As Ciências Sociais no Brasil: Estudo realizado para a CAPES por L.A. Costa Pinto e Edison Carneiro (original) (raw)
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Ciências Sociais no Brasil e na Argentina
Toda ação educativa é uma ação política!" (Paulo Freire) Introdução No segundo semestre de 2008, surgiu a oportunidade de participar de um intercâmbio na Universidad Nacional de Entre Rios (UNER), na Argentina. Ao participar de um projeto sobre a evasão no curso de Ciências Sociais da Universidade Federal do Paraná (UFPR), percebendo também, enquanto estudante do curso as dificuldades encontradas pelos estudantes, busquei, entre os meses de agosto a dezembro de 2008, período que estive estudando na UNER, comparar o curso naquela Universidade com o curso da UFPR. Meu intercâmbio foi realizado na Facultad de Trabajo Social da Universidad Nacional de Entre Rios. Essa faculdade fica na cidade de Paraná, que é capital da província de Entre Rios na Argentina e tem cerca de 300 mil habitantes. A faculdade agrega os cursos de Serviço Social, Economia e Ciência Política. Pude realizar o intercâmbio graças ao convênio da UFPR com o Grupo Montevideo (AUGM), que concede auxílios para estes intercâmbios, além da possibilidade de manter-me vinculada ao PET neste período. Neste trabalho farei o esforço de comparação da estrutura dos dois cursos, com 1 Camila Tribess é graduanda do 9º período do curso de Ciências Sociais da Universidade Federal do Paraná e pesquisadora bolsista do grupo PET (Programa de Educação Tutorial) deste curso. O projeto também busca compreender a relação dos estudantes com o curso de Ciências Sociais, como ingressam, o que esperam e quais são os motivos para a evasão ou para a conclusão do curso. Percebemos com as primeiras análises feitas, que uma quantidade muito grande de alunos que ingressam no curso de Ciências Sociais não conclui o curso e acaba abandonando-o. Essa evasão ocorre, majoritariamente, ao final do 2º e do 4º semestres de curso.
As Ciências Sociais no Brasil: Uma Discussão (Monografia conclusão de curso)
2008
"O objeto da monografia é o processo de consolidação das ciências sociais como campo acadêmico no Brasil. Busca-se averiguar as condições sociais de constituição destas disciplinas e como certos princípios fundamentais de construção dos conhecimentos associados a estas ciências são tema de disputa entre os próprios cientistas sociais, ou seja, aqueles profissionais do campo, reconhecidos como tais por pares. Utilizando conceitos elaborados por Pierre Bourdieu para estudar a constituição de campos de conhecimento, propõe-se uma análise deste processo no Brasil, focalizando um momento chave para o entendimento de seu desenvolvimento, a saber, o debate metodológico entre cientistas sociais mineiros e paulistas, que marcou a década de 1960. São identificadas as concepções de ciência que estavam então em disputa e que seriam utilizadas para fundar a ciência social no país. Mostrou-se como tais concepções foram também utilizadas pelos estudantes que participaram da experiência do curso paralelo de ciências sociais na UFMG, ainda na década de 1960. A história desse curso compõe parte desta monografia, visando a mostrar como a constituição de um modo de ser cientista social e de se fazer ciência social estava em gestação. O objetivo da monografia é mostrar como o estudo da história das ciências sociais brasileiras pode ser frutífero para se pensar este campo de conhecimento nos dias de hoje, ao ligar características atualmente tidas como consensuais ao desenvolvimento histórico destas disciplinas em nosso país."
Ementa: O ensino das Ciências Sociais no Brasil
Ementa A disciplina visa apresentar conhecimentos sobre "o ensino das Ciências Sociais (Sociologia, Antropologia e Sociologia) no Brasil" nos níveis secundário e superior a partir de dez eixos temáticos: i) História da disciplina; ii) Intelectuais e o ensino das Ciências Sociais; iii) Sentidos pedagógicos; iv) Conteúdos do ensino de Sociologia; v) Formação de professores; vi) Prática de ensino; vii) Objetivos de aprendizagem e Avaliação; viii) Currículo; xix) Reintrodução da Sociologia no ensino médio e; x) Subcampo de pesquisa.
Estudos de Comunidade e ciências sociais no Brasil
Sociedade e Estado, 2011
O objetivo deste artigo é fazer um balanço da literatura sobre os Estudos de Comunidade (EC) no Brasil, destacando o contexto intelectual em que foram produzidos e os debates que suscitaram, especialmente entre as décadas de 1940 e 1960. Método de pesquisa em comunidades, oriundo da Antropologia, em investigações sobre o processo de mudança social, os EC estiveram em voga nos Estados Unidos entre os anos 1920 e 1950, tendo papel fundamental na institucionalização das Ciências Sociais no Brasil. Destacamos três aspectos na produção desses estudos no país, iniciando com uma abordagem conceitual: definições, origem e sua relação com temáticas marcantes nos anos 1950. Em seguida, privilegiamos os aspectos relacionados ao papel dos EC na história das Ciências Sociais no Brasil, com destaque para o processo de institucionalização das Ciências Sociais. Por fim, revisitamos os debates que tais estudos geraram entre os cientistas sociais quanto ao padrão de trabalho sociológico a ser desenvo...
O ensino de Ciências Sociais na Faculdade Catarinense de Filosofia
A história das ciências sociais brasileiras tem sido continuamente revisitada, normalmente tomando-se como marco inaugural a criação dos cursos de graduação em ciências sociais. Reconhecendo-se que estas tiveram diferentes temporalidades nas diversas regiões do país, e que seu processo de institucionalização ocorreu, por vezes, por meio de cátedras em outros cursos de graduação, busca-se, neste trabalho, trazer uma contribuição original para a discussão para esta área. O artigo foca-se na análise das primeiras cátedras de ciências sociais (antropologia cultural e sociologia) criadas na Faculdade Catarinense de Filosofia, instituição fundada na década de 1950 em Florianópolis, por meio dos " relatórios de ensino " produzidos pelos primeiros professores dessas disciplinas. Ressalta-se o caráter de formação de elites culturais que a instituição possuía e a afinidade das discussões desenvolvidas nesse espaço com o debate intelectual da época.
O Pibid (Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência) almeja instituir um ambiente de formação docente que reflete uma concepção na qual a produção e o ensino da ciência se desenvolveriam em um contexto interdisciplinar de aplicação do conhecimento e de busca de inovação pedagógica. Mas, e os atores envolvidos com o programa, eles compartilham dessa concepção epistemológica? O objetivo desta tese consiste justamente em investigar as representações sociais dos bolsistas licenciandos em Ciências Sociais sobre a Sociologia: suas potencialidades e seu papel no Ensino Médio face às demandas do programa, como a criação de soluções metodológicas e novas práticas pedagógicas. Tendo em vista esse objetivo, realizou-se uma pesquisa baseada na abordagem tridimensional (3 fases) das representações sociais proposta por Willem Doise. Na fase 1, houve a identificação dos referenciais comuns compartilhados por 203 bolsistas de 32 universidades. Em síntese, verificou-se que, não obstante variáveis como sexo, idade, tempo de curso e de programa, os bolsistas tendem a conceber a Sociologia como instrumento de formação de uma cidadania sociologizada a partir do domínio de uma linguagem especializada. Na fase 2, objetivou-se verificar como aquela configuração em âmbito nacional do campo comum se diferenciou localmente em três universidades (UnB, PUCPR, UNESP/Marília). Os dados foram obtidos por meio de grupos focais e analisados com o apoio do programa Iramuteq (Interface de R pour les Analyses Multidimensionnelles de Textes et de Questionnaires). Identificou-se alguns elementos do que se denominou um modo misto ou entre-deux de formação de professores que se caracterizaria pela diversidade de saberes mobilizados (disciplinares, pedagógicos e experienciais), de atores (professores do ensino superior e médio) e de instituições (universidades e escolas). Na fase 3, com base nas contribuições teóricas de autores como Anthony Giddens, Michael Burawoy, Fernanda Sobral, Simon Schwartzman, Mathieu Albert e Paul Bernard, buscou-se mapear as condições socioinstitucionais e epistemológicas que potencialmente servem de ancoragem para as diferenciações.
A recente reintrodução da Sociologia como componente curricular obrigatório no Ensino Médio, sua presença intermitente e o histórico distanciamento dos cientistas sociais em relação à Educação são fatores que, em grande medida, explicam a tardia configuração do subcampo de pesquisa “Ensino de Sociologia”. Ainda que hoje tenhamos elementos indicativos de certa configuração de um subcampo, este não se encontra consolidado, assim como a própria presença da Sociologia no Ensino Médio. Se, por um lado, há muitas “pedras” a serem postas nos fundamentos do subcampo de pesquisa, por outro, vem crescendo substancialmente o número de “operários” envolvidos na construção dos alicerces...
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O estudo da discussão das controvérsias sociocientíficas no ensino de ciências é um tema emergente na área. A partir desta revisão, buscou-se identificar e analisar os artigos publicados em periódicos brasileiros de Ensino de Ciências, que abordam a discussão das controvérsias sociocientíficas. De maneira geral, os artigos apontam que a pesquisa sobre a discussão das controvérsias sociocientíficas, apesar de presente no contexto brasileiro, ainda se faz de forma tímida. Alguns aspectos da produção sobre a controvérsia foram destacados, como o fato dos estudantes do Ensino Médio e Superior serem os sujeitos principais dos estudos e a preferência pela discussão de temáticas relacionadas ao meio ambiente. Consideramos que a apresentação destas características da pesquisa sobre a discussão das controvérsias sociocientíficas auxiliará para estudos futuros e para maiores investigações na área.