A ressignificação do morar – uma reflexão (original) (raw)

Ressignificação do lar: as mudanças da sociedade refletidas na configuração dos imóveis em Maringá

Economia & Região, 2016

O presente artigo visa descrever as características dos apartamentos residenciais das famílias Maringaenses, de classes A e B, entre as décadas de 80, 90 até os anos 2012, identificando quais mudanças ocorreram neste período, levantando a ressignificação dos espaços internos residenciais e compreendendo quais as forças que influenciaram estas mudanças. As características dos apartamentos foram estudadas década por década, dentro do período citado, junto a arquitetos que atuam na cidade de Maringá. Para alcançar os objetivos descritos, a metodologia escolhida foi de abordagem qualitativa, onde as ferramentas utilizadas foram a revisão bibliográfica do tema e entrevista semi-estruturada dos arquitetos. As conclusões desta pesquisa foram de que o apartamento procurado na década de 80 era aquele com estilo de uma residência horizontal e atendia uma família que exigia muito espaço interno, porém pouca praticidade. Na década de 90 os imóveis reduziram sua metragem, pode-se considerar um a...

A casa que habito: relatos de um reassentamento urbano

Rua, 2017

Esse artigo objetiva analisar a apropriação do espaço residencial, a partir dos relatos daqueles que o protagonizaramfamílias de baixa renda que moravam em áreas de risco e irregulares e que foram reassentadas em um conjunto de Habitação de Interesse Social denominado Vida Nova, na cidade de São Domingos/SC. Por meio de narrativas busca-se apresentar histórias particulares de lutas e superações em relação à antiga morada, bem como os fatores sociais, econômicos e culturais que podem ter contribuído no jeito peculiar de cada morador em apropriar-se do novo espaço. Considerar a moradia em seus fenômenos particulares e subjetivos demonstrou ser, tanto um agente conformador como propulsor para o modo de apropriação do espaço residencial. Palavras-chave: reassentamento; habitação de interesse social; psicologia ambiental; apropriação.

Para uma sociologia da ressignificação

Revista Direito e Práxis, 2021

Resumo O conceito de ressignificação desenvolvido por Butler designa a inversão política de um termo depreciativo por aqueles que dele fazem uso e que passam a lhe atribuir um sentido positivo, afirmativo. Essa concepção, porém, permanece refém da teoria dos atos de fala de matriz fonocêntrica. O artigo faz uma crítica da categoria da ressignificação e sugere ampliá-la sociologicamente incorporando a mobilização coletiva (Bourdieu) e a produção documental (Latour) como dimensões indispensáveis para conferir materialidade aos processos históricos de ressignificação.

Ressignificação do Lar: As Mudanças da Sociedade Refletidas na Configuração dos Imóveis

Economia & Região, 2016

O presente artigo descreve as características dos apartamentos residenciais das famílias maringaenses, de classes A e B, entre as décadas de 80, 90 até os anos 2012, identificando quais mudanças ocorreram neste período, levantando a ressignificação dos espaços internos residenciais e compreendendo quais as forças que influenciaram estas mudanças. As características dos apartamentos foram estudadas década por década, dentro do período citado, junto a arquitetos que atuam na cidade de Maringá. Para alcançar os objetivos descritos, a metodologia escolhida foi a de abordagem qualitativa, para a qual as ferramentas utilizadas foram a revisão bibliográfica do tema e entrevista semiestruturada dos arquitetos. As conclusões desta pesquisa foram de que modelo de apartamento procurado na década de 80 era aquele com estilo de uma residência horizontal e atendia uma família que exigia muito espaço interno, porém pouca praticidade. Na década de 90, os imóveis reduziram sua metragem, pode-se considerar um apartamento-transição, já não havia o excesso de cômodos como na década de 80, porém era tudo racionalizado quando comparado aos anos 2000. Os anos 2000 e seguintes, são marcados com o aspecto de apartamento-lazer, focado na integração da área social para receber convidados, privacidade na área íntima e utilização consciente da área de serviço.

Fait divers na ressignificação da vida

Este artigo analisa os faits divers no filme argentino Un cuento chino de Sébastien Borensztein (2011). No filme os faits divers produzem uma forte sensibilização do público. Eles são mostrados como fatos que qualificam o cotidiano do homem em uma sociedade mediática em razão de como produzem efeitos de sentido e dos modos como esses são sentidos. Na construção narrativa, não há nada que possa explicar a absurdidade do que ocorre. A falta de referências concretas servem a intensificar o impacto que suscita esse tipo de ocorrência sobre seu destinatário que é aumentado em razão deles não terem uma sessão predefinida. Esta imprevisibilidade provoca um encontro imprevisível. Sua ação surpreendente produz efeitos estésicos na apreensão estética do mundo mediatizado como uma ocorrência em contato direto que é vivida juntos. A análise é apoiada na semiótica de Algirdas-Julien Greimas e utiliza o modelo narrativo proposto por Eric Landowski (2005, 2004). No desenvolvimento, os regimes de interação são explorados como regimes de sentido; além disso, os arranjos figurativos do filme colocados em discurso por dispositivos enunciativos mostram o modo característico do fait divers fazer sentir o sentido. A obra de Borensztein afirma a ação estética e estésica produzida pelos mídias.

Viver na reserva, ressignificar a tutela e r-existir perante o SPI

Cadernos de Pesquisa do CDHIS

O artigo analisa as agências e r-existências indígenas na Amazônia em face da ação tutelar do Estado brasileiro no século XX, com foco nas experiências do povo Tenetehar-Tembé do alto rio Guamá. Em 1945, uma reserva foi criada e doada aos Tembé e outros indígenas do nordeste paraense, com o intermédio do SPI. Essa reserva trouxe novas condições de organização política e sociocultural entre os Tembé no Guamá em face dos exercícios de controle tutelar e imposição de condutas “civilizadoras” pelos agentes do SPI – e, posteriormente, da FUNAI. Essas experiências no âmbito da reserva levaram os Tenetehar-Tembé a gestar uma nova territorialidade e modos de vivência comunitária enquanto "resposta" possível às violências do Estado. Assim, através da memória e narrativas orais desse povo, intercruzadas com a documentação do SPI, foi possível observar e compreender suas estratégias de r-existência que articulam processos interétnicos e alicerçam hoje sua cultura e conexões tradicion...

O fenômeno da ressignificação dos Móveis Modernos Brasileiros: do sótão para a sala de jantar

Blucher Design Proceedings

O objetivo deste artigo é apresentar o processo de revalorização do Móvel Moderno Brasileiro no final do século XX no Brasil, a partir do reconhecimento do fenômeno de ressignificação. Ao extrapolar suas funções práticas, estéticas e simbólicas, esse mobiliário torna-se objeto artístico e de notoriedade ao universo do colecionismo, e sua trajetória de exposições atravessa fronteiras e chega a países como EUA, Inglaterra e Itália. Este estudo qualitativo, de caráter histórico, está baseado nos primeiros catálogos e pesquisas feitas sobre Móvel Moderno Brasileiro, em entrevistas e em revisão bibliográfica sobre mobiliário brasileiro, com vistas a compreender os principais conceitos, tais como: valor do tempo; noções de valor histórico e valor de arte; raridade; entendimento sobre as diferenças entre cópia, reprodução e reedição; sobre falsificação e contrafação; e, ainda como esse mobiliário é apreendido sob o ponto de vista dos comerciantes e dos colecionadores desse restrito mercado secundário.

A luta pelo direito de morar

TRAVESSIA - revista do migrante, 2020

Se em 1940 havia cerca de 13 milhões de brasileiros vivendo em cidades, o Censo Demográfico de 1980 já acusava a existência de mais de 82 milhões de habitantes urbanos, concentrados, sobretudo, nas capitais dos Estados, nos grandes centros e nas regiões metropolitanas. Enquanto a população brasileira triplicava nesse período, a população urbana do país crescia em seis vezes: de 31% do total, passou para 68%. A população rural declinou de quase 69%, em 1940, para 32%, em 1980.[...]