O papel do tecido adiposo na obesidade e na insuficiência cardíaca (original) (raw)
Related papers
2009
As doenças crônico-degenerativas são um problema de saúde pública que t afetado cada vez mais a sociedade atual. Novos elementos fisiológicos estão ganhando importância no controle dessas doenças. Entre eles estão a produzidas pelo tecido adiposo, e que têm importante papel no estabelecimento da obesidade e da caquexia associada ao câncer, duas das principais doenças crônic degenerativas. Essas citocinas, tanto através de seus efeitos diretos sobre o sistema nervoso quanto por seus efeitos indiretos sobre o metabolismo do tecido adiposo sinalizadores metabólicos, bem como moduladores dessas condições. O exercício físico é uma estratégia que pode, além de exercer efeitos sistêmicos já conhecidos, influenciar essas citocinas, restaurando seus níveis normais e influenciando positivam
A obesidade e suas repercussões cardiovasculares
CIÊNCIAS DA SAÚDE E SUAS DESCOBERTAS CIENTÍFICAS
A obesidade é uma temática recorrente nas reuniões e conferências de saúde, em virtude da ampla gama de alterações metabólicas e orgânicas proporcionadas por essa doença crônica não transmissível. As preocupações vão além do padrão estético e cultural, mas abrangem todas as repercussões cardiovasculares e endócrinas produzidos como resposta a inflamação crônica gerada pelo acúmulo excessivo de tecido adiposo. O tecido adiposo atua no organismo como um órgão endócrino através da liberação de adipocina, mediadores inflamatórios e citocinas, que atuam de forma ativa no processo inflamatório crônico, na disfunção endotelial e na resistência à insulina. A obesidade associada a resistência à insulina promove baixa de liberação de omentina, responsável por produzir vasodilação, auxiliar na regulação dos níveis séricos de insulina e promove inibição da resposta inflamatória vascular. Dessa forma, o organismo fica predisposto a intensa e constante lesão vascular, e ao desenvolvimento de diab...
Obesidade, Sobrepeso e Outros Fatores De Risco Para Doenças Cardiovasculares
Revista Saude Fisica Mental Issn 2317 1790, 2013
Aline do Carmo França-Botelho* 5 RESUMO: O presente estudo objetivou conhecer fatores de risco para doenças cardiovasculares (DCV) em Araxá-MG. A amostra foi composta por 214 participantes distribuídos em três grupos: 84 mulheres pós-menopáusicas, 100 fumantes e 30 pacientes de fisioterapia, com história pessoal e/ou familiar de DCV. Foi uma pesquisa transversal realizada em Araxá (MG-Brasil) por meio de questionário, verificação do IMC (índice de massa corporal) e CA (circunferência abdominal). Os maiores percentuais de obesidade e sobrepeso foram encontrados nos pacientes da clínica de Fisioterapia do UNIARAXÁ, sendo 42,5% e 42,8%, respectivamente. Além disso, dados obtidos como tabagismo, sedentarismo, hipertensão, história familiar e diabetes, associados a hábitos inadequados de alimentação aumentam o risco de DCV. Há risco de DCV na população estudada, evidenciado por aspectos do estilo de vida, história familiar e principalmente gordura corporal. Palavras-chave: menopausa; tabagismo; fatores de risco; doenças cardiovasculares.
Obesidade e intervenção coronariana: devemos continuar valorizando o Índice de Massa Corpórea
Arquivos Brasileiros De Cardiologia, 2008
FUNDAMENTO: Para discriminar risco coronariano elevado, indicadores de obesidade central são melhores do que o Índice de Massa Corpórea (IMC), que é ainda o índice antropométrico (IA) mais utilizado para seguimento após intervenção coronariana percutânea (ICP). OBJETIVO: Reconhecer, entre os índices antropométricos (IA), os que melhor se correlacionam com ocorrência de desfechos após intervenção coronariana percutânea (ICP). MÉTODOS: Foram considerados 308 pacientes (p), idade média de 61,92±11,06 anos, 60,7% do sexo masculino, submetidos a ICP com stent. Após seis meses, pesquisaram-se os desfechos: óbito, reintervenção por ICP ou cirurgia cardíaca, exame não-invasivo alterado por isquemia ou sintomas anginosos. Os p foram divididos em: Grupo 1 (com desfechos, n=91; 29,5%) e Grupo 2 (sem desfechos, n=217; 70,45%). No sexo masculino e feminino, os IA estudados e seus respectivos pontos de corte foram: circunferência abdominal (CA) > 90/80 cm, relação cintura-quadril (RCQ) > 0,90/0,80cm, índice de conicidade (IC) >1,25/1,18 e índice de massa corpórea (IMC) >30 para ambos os sexos. RESULTADOS: Os grupos diferiram quanto à maior ocorrência de histórico familiar e infarto prévio no Grupo 2. No sexo masculino, CA > 90 cm (p=0,0498) foi, em análise multivariada, preditor independente de desfechos. IMC não foi preditor de eventos. No Grupo 1, a probabilidade de ocorrência de IMC alterada é significativamente menor do que a ocorrência dos outros IA estudados (p<0,0001). CONCLUSÃO: CA anormal comportou-se como preditor independente de ocorrência de desfechos no sexo masculino dessa população pós-ICP. IMC elevado não foi preditor de desfechos e foi o índice antropométrico menos prevalente em pacientes com eventos.
Disfunção cardíaca induzida por obesidade genética e dietética: modulação pelo trânsito de cálcio
ConScientiae Saúde, 2015
Introdução: A obesidade é considerada importante problema de saúde pública e fator de risco para o desenvolvimento de doenças cardiovasculares. Estudos apontam que o trânsito de cálcio (Ca+2) intracelular e extracelular, mecanismo essencial no acoplamento excitação-contração-relaxamento cardíaco, está envolvido nesse processo patológico. Enquanto o influxo de Ca+2 promove aumento da concentração de Ca+2 livre no citosol na fase de contração, a recaptura e a extrusão do Ca+2 são importantes para a diminuição do Ca+2 intracelular durante o relaxamento. Objetivo: Identificar, baseado na literatura científica, a modulação da disfunção cardíaca pelo trânsito de cálcio em modelos de obesidade genética e dietética. Métodos: A busca de artigos em bases de dados eletrônicas foi realizada com palavras-chaves e seus correspondentes em inglês. Resultados: Inicialmente os artigos que apresentassem uma das palavras-chaves no título foram selecionados. Após processo de triagem, foram identificados...
Obesidade grau II leva a importantes alterações na capacidade cardiorrespiratória
Fisioterapia Brasil
Introdução: Obesidade é considerada epidemia mundial e um dos maiores problemas de saúde na atualidade, bem como as comorbidades a ela associadas que acarretam alterações nas funções cardiorrespiratórias desses indivíduos. Objetivo: Avaliar parâmetros cardiorrespiratórios em indivíduos sedentários obesos grau II. Os 44 voluntários foram divididos igualmente em dois grupos, obesos (GOS) e eutróficos (GE). Material e métodos: Foram mensuradas variáveis de expansibilidade torácica, força muscular respiratória, pico de fluxo expiratório (PFE), capacidade vital, além das variáveis do teste de caminhada de seis minutos (TC6). Resultados: Comparando os grupos, o GOS apresentou expansibilidade torácica com diferença significativa na inspiração (P = 0,038) e na expiração (P = 0,031) máximas do processo xifoide e na inspiração máxima (P = 0,039) da cicatriz umbilical, e PFE (P < 0,001). No TC6 o GOS apresentou frequência cardíaca (FC) em repouso mais elevada (P = 0,022) no pré-teste e satu...