Resistência e restauração de identidades no teatro da microrregião de Pelotas (original) (raw)
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Trabalhadores da Cultura: efervescência e luta do teatro de grupo paulistano
Na contramão das obras capitalistas espetaculares, coletivos de teatro de grupo paulistano fazem do pensamento crítico, do teatro político e da atuação periférica um modo de vida. Um coletivo de companhias de teatro, quase duas dezenas, que compartilham pensamento radical e multiplicam estratégias de luta. Sua própria definição enquanto "trabalhadores da cultura" é emblemática do seu engajamento com os atuais movimentos sociais locais e a tradição internacional marxista. Oferecendo épicos, óperas, cortejos e carnavais pelas ruas, ocupações e "quebradas" criam e recriam há mais de uma década espaços de encontro, conversa e festa pelas periferias paulistanas. Teatro público e gratuito que não sai anunciado pelos guias dos grandes jornais, mas corre como notícia no boca-a-boca dos companheiros, surge como assalto pelas praças do centro antigo no fim da tarde, ganha cartaz na frente de alguma das ocupações na periferia do extremo sul ou leste da cidade. Teatro que alimenta-se antropofagicamente do agitprop soviético e do teatro épico alemão para se fazer riso popular sulamericano. Pedagogia do oprimido que estende herança pelos cursos de teatro oferecidos em escolas públicas e quadras de favelas. Modo de vida que se vale dos mutirões para construir e suportar suas sedes para teatro, sempre generoso no compartilhar vinho, música e poesia.
I analyze the emergence of the "Pocket Theater's Generation" and its experiences of cultural and political struggle in Campos dos Goytacazes in the 1980's. I see the configuration of a theatrical movement who led the struggle for the reopening of "Pocket Theater" in 1983. I understand the so-called "Pocket Theater's Generation" as a way of accessing the conflicts and the contradictions inherent to the experience of the configuration of a "structure of feelings" that constituted a form of resistance produced by the theater artists against certain conservative forces associated with the impositions to the City Hall in the 1980's. I point that the struggle for the retake of the "Pocket Theater" by the theater groups collaborated to the formation of a "generation" that assumed the protagonism of the theatrical cause in the city from the development of its theatrical productions under strong political engagement in the 1980's.
Memória: relatos do teatro de Rondônia
A posse da primeira diretoria do Sindicato foi publicada no Jornal Alto Madeira, ano VI, n. 517, datado de 04 de maio de 1922, que consta o Padre Raimundo como presidente da sessão que aconteceu no salão do Club Internacional: Considerou que as associações operárias constituem promessas de triunfo. Assim, a creação do "Syndicato de artistas e operários" cujos fins são úteis e vasados no humanismo é uma ideia grandiosa e que merece o amparo dos espíritos superiores. S.s terminou de baixo de estrondosa salva de palmas discursou em seguida sobre aquela festa o Rvd. Padre Dr. Raimundo de Oliveira que foi aplaudido. O senhor Manoel Bluhm agradeceu o comparecimento das autoridades, famílias, enfim de todos que tinham assistido o ato da posse. Encerrada a sessão foram servidos doces, bebidas finas aos presentes que se retiraram agradavelmente impressionados.
Pelotas: da fragmentação ao restauro
Cidade Revelada - 6º Encontro sobre Patrimônio Histórico, Arquitetura e Turismo, 2003
Este estudo foi defendido como dissertação de mestrado no PPG/FA/UFBA, sob a orientação da doutora Odete Dourado. Objetivando empreender o restauro da cidade de Pelotas, construiu-se uma abordagem metodológica de restauro da cidade, fundamentada no pensamento fenomenológico, no âmbito das teorias do restauro brandiana e da cidade rossiana. Entendeu-se o restauro como possibilidade de leitura crítica e reconheceu-se a cidade enquanto obra de arte (unidade estético-histórica). Então, abarcou-se a cidade de Pelotas, revisitando seus condicionantes históricos e investigando a condensação de seus distintos tempos. Além disso, explorou-se a área-estudo, definida como área central (área antiga, fortemente historicizada) entre as ruas Alm. Barroso, Barão de Santa Tecla, D. Pedro II e a avenida Bento Gonçalves, visando a essência da cidade e, daí, a reafirmação de sua arquitetura. Diante do estado de fragmentação da unidade estético-histórica, impôs-se o restauro - a verificação das possibilidades de articulação entre o que constitui e o que fragmenta a referida unidade, mediante a identificação e a potenciação das permanências e o mapeamento e a minimização das lacunas nela instauradas. Com efeito, na área central reconheceram-se concomitantemente permanências e lacunas: Pelotas caracteriza-se por suas permanências e perde-se na suas lacunas. Enfim, de um modo geral, o acervo de bens patrimoniais, já desfalcado por tantas demolições, intervenções espúrias e construções vulgares, está em avançado estágio de degradação ou em iminente risco de arruinamento, necessitando de ações emergenciais. Essa situação tende a se tornar cada vez mais agonizante, dada a propalada “inexistência” de recursos financeiros para custear tais ações.
Riso e temor: trajetórias teatrais no Internato PiritubaFundação Casa
2009
Aos "meninos" do Internato Pirituba, por me ajudarem em meu trabalho. À minha orientadora, Maria Lúcia S. B. Pupo, a Malu, pela dedicação e pelo cuidado que me proporciona desde a graduação. À minha família: meus avós, pais, irmãos, tios e primos que, ainda sem compreender o meu trabalho, me incentivaram a fazê-lo. Aos membros da minha banca de qualificação, pelas críticas e sugestões.
Teatro Barracão de Foz do Iguaçu: reinvenção e sustentabilidade na Região de Fronteira
Desenvolvimento sustentável da Região Trinacional do Iguaçu[livro eletrônico]: Discursos, interfaces, disputas e conquistas, 2022
O Teatro Otilia Schimmelpfemg, em Foz do Iguaçu, mais conhecido como Teatro Barracão, completou seus 30 anos de existência em 26 de setembro de 2022. A data é motivo de comemoração para o setor cultural da cidade, que reconhece o lugar como centro da cultura foziguaçuense e da resistência dos cultores. Ao longo das últimas três décadas, milhares de pessoas partilharam do convívio no espaço, seja formando-se, apresentando-se ou assistindo às atividades culturais.
Perdidos no espaço, no caminho da memória: desafios de um grupo de teatro estudantil
Anais ABRACE, 2018
BOTELHO, Jeanne Cristina Sampaio (1) ; ELÓI, Aloísio do Carmo (2) ; FREITAS, Isabela Souza (3) ; JESUS, Ângelo Magno de (2); MOREALE, Tamiris Lana (4) ; MOURA, Heleniara Amorim (2) ; OLIVEIRA, Fabrício Marques (2) ; SANTOS, Ana Luísa da Silva (5) ; TEIXEIRA, Rodrigo Barbosa (2). Perdidos no espaço, no caminho da memória: desafios de um grupo de teatro estudantil. Ouro Branco: Instituto Federal de Minas Gerais. (1) Técnica em Assuntos Educacionais e Coordenadora do Projeto Teatro Literário do IFMG/Congonhas (2) Coordenadora e Colaboradores do projeto "Insuportável Cia. de Teatro" e Professores EBTT do IFMG/Ouro Branco. (3) Aluna bolsista PIBEX Jr. do IFMG/Ouro Branco. (4) Aluna bolsista PIBIC Jr. do IFMG/Ouro Branco. (5) Aluna bolsista PIBIC do IFMG/Ouro Branco. RESUMO: Este trabalho estabelece-se a partir da criação, em 2016, da Insuportável Cia. de Teatro, grupo de teatro estudantil do IFMG/Ouro Branco/MG, hoje, composto por 20 estudantes de escolas públicas da cidade. Com aulas semanais de preparação corporal e vocal, o grupo possui como norteadores os Jogos Teatrais de Viola Spolin e outros processos de construção artística, constituídos a partir de cada espetáculo. Em 2018, a montagem de "Siderações", um recital cênico-poético, foi uma das mais complexas realizações do grupo, especialmente, pelo teor de sua matériaprima: a inspiração nos corpos desenhados pela dançarina Pina Bausch, a composição dos haikais escritos pelos alunos e figurinos em tons fosforescentes sob a luz negra. Nesse universo, corpos celestes das mais diversas naturezas foram transformados em corpos cênicos pelos atores, que a eles deram cor, sentido e poesia. Já em meados do ano, em parceria com a UFSJ, o trabalho do grupo voltou-se para a memória da produção artística da atriz mineira Lysia de Araújo. Num enlace entre a pesquisa e a extensão, o trabalho organizou o acervo da artista, doado em 2012 aos Acervos Teatrais da UFSJ, e realizou a digitalização de parte da documentação, em especial, dos datiloscritos de suas peças teatrais. Assim, o projeto promove a acessibilidade a esses arquivos, não apenas em documentos digitais, mas também em montagens teatrais que levam essa memória ao público em geral, em ações transdisciplinares nas quais diversos saberes dialogam. O grupo encontra-se na última fase do projeto: a montagem da peça de Lysia de Araújo, "Quem garante?", em parceria com o Projeto Teatro Literário do IFMG/Congonhas/MG. PALAVRAS-CHAVE: Teatro Estudantil; Criação Artística; Memória; Saberes transdisciplinares. Lost in space, on the path of memory: challenges of a student theater group.
Teatro de rua, recepção e identidades: Oigalê, tchê!
Estudios Sobre Las Culturas Contemporaneas, 2010
Este ensaio trata de questões relativas à recepção do teatro de rua a partir de experiências da Cooperativa de Artistas Teatrais Oigalê (RS). Para tanto, discutem-se técnicas e estratégias de encenação voltadas à recepção desenvolvidas no espetáculos de teatro de rua do grupo. O debate volta-se à ressignificação efetuada pela Oigalê na criação de seus personagens gaudérios em detrimento à construção da identidade do gaúcho promovida pelo Movimento Tradicionalista Gaúcho (MTG) e pelos meios de comunicação.