Antonio Carlos de Souza Lima (original) (raw)

Lima Carvalho 2022

Resumo: Neste artigo, apresenta-se uma análise da Tradução Audiovisual da Língua de Sinais (TALS) através da janela de Libras com múltiplos tradutores no filme A Hora da Estrela. Adotamos a perspectiva teórico-metodológica da Gramática do Design Visual (KRESS; VAN LEEUWEN, 2001, 2006) que realiza uma interlocução com o conceito de multimodalidade. A análise das categorias a) semelhança física entre tradutor e personagem; b) indumentária dos tradutores revelou que a escolha por tradutores de mesmo gênero é positiva na espectação, já a falta de semelhança física e o uso de camisetas coloridas, sem vínculo estético com o figurino, podem gerar ruído à obra. Palavras-chave: Tradução Audiovisual Acessível; janela de Libras; gênero fílmico; Gramática do Design Visual.

GT32 De Carvalho Lima

Resumo: Construir uma abordagem sociológica da arte é um desafio que muitos intelectuais enfrentaram ao longo do século XX. Este artigo tem como eixo apresentar uma comparação entre os modos como Theodor W. Adorno e Pierre Bourdieu enfrentaram essa questão, principalmente, nas obras Introdução à Sociologia da Música, do primeiro e A distinção: crítica social do julgamento, do segundo. Em suas obras, tanto Adorno quanto Bourdieu levantam questionamentos relativos ao gosto artístico, contrariando uma leitura oriunda da crítica de arte e que atribui o mesmo ao julgamento individual. Seu objetivo é demonstrar que o gosto é socialmente construído e que, por essa razão, pode ser abordado sociologicamente. A ideia é que, ao nos tornarmos conscientes daquilo que em suas obras constituíram como problemas relativos à urdidura de uma teoria social da arte, poderemos pensar na sua atualidade de seus modelos e seus possíveis usos para a sociologia contemporânea. Palavras Chave: Adorno. Bourdieu. Sociologia da arte. Inúmeras são as diferenças que separam Theodor W. Adorno (1903-1969) e Pierre Bourdieu (1930-2002). O esforço em construir uma teoria crítica da cultura que visa mostrar como a cultura legitima a desigualdade social, assim como a profunda inspiração de sua crítica na obra de Karl Marx e Max Weber não são duas delas. Meu objetivo aqui não é comparar as validades empíricas dos dois diagnósticos, mas confrontá-los diante de uma questão comum: o que significa fazer sociologia da arte? 1 A Distinção foi publicada em 1979, é o livro mais famoso de Bourdieu e faz parte das muitas pesquisas sobre o processo de diferenciação social que o autor levou a cabo nos anos de 1970. Contrapondo-se a Kant e às suas noções de estética expostas em Crítica do julgamento, A Distinção: crítica social do julgamento, brinca com o título de Kant, ao buscar justamente dessacralizar o âmbito da estética por intermédio da construção de uma ciência do gosto e do consumo cultural e mostrar que uma das funções da arte é a legitimação das diferenças sociais. Assim, a apropriação da obra de arte pode ser compreendida, antes de tudo, como uma relação social. Bourdieu, no entanto, não recai num relativismo sociológico e pensa essa relação como uma relação de distinção (contra a ilusão do comunismo cultural). Nesse sentido, a divisão clássica e sempre polêmica entre a chamada " cultura popular " e a chamada " cultura erudita " só pode existir porque se assenta numa divisão de classe. Ao demonstrar que a percepção estética é histórica e social, Bourdieu permite pensá-la como algo que está em disputa e associar a lógica da produção dos bens à lógica da produção dos gostos. A pesquisa que resultou na Distinção foi composta basicamente por observação etnográfica e entrevistas aprofundadas com 1217 indivíduos de Paris, Lille e uma cidade do interior da França em 1963 e 1967 e recorreu também a uma série de fontes complementares tais como dados fornecidos pelo INSEE (Institut national de la statistique et des études économiques) entre outros órgãos de pesquisa.

Memorial para Promocao a Titular Antonio Carlos de Souza Lima 2015

Memorial apresentado como parte dos requisitos para a promoção à Classe E – Professor Titular – no Setor de Etnologia e Etnografia, Departamento de Antropologia, Museu Nacional/UFRJ, 2015

Memorial apresentado como parte dos requisitos para a promoção à Classe E – Professor Titular – no Setor de Etnologia e Etnografia, Departamento de Antropologia, Museu Nacional/UFRJ, de acordo com o determinado pela Portaria nº 622, de 28/01/2015 da Direção do Museu Nacional, publicada no Boletim da UFRJ em 05/02/2015, nos termos da resolução nº 08/2014/Consuni/UFRJ.