Os Dragões internos na China: uma contribuição a partir dos estudos do Nacionalismo | Internal Dragons in China: A Contribution from Nationalism Studies (original) (raw)
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Resumo: O presente artigo analisa as raízes do atual conflito USA X China. Aborda a conquista do poder pelo PCC, em 1949; o caráter camponês e escassamente proletário daquela revolução; os primeiros anos da revolução e o I Plano Quinquenal; o lançamento, fracasso e as consequências do Grande Salto Adiante (1958-60); a contraofensiva e vitória de Mao Tsé-Tung e de sua facção quando da Grande Revolução Cultura Proletária (1965-69); os projeto, desdobramentos e crise da Revolução Cultural; o fortalecimento da economia mercantil na China,; a morte de Mao Tsé-Tung; o retorno de Deng Xiaoping e o fim da Era Maoísta (1949-1978.).
Um dragão no índico a estratégia da China na Ásia Meridional e as reações indianas
Revista da Escola de Guerra Naval
O presente artigo tem o objetivo de investigar a estratégia de política externa da China para a porção meridional da Ásia, tendo em vista a centralidade do Oceano Índico para os objetivos do país na contemporaneidade. Especificamente, analisamos empreendimentos portuários financiados sob a Iniciativa Cinturão e Rota no Paquistão, Sri Lanka e Bangladesh. A abordagem empírica parte do referencial proposto por Destradi (2010), que estabelece critérios para avaliar se uma potência regional adota traços de liderança, hegemonia ou império, e Yan Xuetong (2014), que vê a China de Xi Jinping dando mais valor à moralidade e ao suporte político em detrimento de meros ganhos econômicos. O trabalho ainda dá atenção especial às reações da Índia, que reivindica o status de líder da região.
Revista de Estudos Internacionais, 2017
Resumo: Partindo da constatação da escassez de estudos que utilizam as diásporas como base para a compreensão das relações internacionais, o presente artigo procura mapear a forma como a diáspora chinesa se relaciona com as dimensões cultural, econômica e política da China Maior. Ao mesmo tempo, busca-se demonstrar como agem as instituições criadas por Pequim para instrumentalizar o caráter transnacional da diáspora chinesa a fim de atingir seus objetivos no campo internacional em cada uma dessas dimensões. Conclui-se que a China incorpora a diáspora em uma estratégia de política externa, que é baseada nas organizações de chineses do ultramar e nas práticas das instituições governamentais voltadas para a diáspora. Palavras-chave: Diáspora chinesa. Relações Internacionais. Política externa chinesa. China Maior.
ENTRE AS PEGADAS DO DRAGÃO E OS MAPAS DO SUDESTE ASIÁTICO: O REGIONALISMO CHINÊS E A ASEAN
Com o final da Guerra Fria e a dificuldade das perspectivas do mainstream em explicar os acontecimentos da política internacional, há uma guinada na visão de estudiosos sobre a proeminência que os fatores regionais podem exercer sobre o global, crescendo assim a quantidade de estudos com esse tipo de análise. Participando dessa agenda de pesquisa já evidenciando as características do regionalismo asiático, o objetivo do presente trabalho é compreender como o regionalismo na Ásia é constituído, observando seus principais projetos regionais, de modo a observar como o regionalismo influencia a política externa da República Popular da China (RPC,1967-2012). Para isso, será analisado então a sua política externa regional no principal tabuleiro sub-regional: o Sudeste Asiático e a ASEAN (Association of Southeast Asian Nations), focando em seus desdobramentos como a ASEAN+3 e o East Asia Summit. Para tanto, uma análise qualitativa baseada na agendo de regionalismo de Acharya (2004) será fundamental para dar o aporte teórico para entendermos a questão do regionalismo asiático e as suas características e também avaliar a hipótese de que a região molda a política externa global dos Estado chinês.
No dorso do Dragão. Aventuras e desventuras de uma portuguesa na China
2023
O meu livro publicado pela primeira vez em 2001 numa editora agora extinta, revisto em 2023. "Viajante incansável e observadora atenta da realidade chinesa, Cláudia Ribeiro narra-nos em No Dorso do Dragão as suas impressões das diversas Chinas, das suas populações, hábitos e manias, dos seus monumentos e culturas. De Pequim e Xangai ao Tibete, da Grande Muralha e do longínquo deserto de Taklamakan a Hong-Kong e Macau, a pé, de bicicleta, de riquexó ou de comboio, a autora dá-nos a conhecer uma outra China, intemporal e moderna, graciosa e caricata, divertida e cinzenta, num relato pitoresco e extraordinário pela sua vivacidade e realismo." "«Não pertenço à geração do Maio de 68, fascinada com a Revolução Cultural que se desenrolava na China longínqua. Nem à geração que já tinha vinte anos no 25 de Abril e se filiou aguerridamente nos pequenos partidos maoístas que proliferavam então. O meu fascínio pela China nada teve de político. (...) Foram antes os caracteres, na sua poderosa singularidade, que me incitaram e me abriram caminho para um interesse que poderia ter permanecido inconsequente.»
O dinheiro do Dragão Vermelho: bancos estrangeiros na China
O Debatedouro - EDIÇÃO 82, 2013
"A China contemporânea chama a atenção principalmente pelo seu desenvolvimento econômico. No entanto, pouco se sabe sobre a atuação das empresas nesse país. Existem muitas dúvidas sobre como o governo encara o desenvolvimento das empresas nacionais e a entrada de companhias estrangeiras. O artigo pretende contribuir nesta área ainda pouco explorada pela literatura brasileira, buscando esclarecer por meio de uma pesquisa factual a atuação de empresas na China em um dos setores mais importantes para a estabilidade financeira mundial: o sistema bancário, percebido aqui como o reflexo da economia dos países. Com o objetivo de realizar uma abordagem mais detalhada e conseguir explicar os pontos identificados como mais relevantes, o ensaio traz duas partes. Na primeira será abordada a importância da China no século XXI, com foco no seu potencial econômico. Serão apresentados os motivos que ajudam a justificar a escolha do país e do setor de bancos para a presente análise. A segunda tem como escopo avaliar a posição dos bancos internacionais nesse sistema e também buscar entender como e até aonde vai a sua inserção no mercado asiático, com o intuito de compreender melhor o sistema bancário da principal economia emergente mundial."
Cadernos de História UFPE, 2017
Em fins do século XIX e no primeiro decênio do XX, o movimento humanitário internacional ganhou força e se difundiu ao redor do globo através de várias instituições promotoras de seu novo sistema de valores. Entre elas, papel de destaque coube ao Comitê Internacional da Cruz Vermelha e as Sociedades Nacionais que atuaram de forma significativa na prestação de socorro e auxílio humanitário em diversas partes do globo, tanto em situações de conflito quanto frente a desastres e calamidades naturais sofridas por populações civis. A participação no trabalho de ajuda humanitária desempenhado pelo Movimento da Cruz Vermelha foi rapidamente interpretada pela Comunidade Internacional como sinal distintivo de “Civilidade” e “Progresso” das nações e povos. Desta maneira, as classes dirigentes dos recém-forjados Estados nacionais e parte de suas elites apressaram-se em associar-se ao crescente movimento. No contexto do Extremo-Oriente, o Japão foi pioneiro na adesão à Convenção de Genebra e na fundação de sua Sociedade Nacional, seguido, anos depois, pelo Sião e pela China. O presente artigo procura analisar o processo de assinatura e ratificação aos “Tratados da Cruz Vermelha”, as formas de organização e constituição de suas Sociedades Nacionais e os significados políticos nacionais e internacionais de seu engajamento no movimento. Ademais, procura apresentar as formas de atuação dessas organizações em dois importantes conflitos regionais, a saber: a Primeira Guerra Sino-Japonesa (1894-1895) e a Guerra Russo-Japonesa (1904-1905). ___________________________________________________________________________________________________________________________ At the late19th and early 20th century, the international humanitarian movement dispersed around the globe through various promoting institutions. Among them, the International Committee of the Red Cross and its National Societies played an important role. They have acted significantly in providing relief and humanitarian assistance in conflict situations and in the face of natural disasters and calamities suffered by civilian populations. Participation in humanitarian relief work carried out by the Red Cross Movement was quickly interpreted by the International Community as a hallmark of “Civility” and “Progress” of Nations. In this way, the ruling classes of the newly forged national states and part of their elites hastened to associate with the growing movement. In the Far East context, Japan pioneered the adherence to the Geneva Convention and the foundation of their National Society, followed years later by Siam and China. This article aims to analyze the process of signing and ratifying the “Red Cross Treaties”, the forms of organization and constitution of their National Societies and the national and international political meanings of their engagement in the movement. In addition, it tries to present the forms of action of these organizations in two important regional conflicts, namely: First Sino-Japanese War (1894-1895) and Russo-Japanese War (1904-1905).