos que já são amplamente usados por outros países e que tem substancial participação na economia e consumo.
INDICAÇÃO GEOGRÁFICA NO BRASIL: UM INSTRUMENTO PARA O DESENVOLVIMENTO RURAL SUSTENTÁVEL(UMA REVISÃO)
Revista Geográfica de América Central, 2011
O reconhecimento da qualidade dos produtos agrícolas em relação à sua origem é uma prática antiga, e que na atualidade é uma forma de diferenciá-los, podendo ser objeto de interesse de mercados capazes de valorizarem particularidades, permitindo a agregação de valor por meio da Indicação Geográfica (IG). A IG é uma ferramenta de desenvolvimento do setor agropecuário, porque ela embute e reconhece fatores ligados a origem, que vão além das condições naturais incluindo o fator humano e suas relações sociais como: conhecimento tradicional, segurança alimentar, fixação do homem no campo, agregação de valor, valorização do meio rural, que contribuem diretamente para o desenvolvimento rural sustentável. No conceito de IG destacam-se particularidades de diferentes produtos de inúmeras regiões, valorizando, então esses territórios, criando um diferenciador para o produto e território, que apresentam originalidade e características próprias, pois uma IG funciona como um instrumento aliando a valorização de um produto típico e seus aspectos históricos e culturais, a conservação da biodiversidade e o desenvolvimento rural. O Brasil é um país que apresenta grande diversidade de produtos agropecuários com qualidade diferenciada, que podem ter forte identidade com sua origem geográfica dada a influência de aspectos étnicos, culturais, geográficos e climáticos. No Brasil, a Lei nº 9279/1996 regulamentou, em seus artigos 176 a 182, a proteção de indicações geográficas para produtos e serviços. São alguns exemplos brasileiros: Vale dos Sinos, Vale dos Vinhedos, Pampa Gaúcho, Café do Cerrado e Cachaça de Paraty.
As Indicações Geográficas Como Estratégia Mercadológica No Mercado De Vinhos Do Distrito Federal
2008
The objective of this paper was to analyze, in terms of marketing strategy, the geographical indications (GIs) as a competitive differential in the wine market. The paper is based on research that targeted the wine consumers from the Distrito Federal (Federal District) with a high degree of involvement with the product. This research had an exploratory-descriptive nature and used self-administrated structured questionnaires. Marketing strategies, mainly market segmentation and positioning and consumers' behavior, were its conceptual basis. The target group's perceptions about several marketing factors which influence wine consumption, especially the geographical indications, were analyzed. According to the consumers, the GIs are a differentiating factor in this market and a relevant characteristic of the wines. Most of these consumers were willing to pay more for wines that have a GI. Finally, considering the niche market analyzed in this study, it was concluded that the GIs...
2007
Esse artigo tem o objetivo de refletir sobre a importância dos arranjos produtivos como forma de organizacao do processo produtivo local e as indicacoes geograficas protegidas como uma forma de agregar valor aos produtos agricolas que se diferenciam dos produtos dos arranjos produtivos industrias: plasticos, ferramentaria, metalurgicos – merecendo por isso um tratamento especifico. As indicacoes geograficas protegidas sao formas de organizacoes territoriais, que visam a valorizacao das potencialidades locais, sua organizacao e gestao territorial. Tratase de um instrumento de desenvolvimento local. Pode-se considerar que na organizacao do territorio e de sua cadeia produtiva o primeiro estagio de desenvolvimento e a identificacao e organizacao do Arranjo Produtivo e sua qualificacao. O segundo estagio e a Indicacao de Procedencia, para assim chegar ao terceiro estagio de organizacao, que e a Denominacao de Origem, a qual qualifica e agrega valor a producao agricola local, tornando a ...
Indicações geográficas, capital social e desenvolvimento territorial
Redes, 2020
Esse artigo aborda a questão da construção dos sinais distintivos de mercado, mormente das indicações geográficas de produtos agroalimentares como um instrumento para o desenvolvimento dos territórios e/ou das regiões essencialmente rurais. A abordagem leva em conta duas experiências relativas ao estado do Rio Grande do Sul a partir de uma análise comparativa que expõe seus respectivos avanços e debilidades. A pesquisa baseou-se em entrevistas realizadas entre os anos 2008 e 2012 com diversos atores sociais ligados a ambas as iniciativas. O estudo mostra que isoladamente tais dispositivos não são suficientes para a ampliação dos horizontes em regiões marcadas por uma racionalidade individualista e pouco aberta à cooperação.
Os primeiros registros da introdução do eucalipto no Brasil datam do século XIX, onde as primeiras espécies foram utilizadas no reflorestamento da floresta da Tijuca, no Rio de Janeiro. Depois de mais de três séculos de sua implantação no Brasil o eucalipto continua despertando grandes debates que assumem direções opostas onde as correntes antagônicas procuram justificar suas ideologias. Entende-se que nesta questão deveria haver relevância posturas que pautassem pela moderação, tendo em vista que os agentes contrários estão definidos no espaço, onde não há a possibilidade, pelo menos em curto espaço de tempo, o desaparecimento de nenhuma das partes. É necessário que se construa uma relação harmônica para que se evite, inclusive, conflitos físicos entre as pessoas. A monocultura do eucalipto no Extremo Sul representa a continuidade dos empreendimentos do Sudeste brasileiro na região. A entrada do eucalipto nesta região se deu na divisa com o estado do Espírito Santo. Depois de iniciar suas atividades no município de Aracruz (ES) em 1967, a Aracruz Celulose S.A. irá expandir suas plantações em direção ao Norte do estado até alcançar a Bahia, pelo Extremo Sul. Em seu trajeto o eucalipto vai transformando a economia, a sociedade e a paisagem dos lugares.
Indicações Geográficas: O Caso Da Indicação De Procedência Vale
Este artigo trata do tema das Indicações Geográficas, as quais se constituem numa das formas especiais de proteção aos produtos, que visam, principalmente, destacar seus aspectos distintivos, através da identificação dos fatores naturais e humanos. A temática da indicação geográfica é uma área do direito de propriedade intelectual bastante discutida e aplicada em regiões da Europa e dos Estados Unidos, principalmente, na área da vitivinicultura, mas quase desconhecida no Brasil. O Brasil possui somente uma indicação geográfica na vitivinicultura, obtida em 2002, pelo APL vitivinícola do Vale dos Vinhedos -a Indicação de Procedência Vale dos Vinhedos -IPVV. Diante da importância dos estudos sobre a temática, este artigo tem como objetivo descrever o processo de obtenção da IPVV, apresentando as ações estratégicas que foram implementadas no APL Vitivinícola do Vale dos Vinhedos. Apresenta-se o conceito de indicação geográfica e de suas modalidades de acordo com a legislação vigente, e como esta vem sendo utilizada por diferentes países, em especial na vitivinicultura. Os dados foram obtidos através do método de estudo de caso, coletando-se dados a partir de entrevistas a 12 vinícolas que obtiveram a IPVV entre os anos de 2002 e 2005, bem como de instituições de apoio e pesquisa inseridas no ambiente institucional. Dentre as principais etapas para a obtenção da IPVV estão: a criação da Aprovale, o estudo para delimitação da área, os encaminhamentos de documentos ao INPI, a criação de um conselho regulador e as etapas permanentes de avaliação dos vinhos para a obtenção anual da certificação. Constata-se que um APL somente poderá distinguir seus produtos se adotar uma postura de cooperação entre empresas, mesmo que numa lógica competitiva. Palavras-chave: indicação geográfica, indicação de procedência, vitivinicultura ABSTRACT This article has as subject the Geographic Indications, which constitute one of the special forms of protection to the products, that they aim at, mainly, to detach its distinctive aspects, through the identification of the natural and human factors. The thematic of the geographic indication is one very is studied in regions of the Europe and the United States, mainly, in the wines area, but almost unknown in Brazil. Brazil only possesses one geographic indication in the wines, gotten in 2002, for the cluster of the Valley of the Vineyards -the Indication of Origin Valley of the Vineyards. Ahead of the importance of the studies this thematic, this article has as objective to present the strategical actions that were implemented in this cluster for the attainment of the geographic indication. The concept of geographic indication and its modalities is presented in accordance with the current law, and as this comes being used for different countries, in special in the wines. The data were gotten through the method of the study of case, applied the 12 wines enterprises that had gotten the geographic indication between the years of 2002 and 2005, as well as institutions of support and research inserted in the institutional environment. Amongst the main stages for the attainment of the geographic indication are the creation of the Aprovale, the study for delimitation of the area, the documents to the INPI, the creation of regulations and the permanent stages of evaluation of the wines for the annual attainment of the certification. It is evidenced that a cluster will be able to distinguish its products if to adopt a cooperation position between companies.