Espaço, tempo e lugar (original) (raw)

Lazer, espaço e lugares

Lazer. Da libertação do tempo à conquista das práticas., 2008

O tempo livre é uma conquista do século XX e este libertou o tempo de lazer (Jardin, 2001), através da diversificação de actividades e da sua conjugação com espaços cada vez mais diversos e que assumem características próprias, transformando‐se em lugares associados a práticas específicas para constituírem uma âncora para a identidade (Nielsen, 1999). Neste tempo livre, o lazer é um “conjunto de ocupações a que o indivíduo se pode entregar de livre vontade, quer seja para repousar, quer seja para se divertir, se recrear e se entreter; quer para aumentar a sua informação ou formação desinteressada, a sua participação social e voluntária, uma vez liberto das suas obrigações profissionais, familiares e sociais” (Dumazedier, 1962). Se bem que, simultaneamente, abrangente e específica e atribuindo a devida expressão aos tempos envolvidos, a identificação de lazer que Dumazedier nos oferece não valoriza a questão espacial; não deixa, no entanto, de salientar a importância da civilização urbana para os lazeres (Dumazedier, 1962 e 1966).

Tempo, espaço e as organizações

Revista Brasileira De Gestao E Desenvolvimento Regional, 2007

Este artigo visa promover algumas reflexões sobre as noções de tempo e espaço nas organizações, estabelecendo um confronto teórico com os modelos deterministas e os adaptativos, os quais se valem do desenvolvimento tecnológico para recriar os conceitos ordinários de tempo e espaço, com a finalidade de atingir a flexibilidade necessária, para implantar mudanças bruscas que atordoam os sentidos primários de localização e de permanência dos indivíduos nas empresas. Para tanto, este trabalho foi baseado em pesquisa bibliográfica, ensejando uma revisão teórica sobre os temas discutidos, como certeza, estabilidade, instabilidade, incerteza, caos e organização. Algumas das conclusões obtidas remetem ao domínio das coordenadas espaço e tempo com a finalidade de acumulação de poder e riqueza para as organizações. Acima do objetivo de mera sobrevivência, as organizações buscam garantir sua perpetuidade com excelência e ampliação dos espaços ocupados.

Tempo e espaço como experiência no museu

Revista do Programa de Pós-graduação em Ciência da Informação da Universidade de Brasília , 2018

O artigo discute como a categoria historiográfica do tempo se manifesta em espaços expositivos. O estudo de duas instituições - o Museu Histórico Nacional (MHN), localizado na cidade do Rio de Janeiro, e o Museu de Artes e Ofícios (MAO), em Belo Horizonte - analisa a interposição entre a concepção do desenho espacial expositivo e o conceito narrativo, focalizando a representação temporal em ambas as exposições de longa duração. Por meio do processo de espacialização de acervos orientado pelo conceito curatorial, as representações de tempo ganham materialidade como imagens e se oferecem à experiência sensível do público. O artigo é resultado da pesquisa "História, herança cultural e temporalidade: conhecimen-to e imaginário museológico", desenvolvida com o apoio da Fapemig-Fundação de Amparo à Pesquisa de Minas Gerais. 2 Professora Adjunta da Escola de Ciência da Informação da UFMG, atuando especialmente no Curso de Graduação em Museologia.

Do Espaço e do Lugar do Acontecimento

Documentos de Arquitectura #2, 1999

Propõe-se aqui a translação para a arquitectura, o urbanismo ou o paisagismo (ou outros processos de intervenção espacial) do conceito de acontecimento. lmpregnado de intencionalidade mas transmitindo a liberdade necessária à improvisação, numa procura flexível de evolução. 0 accionar do acidente desestabilizador que engendra uma percepção renovada da realidade. Trata-se de uma valorização do existente (e da existência) pela provocação de uma inteligibilidade recriadora do espaço real.

Em busca do tempo e dos espaços perdidos

Pós. Revista do Programa de Pós-Graduação em Arquitetura e Urbanismo da FAUUSP, 2015

Claudio Soares Braga Furtado m busca do tempo e dos espaços perdidos 1 Re sumo Celebrando os 100 anos da publicação de Em busca do tempo perdido, de Marcel Proust, é feita uma leitura de algumas relações entre esse clássico da literatura mundial e o pensamento arquitetônico, à luz da prática que se ensina na FAUUSP. A importância das inovações estilísticas de Proust é vista por reflexos no pensamento da Arquitetura brasileira, ao aceitar-se o papel dessa arte como linguagem do mundo que nos cerca. A imbricação de tempo e espaço permite a transposição da busca da reminiscência para a procura dos espaços de fruição da Arquitetura moderna.

Incertezas sobre o Tempo e o Espaço-Tempo

Interdisciplinaridade em Revista, 2019

Palavras chave: metafísica-causalidade-tempo-espaço-tempo Resumo: O texto que se expõe sugere questões acerca do tempo na TR de Einstein. Com o intuito de resistir ao tempo de nossa circunstância acadêmica, conturbada por fatores econômicos, políticos e sociais, colabora-se com a proposta do Scientiarum Historia 2015 e o programa de HCTE compartilhando inquietações sobre o tema. As dúvidas expressas neste escrito mostram-se como mais algumas incertezas, as quais promovem a busca de conhecimento. Importante notar que, no que tange a TR de Einstein, não se pretende aqui sugerir haver qualquer limitação nessa teoria, não se indicando, portanto, uma deficiência conceitual dela; o que se apresenta como questões acerca do

Suspender o tempo e o espaço

2019

Ma significa vazio, espaço, tempo ou pausa e sua origem está correlacionada às ideias de transitoriedade e incompletude características da estética Zen-budista. Mais do que um conceito, ma é um modus operandi na vida cotidiana japonesa, que ilustra um intervalo de espaço-tempo disponível para a materialização de eventos em potencial, onde infinitas combinações sígnicas podem acontecer. Neste artigo, abordaremos a aplicação de ma enquanto princípio condutor da criação bem como da apreciação de obras na área das artes do corpo. O corpo será tratado com um corpo-em-processo com total disponibilidade para a interação com outras mídias na produção de sentido.