A Família Patriarcal Contemporânea (original) (raw)

ARTIGO: Origens da Família Patriarcal

Entender a família, enquanto instituição social e espaço de socialização, é essencial para o estudo da violência doméstica e familiar. Tendo em vista que as relações violentas nessas dimensões são apreendidas e reproduzidas por meio da educação, observação e até coerção, este artigo constitui um esforço de resgatar, nas origens das relações familiares, contribuições para o entendimento da violência à qual são submetidas muitas brasileiras.

Perspectivas em confronto: Relações de Gênero ou Patriarcado Contemporâneo ?

Considero inapropriadas duas afirmações contidas na forma de reintroduzir o debate sobre o termo “patriarcado”. A primeira é a de que a partícula conjuntiva ou supõe uma alternativa e induz a escolha entre os conceitos “gênero” e “patriarcado”. Entendo que se trata de conceitos que se situam em dimensões distintas, e que, portanto, não podem ser tomados como opostos. A segunda , com a qual também não concordo, é a de que a contemporaneidade das diversas facetas, modalidades, contradições e transformações das relações de gênero possam ser subsumidas ao conceito de “patriarcado”, qualquer que seja o entendimento que dele se tenha.

A configuração da família na contemporaneidade

Revista Encontros Teológicos, 2020

A realidade atual da família passa por uma grande transformação. A mulher, alicerce e grande protetora do lar, assume, também, a função de geradora de renda e propagadora dos bens materiais e imateriais. Algumas considerações a respeito da família contemporânea que advém do campo das ciências humanas, especialmente da filosofia, da psicologia e da sociologia, uma vez que a teologia moral cristã não se dá em detrimento ou em concorrência com as diversas maneiras como a realidade da família se desenha no cenário de nossas sociedades e culturas atuais. Procuraremos dar quatro passos. 1. apresentar a configuração da família no contexto da cultura contemporânea; 2. apontar para a novidade que elas aportam bem como as dificuldades que elas apresentam para a família; 3. A realidade de mulher com as novas configurações familiares; 4. apresentar como o matrimônio tem sido encarado pela família cristã e como a família se vê desafiada pelo caráter sacramental do casamento.

O Patriarcado: Uma Prescrição Conjugal

2015

Este texto propõe-se a analisar, panoramicamente, a história ocidental da conjugalidade, as tradições relacionadas ao casamento e a intervenção direta do patriarcado na ideologia do matrimônio, no controle dos corpos e definição das identidades sociais que classificavam a mulher como inferior ao homem, dessa forma, naturalizando os lugares dos cônjuges, cabendo à mulher a obediência ao marido e os cuidados relacionados ao lar e à maternidade.

Família Monoparental Feminina: Fenômeno Da Contemporaneidade?

Polem Ca, 2014

Resumo: O presente artigo tratará da família monoparental feminina, um fenômeno crescente na contemporaneidade da sociedade brasileira. Abordará a trajetória da família no Brasil, discorrendo sobre os modelos de família e o reconhecimento da família monoparental como entidade familiar, na Constituição Federal de 1988. Palavras-chave: família; monoparentalidade feminina; direitos.

Quem És Tu, Pai? O Legado Patriarcal Em Ao Farol

2020

RESUMO Este artigo analisa figurações do pai no romance Ao Farol (1927), de Virginia Woolf. Para tal, contextualizamos o romance de Woolf no vocabulário teórico-ficcional da própria autora, cuja escrita desfaz o que Toril Moi (2002) descreveu como a metafísica falsificadora de gênero. Se a história naturalizou a primazia do masculino, Virginia Woolf se direciona a uma forma andrógina de eudemonia, como pensa Madelyn Detloff (2016), para desconstruir tal primazia. Nesse viés, e por meio da pergunta que criamos em uma aproximação entre Woolf (1929; 1938) e Judith Butler (2015)-Quem és tu, pai?-, mapeamos os laços familiares forjados pelos Ramsays, entendendo o romance de Woolf como uma rememoração crítica do seu próprio passado no seio de uma família patriarcal.

Família homoparental: enfrentando a vitalidade do patriarcado

Revista Linhas, 2019

fabr Família homoparental: enfrentando a vitalidade do patriarcado Resumo Descreve-se o desenvolvimento da família homoparental no Brasil em confronto com a preservação e conservação do patriarcado culturalmente instalado desde o descobrimento do país. Priorizaramse pesquisas e dados estatísticos brasileiros como elementos estruturadores da respectiva descrição. Trata-se de pesquisa bibliográfica de abordagem qualitativa. As fontes são 25 documentos produzidos de 2009 a 2015. Os dados dizem respeito: à ambientação que antecedeu a família homoparental, ao cenário de violência no qual se assenta a família homoparental e a algumas incursões sobre a contribuição da escola na produção de preconceitos e na conservação do patriarcado. Assim, e neste caso, apesar dos avanços legais indicarem a construção de um ambiente de convivência social justo e igualitário para as pessoas homoafetivas e para as famílias homoparentais, a sociedade brasileira está longe de operacionalizálos de fato e de direito. A hegemonia ainda é do patriarcado, mas sua vitalidade também está sendo colocada à prova.

Patriarcado e Sujeição Das Mulheres

2020

A sujeição das mulheres, um fenômeno que segue recorrente em meio às sociedades contemporâneas, diz respeito a um complexo emaranhado de elementos que, na maioria das vezes, encontra-se naturalizado em meio a costumes e práticas em vigor tanto no âmbito público quanto privado. Esse artigo faz uma revisão bibliográfica relacionando, de maneira sintética, vários desses elementos, apontados nos textos de inúmeras intelectuais como Harriet Taylor (e seu esposo John Stuart Mill), Carole Pateman, bell hooks 3 , Oyèrónké Oyěwùmí, Heleieth Saffioti, Judith Butler, Marilyn Frye e Iris Young. De igual forma, é feita uma sistematização dos conceitos de Patriarcado e Opressão, centrais para a compreensão do fenômeno da sujeição das mulheres e das estruturas que a forjam.

Família na contemporaneidade brasileira: sentidos em curso

Revista da Anpoll, 2018

Neste artigo, propomos, na perspectiva da Análise de Discurso, analisar o modo como os sentidos de família são constituídos na contemporaneidade brasileira em diferentes discursos. Para tanto, o corpus constitui-se de textos da ordem do jurídico e por textos, publicados em blog e jornal, que dizem sobre família em nossa sociedade. Nos textos analisados, observa-se o estabelecimento da disputa de sentidos atribuídos à palavra família, sentidos antagônicos, que instauram diferentes posições-sujeito numa sociedade pelos modos como a palavra família significa.