O Conceito de Especismo (original) (raw)
Related papers
Filosofia , 2024
Texto dissertativo-argumrntativo sobre uma questão ética
POR UMA SOCIEDADE PÓS-PANDÊMICA MENOS ESPECISTA: um esforço de apropriação sociológica do conceito de Saúde Única , 2022
Sob um cenário pandêmico e com base numa pesquisa interdisciplinar, pôde-se compreender a importância de que se faça cada vez mais crescente a discussão sobre o conceito de Saúde Única (One Health), a fim de que a espécie humana, bem as outras espécies animais e vegetais tenham o mesmo respaldo ético e moral numa sociedade igualitária, justa e solidária. O arcabouço teórico tem como base o filósofo Peter Singer que coloca animais humanos ou não, todos na mesma esfera enquanto seres que devem viver protegidos pela Lei, ética e moral.
Especismo como critério de demarcação
Demarcar a extensão dos direitos atuais constitui uma das maiores inconsistências do direito contemporâneo. Embora as legislações presumam que as normas e princípios se aplicam somente à espécie humana, novas correntes tem surgido em favor da expansão desta proteção jurídica para animais não-humamos. O presente estudo visa compreender as consequências do abandono de critérios especistas no direito, assim como as eventuais inconsistências que uma lógica igualitária pode gerar. O método utilizado para tanto é o dedutivo e a técnica de pesquisa é bibliográfica. Palavras-chave: especismo; direitos dos animais; princípio da igualdade; ética animal. ABSTRACT: Determining the extent of the existing rights is one of the biggest inconsistencies of contemporary law. Although the laws presume that the rules and principles apply only to the human species, new studies have arisen in favor of the expansion of legal protection for non-humamos animals. This study aims to understand the consequences of abandoning speciesist criteria to the law, as well as any inconsistencies that may generate an egalitarian logic. The chosen method is deductive and the research technique is bibliographic. Introdução Em se tratando de direitos dos animais, a ausência de um critério objetivo que demarque onde os direitos humanos acabam e os direitos dos animais (aqui utilizados para fazer referencia a animais não-humanos, ou seja, distante de seu sentido biológico) tem inicio constitui uma grave inconsistência lógica que da margem para uma série de conflitos de ordem prática e jurídica. Esta falha de demarcação fomenta conflitos de interpretação entre os grupos que defendem os direitos dos animais e aqueles que os opõe, resultando em uma série de falácias de ambos os lados baseadas na impossibilidade de compreender o pensamento de seus opositores. Portanto, estabelecer critérios objetivos para se entender a abrangência das aspirações protecionistas e a delimitação de seus efeitos práticos constitui uma prioridade à tomada de qualquer medida legal em qualquer sentido relacionado à temática de direitos dos animais, possibilitando compreender com precisão a abrangência das medidas realizadas e antecipar seus efeitos práticos. No presente estudo serão analisadas algumas questões da formação ética contemporânea, visando elucidar os fatores éticos envolvidos com o especismo. Em seguida será tratado a igualdade em relação aos animais e as implicações éticas que 1 Artigo apresentado à disciplina Direito da Natureza e Ecologia Profunda do curso de Mestrado em Direito da IMED. 2 Advogado, mestrando em direito (IMED). E-mail cassianoc@legari.org; telefone (54) 9952-6228.
Canal de Ciências Criminais, 2020
Lattes | ORCID "Os animais do mundo existem para seus próprios propósitos. Não foram feitos para os seres humanos, do mesmo modo que os negros não foram feitos para os brancos, nem as mulheres para os homens. " WALKER, Alice. "The animals of the world exist for their own reasons", Vegetarian Times. jul, v. 143, p. 68, 1989.
Revista Brasileira de Direito Animal, 2011
This article studies what can be called religious especism, taking as an object the Old Testament, the New Testament, the Spiritism/Kardec and the Hinduism/Hare Krishna.
Especismo ea percepção dos animais
Acta Scientiarum. Human and Social …, 2011
Are there limits to how human beings can legitimately treat non-human animals? Or may we treat them any way we please? If there are limits, what are they? Are they sufficiently strong, as some people suppose, not to lead us into speciesism and to reduce, if not eliminate altogether, our use of non-human animals in “scientific” experiments for our benefit? To completely evaluate this issue, I shall contrast it to two different questions: are there limits to how we can legitimately treat rocks? And: are there limits to how we can legitimately treat other human beings? These questions are linked to the concept of speciesism, a neologism created by Richard Ryder in 1970 to describe the relationship of prejudice by one species towards another. The most common form of speciesism is the animal kind, whereupon one species (Human beings) have a prejudiced relationship with another species (non-human beings). This work aims to explain how we, human beings, perceive other species and how we act with regard to others.
Uma análise do especismo a partir d'A viagem do elefante
José Saramago e os Desafios do Nosso Tempo, 2021
Propomo-nos analisar o papel dos animais na narrativa saramaguiana, partindo d’A viagem do elefante, e contando com outras representações de animais presentes nas obras do autor. Tendo em mente a postura ética de José Saramago, procuramos colocar em diálogo a responsabilidade perante o mundo que defendia com as marcas de especismo presentes na sua narrativa, através de situações que frequentemente suscitam desconforto no leitor. Para esse efeito, procuramos compreender as vivências dos animais, tal como o modo como são entendidos de maneira enviesada pelas personagens humanas.
A deficiência moral do especismo
A deficiência moral do especismo: fundamentos histórico-filósoficos na consolidação da exploração dos animais não humanos, 2017
Este trabalho tem por objetivo discutir alguns dos principais argumentos usados na diferenciação entre os seres humanos e os animais não humanos e o caráter dominador presente nesse processo de afastamento. A consolidação de uma ciência que tem como base a racionalidade técnica e instrumental definiu a forma como os animais não humanos deveriam ser considerados moralmente. Examinaremos a relevância desses argumentos na consideração moral dada aos animais. Buscamos demonstrar como algumas teorias se mostraram ineficientes no que diz respeito à defesa dos interesses dos animais não humanos. Através da abordagem abolicionista de Gary Francione, pretendemos mostrar uma possível mudança na visão que os seres humanos tem dos outros animais, possibilitando o surgimento de um pensamento de igualdade moral entre ambos.