Avaliação do exame imuno-histoquímico para o diagnóstico de Leishmania spp. em amostras de tecidos caninos (original) (raw)
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Revista Brasileira de Parasitologia Veterinária, 2010
O objetivo deste trabalho foi avaliar as técnicas de imunoistoquímica (IMIQ) e de PCR (Reação em Cadeia da Polimerase) em tecidos cutâneos para o diagnóstico da Leishmaniose Visceral Canina (LVC) e compará-los com os exames parasitológicos em tecidos corados histoquimicamente (hematoxilina-eosina, HE) e com testes sorológicos, como a Reação de Imunofluorescência Indireta (RIFI) e ensaio imunoenzimático (ELISA). Dos 34 cães naturalmente infectados, classificados em assintomáticos, oligossintomáticos e polissintomáticos, foram coletadas amostras de pele sadia ou com lesão para a realização da IMIQ, HE e PCR. Não somente peles lesionadas (56,5%), mas também sadias (31,8%) encontravam-se positivas pela IMIQ, confirmadas posteriormente pela PCR em 97,8% das amostras. No grupo assintomático, 87,5% estavam negativos pelos testes sorológicos, mas positivos em 50% dos casos pela IMIQ e 100% pela PCR. Entre os oligossintomáticos, 100%, 85,7% e 28,6% encontravam-se positivos, respectivamente, pela PCR, sorologia e IMIQ. Os cães polissintomáticos eram 91,7% soropositivos e tinham parasitas na pele. Em geral, a técnica PCR teve maior positividade (100%). A eficiência dos testes variou de acordo com a evolução da doença, demonstrando a necessidade da associação de técnicas, usando-se IMIQ para confirmação da sorologia e a PCR apenas nos casos suspeitos após a IMIQ. Dessa forma, pode-se aumentar os níveis de positividade e contribuir para o controle desta zoonose.
Métodos De Diagnóstico Da Leishmaniose Canina: Revisão De Literatura
SABER CIENTÍFICO, 2021
A Leishmaniose Visceral Canina (LVC), também conhecida como calazar, é uma doença infecciosa causada por protozoários pertencentes ao gênero Leishmania, da família Trypanosomatidae. O diagnóstico da LVC é complexo, tendo em vista a variedade de sintomas da doença, da falta de especificidade dos sinais clínicos e os custos dos exames. Objetivou-se com a realização deste estudo relatar as alterações laboratoriais encontradas com mais frequência em um animal positivo para a doença e avaliar os diferentes métodos de diagnóstico, por meio de uma revisão de literatura, mostrando as vantagens e desvantagens de cada método. Com base na literatura, animais positivos para a doença podem apresentar alterações hematológicas, quase sempre com alterações renais, onde a hiperproteinemia, hiperglobunemia e hipoalbuminemia são alterações comumente encontradas. Atualmente, existem vários exames para diagnóstico, entre eles, o teste rápido imunocromatográfico para triagem, métodos sorológicos, exame p...
Perfil Hematológico e Bioquímico do Diagnóstico para Leishmaniose Canina
Perfil Hematológico e Bioquímico do Diagnóstico para Leishmaniose Canina, 2023
Dentre as hemoparasitoses, a leishmaniose tem grande importância, tendo como vetor o flebotomíneo como responsável pela transmissão da Leishmania sp. em suas duas formas, a visceral (L. infantum) e a tegumentar (L. braziliensis e L. amazonenses). O isolamento social causado pela pandemia do Coronavírus SARSCoV-2 tem provocado um aumento na importância da leishmaniose, devido às interações mais frequentes entre humanos e animais, pois provoca uma série de sintomas e alterações hemato-bioquímicas muito semelhantes a outras hemoparasitoses, podendo gerar reações cruzadas e falsos positivos, tendo seu diagnóstico como um dos desafios da medicina veterinária. Com o objetivo de auxiliar os profissionais da área a identificar e correlacionar as alterações apresentadas, foi realizado um estudo documental, levantando e tabulando dados, elencados com base em exames hematológicos e bioquímicos de cães acometidos pela leishmaniose, que tiveram confirmação diagnóstica através de achados em esfregaços de sangue, exames citológicos, histológicos e PCR, e também em animais reagentes a testes sorológicos de ELISA e RIFI. Foram selecionados 90 casos, e após a coleta dos dados, foram listados estudos que ocorreram em pelo menos 50% dos exames, portanto dentre as alterações encontradas em cada estudo respectivamente, a hiperproteinemia foi elencada com maior pertinência (72,22 % e 68,75%), seguido de diminuição da relação A/G (64,44% e 75%), hipoalbuminemia (55,55% e 81,25%), hiperglobulinemia (83,33% e 81,25%), hipohemoglobinemia (51,11% e 81,25%), rouleaux (42,22% e 68,75%), trombocitopenia (35,55% e 50%), eritrocitopenia (53,33% e 81,25%) e anemia (51,11% e 81,25%), principalmente do tipo normocítica normocrômica (45,56% e 75%). Por fim, comprovou-se que existe uma variedade de alterações relacionadas à leishmaniose, mas dentre elas a hiperproteinemia, foi a alteração mais importante, visto que pode estar relacionada à causa de todas as outras alterações também encontradas.
Diagnóstico imunológico e molecular da Leishmaniose Visceral Canina: Revisão
Pubvet, 2021
Resumo. A Leishmaniose Visceral Canina (LVC) possui alto potencial zoonótico e patológico, causando grande impacto no sistema imune dos cães acometidos. Para que uma suspeita de LVC seja confirmada, é necessário a realização de testes sorológicos e moleculares que possuam alta sensibilidade e sejam mais confiáveis. Os principais testes utilizados para o diagnóstico são o ELISA e RIFI, que, dentre os testes imunológicos, são os ensaios de maior sensibilidade e especificidade. O objetivo deste artigo foi revisar os principais testes imunológicos e moleculares para LVC, apontando as vantagens e desvantagens de cada ensaio, bem como sua utilidade na conclusão do diagnóstico e manejo do animal acometido.
Pubvet, 2011
A Leishmaniose Visceral é uma antropozoonose que resulta do parasitismo dos hospedeiros vertebrados por protozoários do gênero Leishmania, transmitida por insetos hematófagos pertencentes ao gênero Lutzomyia. Os cães são considerados os principais reservatórios do parasita, sendo importantes para a manutenção do ciclo da doença. Nos últimos anos, a doença vem se disseminando por muitas regiões do Brasil, com uma crescente e preocupante prevalência em Mato Grosso do Sul, principalmente em Campo Grande. O diagnóstico da Leishmaniose canina deve ser feito com base nos sinais clínicos, na visualização do parasita em materiais de biopsia de linfonodos e medula óssea, em exames sorológicos como a Reação de Imunofluorescência Indireta (RIFI), ELISA, métodos moleculares como a Reação da Polimerase em Cadeia (PCR) ou ainda por cultivo. O objetivo desse trabalho foi avaliar a presença de formas amastigotas de Leishmania spp. em materiais obtidos por punção de linfonodos, medula óssea, baço, sangue periférico e pele, de cães
2012
Dedico este trabalho à minha família; Meus pais, Edmilson e Maria da Conceição, pelo amor, força e compreensão; Minhas avós, Nice e Amélia (in memorian), pela demonstração de força e superação; Minha irmã, Sheila, pela amizade e carinho. E ao meu marido, Samuel, pelo amor, amizade e companheirismo, principalmente nos momentos difíceis. vii Agradecimentos A Deus, que mesmo nos momentos em que eu não acreditava, não me abandonou. Ao meu marido Samuel, pelo amor, carinho, apoio e compreensão, nos momentos mais difíceis você esteve ao meu lado, quando nem eu acreditava em mim mesma você não desistiu. Obrigada por caminhar comigo nestes sete anos e por nossa filha que está vindo. Eu te amo. Aos meus pais, minhas avós e minha irmã, pelo amor, carinho, apoio e confiança durante toda minha vida. Sem vocês nunca teria conseguido. Obrigada por acreditarem em mim. Ao professor William de Castro Borges, pela orientação, oportunidade e compreensão. Agradeço pela confiança, paciência e auxílio. Obrigada pelo apoio e incentivo, eles foram essenciais nesta caminhada. Eu não teria tido um orientador melhor. Aprendi muito com você. Ao professor Alexandre Barbosa Reis, pela co-orientação neste projeto. Obrigada pela força e incentivo, mesmo de longe. Aos amigos do LEP, pelo apoio, amizade e conforto. E claro, pelos momentos de descontração. Agradeço ao Leandro e Jonatan pela ajuda nos experimentos. Ao técnico do LEP, José Henrique Braga Fortes, pela dedicação aos materiais e problemas do laboratório, para uma melhor realização dos experimentos. Aos amigos do LIMP, em especial Bruno, Rodrigo e Samuel, pela ajuda nos experimentos. Às minhas comadres, Carol, Kátia e Iara, pela convivência por todos estes anos. Aos amigos da República K-Zona que me acolheram. Obrigado pela amizade e companheirismo. Ao Laboratório Multiusuário do Núcleo de Pesquisas em Ciências Biológicas pelo uso do microscópio Leica DM5000B acoplado a microcâmera Leica DFC340FX. viii Ao Programa de Pós-graduação em Biotecnologia/NUPEB/UFOP pela oportunidade fornecida para o desenvolvimento desta dissertação. A CAPES pela bolsa de estudos que propiciou a minha dedicação de forma exclusiva a este projeto. Ao CNPq e FAPEMIG pelo apoio financeiro que viabilizou a execução deste trabalho. ix "Quando o homem aprender a respeitar até o menor ser da criação, seja animal ou vegetal, ninguém precisará ensiná-lo a amar seus semelhantes".
Brazilian Journal of Veterinary Research and Animal Science, 2002
Recentemente, foco de leishmaniose visceral canina (CVL) foi descrito na região noroeste do Estado de São Paulo -Brasil. O Hospital Veterinário -UNESP -Araçatuba, no ano de 2.000, desenvolveu 60 testes citopatológicos de casos suspeitos de leishmaniose usando aspirado por agulha fina (FNA). Os esfregaços de linfonodo foram corados pelo método de Romanowsky (Diff-Quik®) e observados em microscopia de luz. Os casos positivos mostraram formas amastigotas típicas de Leishmania livres ou em vacúolos de macrófagos. Sinais citopatológicos de reatividade do sistema linfo-histiocitário com ausência de parasitos foram também observados. Com o objetivo de implementar o diagnóstico da CVL, detectando parasitos e material antigênico nos esfregaços, aplicou-se a reação de imunofluorescência direta (IFD) usando anticorpo policlonal anti-Leishmania produzido em camundongo. Comparamos o método de IFD com a pesquisa direta do parasito em esfregaços corados pelo método de Romanowsky. Dos 60 cães com sinais clínicos da doença, o exame direto foi positivo em 50% (n=30), duvidoso em 36,7% (n=22) e negativo com reatividade do linfonodo em 13,3% (n=8). Quando os linfonodos foram submetidos a reação de IFD observamos reação positiva em 93,3% (n=56) e reação negativa em 6,7% (n=4). Nossos resultados mostraram que a reação de IFD apresentou alta sensibilidade quando comparada a pesquisa direta do parasito pela coloração de Romanowsky. A reação de IFD pode ser um método útil para confirmar os casos duvidosos da doença, onde as formas amastigotas não são identificadas com facilidade.
Avaliação diagnóstica de Leishmaniose visceral canina em animais provenientes da zona sul de São Paulo/ SP – participantes de campanha de esterilização cirúrgica (Atena Editora), 2021
O presente livro faz uma breve revisão bibliográfica sobre a Leishmaniose visceral canina (LVC) e, aborda um estudo de campo realizado com o intuito de identificar possíveis animais com parâmetros clínicos e/ou laboratoriais que sugerissem infecção ativa ou subclínica. Estes animais foram provenientes de dois bairros da Zona Sul da cidade de São Paulo-SP, dentre eles haviam animais de comunidades que possuíam tutores e animais errantes. Os animais foram escolhidos aleatoriamente para o estudo, porém todos participaram da campanha de esterilização eletiva promovida pela Universidade de Santo Amaro (UNISA) em parceria com a sub-prefeitura regional. Para uma ampla abordagem e, sabendo-se que o diagnóstico de LVC é complexo e depende de diversos fatores, todos os animais participantes passaram por exame clínico minucioso e coleta de material biológico para realização de exames sorológicos, bioquímicos e moleculares. Como parte dos resultados, observou- se que a região não demonstrou risco epidemiológico para a LVC, porém os animais que tiveram alterações laboratoriais, sugeriu-se acompanhamento clínico com um médico-veterinário.
Pesquisa Veterinária Brasileira
RESUMO: As leishmanioses têm como agentes etiológicos parasitas intracelulares obrigatórios pertencentes ao gênero Leishmania capazes de infectar diferentes espécies de mamíferos e nestes se reproduzirem dentro do sistema fagocítico mononuclear. Os cães domésticos são os principais responsáveis pela manutenção da cadeia epidemiológica da doença, podendo apresentar uma grande variedade de perfis clínicos, desde aparentemente sadios a severamente acometidos. Avaliou-se a expressão das citocinas de cães naturalmente infectados com Leishmania (Leishmania) chagasi. Foram coletadas 50 amostras, sendo 20 de animais positivos e sintomáticos para Leishmaniose Visceral Canina (LVC), 20 de animais positivos e assintomáticos e 10 de animais sabidamente negativos para a LVC. As amostras foram analisadas pelo teste imunocromatográfico rápido Dual Path Platform (DPP/Biomanguinhos®) e pelo ELISA (EIE/Biomanguinhos®) indireto para detecção de anticorpos anti-Leishmania. Após as confirmações dos test...