Preconceito, Pós-conceito e Racismo (original) (raw)

Preconceito e prounistas

Psicologia da Educação

O artigo é parte do resultado de uma tese de doutorado e tem como objetivo identificar e analisar a presença do preconceito nos espaços acadêmicos onde o ProUni está presente, para, a partir da análise apresentada, defender a tese de que o ProUni, ao mesmo tempo em que busca reparar a ausência histórica da classe trabalhadora no Ensino Superior brasileiro, acaba por revelar as desigualdades sociais manifestas pelo preconceito nas vivências universitárias. Para o desenvolvimento de uma estrutura argumentativa que defenda a tese foi necessário um mapeamento e caracterização dos ProUnistas a partir de um questionário online, além de duas entrevistas em profundidade que aconteceram de forma individual. Sabe-se que o preconceito na sociedade existe, assim como nas Instituições de Ensino Superior privadas, porém não é dimensionado ainda como esse preconceito influencia a vivência do estudante durante sua graduação; para isso utilizamos o método quantitativo e a análise construtivo-interpr...

Preconceito Cultural e O (Re)Conhecimento De Direitos

Novos Estudos Jurí­dicos, 2015

O presente artigo procura explicar a importância do reconhecimento de identidades culturais para o papel democráti-co no Brasil e sua importância para a perspectiva da concepção liberal de democracia e a reconstrução da política, que deve at-ender à sociedade civil no que se refere às intervenções na socie-dade. Menciona alguns pontos na história do país onde se eviden-ciam ideais de preconceito contra a sociedade. Demonstra o caso mais recente e público de discriminação e preconceito ocorrido na Justiça Federal do Rio de Janeiro, por meio de decisão judicial, em que fora proferida sentença sobre vídeos ofensivos, de cunho racista, publicados na internet. Procura demonstrar na legislação vigente a proteção dos grupos vulneráveis a estas práticas abusi-vas, no tocante a noções de garantia e proteção para uma socie-dade mais justa e solidária. Importante também se faz reconhecer que o direito de culto reconhecido pela Constituição Federal se faça valer, afim de que se possa construir ...

Preconceitos que se Cruzam: A Relação entre o Racismo, Sexismo e Valores

Psico-USF, 2021

Resumo Essa pesquisa objetivou analisar a relação entre o Racismo Moderno e o Sexismo Ambivalente utilizando os Valores Humanos como terceira variável que pudesse explicar essa relação, tendo em vista seu poder de predição de fenômenos sociais. A amostra foi composta por 200 participantes distribuídos quase igualmente quanto ao sexo, sendo 101(50,5%) do sexo feminino e 99 (49,5%) do sexo masculino. A média de idade dos respondentes foi de 23 anos (DP = 5,41). Observou-se que o Sexismo Ambivalente e o Racismo Moderno estão correlacionados positivamente como também se relacionam com as subfunções Realização, Interativa e Normativa dos Valores Humanos explicando parcialmente a relação entre o racismo e o sexismo. Concluiu-se que as expressões modernas de racismo e sexismo estão interligadas e que os valores normativos, que visam manter a estabilidade social e tradição, podem desempenhar um papel importante na explicação parcial dessa ligação.

Preconceito Maquiado: O Racismo No Mundo Fashionista e Da Beleza

Revista Pensamento Contemporâneo em Administração, 2016

Neste artigo, analisou-se discursos sobre o blackface no mundo fashionista e da beleza a partir da busca pela representatividade e pelo protagonismo negro, em contraponto a uma liberdade de expressão artística do profissional da área. Foi investigado um caso de blackface publicado pela empresa de cosméticos Avon em sua rede social. O corpus de análise constituiu-se por discursos presentes nos comentários registrados na referida publicação. Os dados foram categorizados e analisados com base na vertente da análise crítica do discurso teorizada por Dijk (2012). Evidenciou-se que as práticas racistas continuam disseminadas na sociedade e seu reconhecimento ainda é dificultado por sua naturalização. Também foi evidenciado que a percepção do blackface como arte ou prática racista não está diretamente relacionada à cor da pele de quem a analisa, mas à sua percepção cognitiva embasada na sua cultura, experiência de vida, capacidade crítica, conhecimento histórico, entre outros fatores.