Cidades, consensos internacionais e circulação de ideias (original) (raw)
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Anais do XV Simpósio Nacional de Geografia Urbana, 2017., 2017
RESUMO: O trabalho pretende abordar a questão da mobilidade internacional de políticas urbanas e de planejamento, a partir dos variados entendimentos acerca dos fluxos de ideias e práticas no escopo do urbanismo e do planejamento urbano. Visa, além disso, destacar as perspectivas que incorporam reflexões oriundas do chamado planejamento "insurgente" ou "radical", apresentadas como um contraponto às práticas hegemônicas de caráter neoliberal, vislumbrando, assim, as iniciativas de resistência e democratização dos processos de apropriação e ressignificação territorial sob os marcos contemporâneos. Palavras-chave: mobilidade internacional de políticas urbanas; planejamento radical e insurgente; planejamento urbano;
Fragmentação do espaço e construção de consensos na cidade pós-política
Anais do 1º Colóquio Sociedade, Espaço e Política, 2021
O texto reúne algumas das reflexões realizadas no contexto da elaboração da´tese de doutoramento do autor, cujo resultado foi publicado em Santos (2020). O objetivo foi sugerir uma interpretação crítica da realidade urbana do Recife a partir do conceito de fragmentação. Nos dois primeiros itens, discorre-se sobre este conceito e sua relação com o estabelecimento de uma ordem urbana pós-política. A seguir, analisa-se a relação entre pós-política e populismo para, ao final, comentar de forma muito breve a fragmentação do espaço e a construção de consensos na cidade do Recife.
As Cidades Globais e as Reivindicações Cidadãs
Revista de Direito Urbanístico, Cidade e Alteridade, 2022
O artigo aborda a temática da globalização e das cidades globais. Objetiva analisar o exercício da cidadania no espaço urbano a partir das cidades globais. Reitera a importância dos direitos humanos apresentando elementos para a promoção e melhoria da qualidade de vida da população urbana e demonstra que as cidades globais podem ser um cenário para novas reivindicações cidadãs, em especial daqueles desfavorecidos, na luta para firmar e garantir a cidadania. Conclui que as cidades globais não se constituem apenas em centros de poder econômico, tecnológico e político de importância global, mas, também, como um local de novas reivindicações cidadãs.
Novas Dinâmicas nas Relações Internacionais: o papel das cidades
Conjuntura Global, 2015
O artigo analisa a crescente presença das cidades nas relações internacionais, em processos de troca de experiências, investimentos e tecnologia, através de cooperação mútua e busca de soluções comuns para problemas globais por elas vivenciados. A fim de instrumentalizar a abordagem teórica sobre o tema, traz diversos exemplos sobre o papel das cidades no cenário internacional. Palavras-chave: cidades; cooperação.
Dança cidade-território e circulação como política pública
Dança, cidade-território e circulação como política pública – 1997 a 2007, 2007
This text presents a critique of the Funarte public notice for investments in caravans of regional circulation in Brazil, during the decade from 1997 to 2007.
O lugar das ideias: panorama de um debate
Em Tese, 2015
O artigo visa oferecer um panorama do debate desencadeado pelo ensaio “As ideias fora do lugar”, de Roberto Schwarz, primeiro capítulo de seu livro <em>Ao vencedor as batatas</em> (1977). Os diferentes argumentos do debate, bem como outras contribuições que aclaram seu problema central – a situação dissonante do liberalismo no Brasil – , são aqui elencados e discutidos, de forma a compreender os motivos e as diferentes posições sobre o tema. Desse modo, críticos e teóricos que tomaram parte do debate, como Maria Sylvia de Carvalho Franco, Alfredo Bosi, Carlos Nelson Coutinho, Marco Aurélio Nogueira, entre outros, perfazem o trajeto, ora exposto, de uma discussão que perdura por aproximadamente quatro décadas.
Cidades de porte médio, territórios de conflito e de interesses diversos
Territorios, 2020
Este artigo pretende apresentar a dinâmica de uma cidade de porte médio, Pelotas, localizada no Estado do Rio Grande do Sul, no Brasil. Objetiva problematizar a análise sobre os fluxos migratórios, que resultam no impacto ocasionado na morfologia da cidade, resultante das intervenções do Estado com a iniciativa privada. Para evidenciar tal realidade, serão apresentados dados da pesquisa vinculada ao Observatório de Conflitos da Cidade, do Programa de Pós-graduação em Política Social e Direitos Humanos da Universidade Católica de Pelotas. As contribuições dos autores Henri Lefebvre, David Harvey e Raquel Rolnik determinaram a perspectiva crítica deste estudo.
CIDADES & SUSTENTABILIDADE: Por um diálogo interdisciplinar
CIDADES & SUSTENTABILIDADE: Por um diálogo interdisciplinar, 2020
No contexto atual, quando a sobrevivência humana nas cidades brasileiras, juntamente com as da fauna e flora encontram-se ameaçadas, e as condições de vida de seus habitantes ainda mais degradadas, diante de uma pandemia que compromete a sustentabilidade urbana torna-se imperativo alertar aos pesquisadores, sobre a necessidade urgente do enfoque interdisciplinar em suas análises de pesquisas contemporâneas. Isto, porque na sua grande diversidade, os problemas urbanos dependerão cada vez mais da capacidade dos seus gestores para encontrar soluções criativas e adequadas. Dentre os inúmeros fatores da (in) sustentabilidade das cidades brasileiras, onde os espaços urbanos são considerados como territórios usados de forma desigual, o processo acelerado de urbanização é o que desempenha papel fundamental para a explicação da realidade, ao lado do agravamento da degradação ambiental e da falta de uma distribuição igualitária dos bens e serviços sociais, dentre os quais os da educação e saúde. Assim sendo, a sustentabilidade das cidades entendida como direito humano de habitar saudavelmente os espaços urbanos e ter acesso aos bens e serviços de qualidade mostra efetivamente, a necessidade de investimentos que sejam capazes de atender as demandas sociais de seus habitantes. Para tal, a cidadania retorna como um aspecto fundamental para exigir do poder público local a melhoria de suas políticas públicas. Isto, para que por meio da própria participação as comunidades possam intervir nas decisões como moradores da “polis” entendidos como cidadãos conscientes dos seus direitos a uma vida digna e saudável. Portanto, a produção deste livro procura revelar em seus capítulos a pluralidade de ideias dos seus autores como possibilidade de um diálogo interdisciplinar, que se desenvolve frente aos desafios contidos, na complexidade da problemática ambiental urbana. Estes, buscando uma finalidade comum pretendem contribuir não apenas teoricamente aprofundando conceitos, mas também sugerindo possíveis ações. No contexto atual, ou seja, em tempos de pandemia e crises de vários níveis, é certo que todo conhecimento, sobre as cidades contemporâneas, que venham a contemplar questões tais como desigualdade social, saúde, educação e cultura deverá incrementar o desenvolvimento humano de um país. Assim sendo, o desenvolvimento sustentável não poderá ser alcançado sem essa perspectiva. Nesse momento ressalto minha satisfação na organização deste livro interinstitucional, cuja produção acadêmica coletiva de excelência faz jus aos seus autores. Alguns Professores Doutores e outros doutorandos, todos pertencem às mais conceituadas Universidades Federais e Estaduais do Brasil. Estes, imbuídos de um mesmo propósito de ver nossas cidades e seus habitantes mais saudáveis colocam nestas páginas os seus melhores conhecimentos científicos. Seguem-se assim, os cinco capítulos deste livro, que no total da obra se entrelaçam mostrando a possibilidade do diálogo interdisciplinar, partindo da ciência geográfica em busca da troca de diferentes olhares sobre a mesma complexidade e sustentabilidade das cidades contemporâneas. No Capítulo I, Oséias da Silva Martinucci mostra criticamente as desigualdades entre as cidades e regiões do Brasil com respeito à Saúde, considerando a também desigual distribuição dos equipamentos de imagem – diagnósticos. Rivaldo Faria procura no Capítulo II argumentar sobre a Saúde e Território como direito no Brasil mostrando com essa discussão, os grandes desafios para este século. Já no III Capítulo Antonio de Oliveira reflete e aprofunda o entendimento sobre a transição em saúde e a (re) produção de doenças transmissíveis nas cidades do país e em específico no Paraná. Com o Capítulo IV, Camila Bonelli de Milano conversa de forma crítica sobre as cidades e a gestão de resíduos sólidos perguntando se esse pode ser um diálogo possível. E, finalmente, Clésio Barbosa Lemos Junior no último Capítulo V que anuncia no próprio título, uma visão do espaço urbano e patrimônio cultural na palma das mãos, procura enfatizar a importância do estudo sobre o uso das tecnologias digitais nas práticas urbanas. O autor faz um alerta para a realidade do mundo virtual e das redes sociais como entendimento da complexidade e da diversidade dos problemas que envolvem as cidades contemporâneas.