As temporalidades recuadas e sua contribuição para a aprendizagem histórica: o espaço como fonte para a História Antiga e Medieval (original) (raw)

As temporalidades recuadas e sua contribuição para a aprendizagem histórica

2017

As temporalidades recuadas e sua contribuição para a aprendizagem histórica: o espaço como fonte para a História Antiga e Medieval The earliest temporalities and their contribution to Historical learning: space as a source Resumo A necessidade de discutir quais são os co-nhecimentos históricos necessários e apropriados para as gerações que hoje frequentam as escolas tem norteado o de-senvolvimento de pesquisas acadêmi-cas em torno da relação entre a formação da consciência histórica, a construção da competência narrativa em história e a aprendizagem histórica. Com base na re-flexão sobre os exercícios de periodização em história, pretendemos delimitar as particularidades que tornam os campos da História Antiga e da História Medieval indispensáveis para a aprendizagem his-tórica na Educação Básica Brasileira. Mas como o trato com temporalidades tão re-cuadas pode nos ajudar a aprimorar a Abstract The necessity of discussing what are the needed and appropriated historical knowledges to the generations that today attend school have stated the development of academic researches encompassing the relationship among historical consciousness, narrative competence construction and historical learning process. Based on the reflection about exercises of periodization in history, we intend to limit the particularities that make the fields of Ancient and Medieval History meaningful to the historical learning in the Brazilian Basic Education. But how early temporalities can help us to improve the history learning process? The answer to this question is not sim

ANTIGUIDADE TARDIA E ENSINO DE HISTÓRIA: REPENSANDO O TEMPO A PARTIR DE UM CONCEITO

O artigo pretende discutir e refletir sobre a categoria tempo, como sendo umas das primordiais para o Ensino de História, a partir do conceito de Antiguidade Tardia. Tal perspectiva se apresenta como uma maneira diferenciada de tratar os processos cíclicos do tempo na História Política Tradicional, buscando repensar os processos de rupturas, permanências e as transformações que estão para além das datas e grandes fatos. Assim, a Antiguidade Tardia possibilita o entendimento do tempo como algo que transcende o mero declinar e surgir das eras, pois aponta diferentes níveis de transformações e renovações.

ARTIGO - Alegoria histórica uma possibilidade para operacionalizar tempo e espaço na antiguidade e no medievo

Resumo: O uso da " allegoria " ou o " algo de outro " configurou práticas que buscavam a comunicação dos ritos, mitos e das experiências de vida vinculadas à comunicação do macro e do microcosmo, distanciando de uma busca de sentido/significado, mas se configurando em um marco transtemporal, transespacial e transcultural que vincula saltos culturais e ideias que dão presenças as formas de experiência estética dos povos. Propomos, neste artigo, discutir o uso da alegoria nas relações de povos e culturas antigos e medievais que se tencionam em variados contextos. Nesse caso, buscaremos demonstrar que o uso da alegoria, na perspectiva que propomos, está inserido na transculturalidade dos povos antigos e medievais. Pensaremos o conceito de alegoria enquanto um modelo que transmite a experiência de estética espiritual. Abstract: The use of " allegoria " or " something of other " , has been configured in practices that seek the communication of rites, myths and life experiences linked to the relation between macro and microcosm, distancing themselves from a search for meaning/mean, but setted in a transtemporal, trans-spacial and transcultural framework that links cultural leaps and ideas that give presences as forms of aesthetic experience of the peoples. We propose, in this paper, to discuss the use of allegory in the relations of ancient and medieval people and cultures that are intended in various contexts. In this case, we will demonstrate that the use of allegory, in our perspective, is embedded in the transculturality of ancient and medieval peoples. We will think the concept of allegory as a model that conveys an experience of spiritual aesthetics.

A importância do tempo na leitura do espaço : reflexões a partir da espacialidades e das temporalidades nas representações dos alunos do 5º ano no contexto da pré-história

2019

Resumo O presente texto coloca a necessidade de discutir o compromisso do professor da área de Ciências Humanas em compreender o processo que envolve a cognição dos Sujeitos alunos, bem como o significado das representações que os mesmos produzem sobre diferentes recortes espaço-temporais, tomando-os como referência para a dinamização das práticas do ensino e da aprendizagem. Tal proposição encontra-se relacionada ao campo da Epistemologia Genética e à compreensão de como o conhecimento humano é construído para que possa ser: percebido, acompanhado e ampliado nos contextos em que os professores atuam. Refere-se à temática de uma dissertação de Mestrado em Geografia, na linha de pesquisa em ensino, que procurou investigar como os alunos do 5º Ano aprendem com base nas representações que produzem, a partir do recorte espaço-temporal da Pré-História, escolhido pelo encantamento e, ao mesmo tempo, os equívocos envolvendo a abordagem do tempo passado não vivido pelos alunos. Nesse sentido, as representações produzidas pelos estudantes são entendidas não como algo dado, mas construído, decorrente das interpretações e das experiências vividas. A escolha da Epistemologia Genética está pautada na crença de que o aluno constrói seu conhecimento a partir de inúmeras possibilidades e desafios, bem como do universo de experiências. Os resultados indicam que os participantes da pesquisa representam a Pré-História de forma imagética, influenciados pelos meios de comunicação, expondo uma noção restrita do contexto pré-histórico. A dificuldade de deslocamento temporal e a repre

Alegoria Histórica uma possibilidade para operacionalizar tempo e espaço na antiguidade e no medievo

Roda da Fortuna, 2017

Resumo: O uso da " allegoria " ou o " algo de outro " configurou práticas que buscavam a comunicação dos ritos, mitos e das experiências de vida vinculadas à comunicação do macro e do microcosmo, distanciando de uma busca de sentido/significado, mas se configurando em um marco transtemporal, transespacial e transcultural que vincula saltos culturais e ideias que dão presenças as formas de experiência estética dos povos. Propomos, neste artigo, discutir o uso da alegoria nas relações de povos e culturas antigos e medievais que se tencionam em variados contextos. Nesse caso, buscaremos demonstrar que o uso da alegoria, na perspectiva que propomos, está inserido na transculturalidade dos povos antigos e medievais. Pensaremos o conceito de alegoria enquanto um modelo que transmite a experiência de estética espiritual. Abstract: The use of " allegoria " or " something of other " , has been configured in practices that seek the communication of rites, myths and life experiences linked to the relation between macro and microcosm, distancing themselves from a search for meaning/mean, but setted in a transtemporal, trans-spacial and transcultural framework that links cultural leaps and ideas that give presences as forms of aesthetic experience of the peoples. We propose, in this paper, to discuss the use of allegory in the relations of ancient and medieval people and cultures that are intended in various contexts. In this case, we will demonstrate that the use of allegory, in our perspective, is embedded in the transculturality of ancient and medieval peoples. We will think the concept of allegory as a model that conveys an experience of spiritual aesthetics.

Memória e temporalidade no ensino de história

Este texto apresenta algumas questões conceituais e possibilidades metodológicas implicadas na relação entre memória, temporalidade e ensino de história desde o diálogo crítico e a articulação das ideias de alguns autores selecionados para esta reflexão. Na primeira parte, envida-se uma discussão sobre a memória em que foram mobilizadas as ideias de Ulpiano Bezerra de Meneses, Pierre Nora, Michel Pollack, Jacques Le Goff, Michel de Certeau. Na segunda parte, encaminha-se um debate sobre a temporalidade no qual despontam as perspectivas de Adauto Novaes, Norbert Elias e François Hartog. Na terceira parte do texto procede-se a uma apreciação analítica de algumas possibilidades metodológicas que articulam memória e temporalidade no ensino de história: trata-se da abordagem de atividades sobre a construção da noção de tempo pelas crianças, sobre as relações entre calendário civil e memória histórica, sobre patrimônio histórico e historicidade dos lugares. O texto se encerra com algumas considerações finais que ressaltam a importância das categorias de memória e temporalidade na aprendizagem histórica em vista dos seus objetivos de formação política, humanista e intelectual. Palavras-chave: Ensino de História; Memória; Temporalidade. _________________________________________________________

Considerações teórico-metodológicas acerca da percepção mítica do tempo e do espaço na hagiografia medieval

Desejamos refletir aqui sobre a natureza histórica da literatura hagiográfica para além de suas já tradicionais análises realizadas pela filologia, por estudos teológicos e mesmo históricos positivistas. Partindo do imaginário e da fenomenologia religiosa como opção teórico-metodológica para a compreensão dessas fontes literárias, e tendo em conta que ela cuida de realidades próprias da consciência simbólica, que edifica e se vê edificada por representações fundadas no símbolo e na visão analógica do mundo, queremos insistir que sua razão de ser, enquanto testemunho histórico deve contemplar as estruturas próprias do imaginário, dentre as quais estão o tempo e o espaço que devem ser verificados não por uma concepção monolítica, mas por sua constituição a partir de uma percepção plural e indômita a percepção dos diferentes espíritos, inclusive no seio de uma mesma tradição.