Casos notificados de malária no Estado do Pará, Amazônia Brasileira, de 1998 a 2006 (original) (raw)
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Revista Pan-Amazônica de Saúde, 2015
O objetivo da pesquisa foi conhecer as características epidemiológicas da malária na Região do Baixo Amazonas, Estado do Pará, Brasil. Para isso, foi feito um levantamento estatístico retrospectivo e descritivo da ocorrência de agravos à saúde por espécies de plasmódios causadores da malária na Região do Baixo Amazonas, no período de janeiro de 2009 a dezembro de 2013. Os resultados apontam a presença constante da malária nos municípios da região, sendo notificados 16.765 casos no período do estudo. Os Municípios com maior número de casos foram Oriximiná, Santarém, Alenquer e Prainha. Houve prevalência das infecções no sexo masculino. Observou-se maior incidência nas faixas de 20 a 29 anos de idade, com 20,51% e 30 a 39 anos, com 14,96%. A faixa etária de 5 a 9 anos apresentou 12,47% dos casos. O Plasmodium vivax foi mais prevalente (76,84% de todos os casos) em todos os municípios da região. A maioria dos municípios foi classificada como áreas de baixo risco de transmissão da malária; houve predomínio das formas de detecção passiva da doença e 75,1% dos casos foram classificados como autóctones. Houve registro de casos em gestantes e, estes, só ocorreram nos anos de 2009, 2010 e 2011. É marcante a presença da malária na região, configurando-se em um grande desafio de ordem social, política e econômica, sobretudo por suas fortes repercussões na saúde da população. Sendo assim, as ações de controle devem ser mantidas e envolver, necessariamente, todos os segmentos governamentais.
Acta Amazonica, 2012
O objetivo deste trabalho foi estudar a ocorrência de malária em quatro diferentes regiões representativas do estado do Pará, buscando suas possíveis relações com as taxas de desmatamento. Foi realizado um estudo retrospectivo, com dados secundários, no período de 1988 a 2005, através de casos de malária registrados em quatro municípios do Estado (Anajás, Itaituba, Santana do Araguaia e Viseu), como também das taxas de desmatamento fornecidas pelo PRODES-INPE. Aplicou-se a técnica dos Quantis para se estabelecer cinco categorias ou classes de incidência da malária para cada município, sendo gerado posteriormente um IPA representativo para o Estado. De 1988 até 1994, as curvas de incidência de malária acompanham os números de desmatamento. A partir de 1995, evidenciaram-se anos consecutivos com altos índices de ocorrência da doença logo após os períodos de altas taxas de desmatamento, como registrado nos anos de 1995, 2000 e 2004. Percebeu-se que após a época de intenso desmatamento,...
Caracterização das epidemias de malária nos municípios da Amazônia Brasileira em 2010
Cadernos de Saúde Pública, 2013
in the Brazilian Amazon. However, health services do not systematically adopt tools to detect and promptly control these events. This article aimed to characterize malaria epidemics in the Brazilian Amazon Region based on their duration, the Plasmodium species involved, and the population's degree of vulnerability. An automatic malaria incidence monitoring system based on quartiles was assessed for prompt identification of malaria epidemics. In 2010, epidemics were identified in 338 (41.9%) of the counties in the Brazilian Amazon. P. falciparum and P. vivax epidemics were detected, both singly and in combination. Epidemics lasted from 1 to 4 months in 58.3% of the counties, 5 to 8 months in 34.5%, and 9 to 12 months in 17.4%. Systematic monitoring of malaria incidence could contribute to early detection of epidemics and improve the effectiveness of control measures.
Casos De Malária Notificados Nos Últimos Anos No Município De Paragominas, Pará
As múltiplas visões do meio ambiente e os impactos ambientais, 2020
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Perfil epidemiológico das notificações por malária no Nordeste do Brasil, entre 2015-2021
Research, Society and Development
A malária é uma doença infecciosa febril, que possui como vetor a fêmea do mosquito Anopheles (mosquito prego) infectada por um protozoário, o Plasmodium. No Brasil, cerca de 99% dos casos estão concentrados na região amazônica, considerada área endêmica do país. Os casos identificados na região extra-amazônica são considerados como doença de notificação compulsória imediata. O trabalho tem como objetivo analisar o perfil epidemiológico da malária na região Nordeste. A metodologia utilizada foi um abordagem epidemiológica ecológica, com dados obtidos a partir do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN), disponíveis no Departamento de Informática do Ministério da Saúde (DATASUS). Da região Nordeste, o estado com mais casos notificados de malária foi a Bahia (28,4%), seguido do Piauí (20,2%), durante o período compreendido entre os anos de 2015-2021. O ano de 2018 representou o período com o maior número de casos, com um total de 152 notificações. Em contrapartida, o an...
2006
A Deus, pelas oportunidades que tive na minha vida, as quais tento aproveitar da melhor maneira possível. Aos meus pais, pelas eternas cobranças nem sempre compreendidas, mas que me levaram onde estou hoje. A minha orientadora, Drª. Ana Albernaz pela amizade e apoio. A todos os professores que se dedicaram a meu aprendizado acadêmico com esforço e dinamismo neste mestrado. Ao Núcleo de Endemias da SESPA, em especial a Sandra, pela amizade e disponibilidade dos dados de malária no Pará. Aos colegas do Departamento de Vigilância à Saúde de Ananindeua, pelo apoio e por sua compreensão durante minha ausência, devido ao mestrado.
Revista Panamericana de Salud Pública, 2010
Métodos. Este estudo descritivo, retrospectivo, utilizou dados secundários disponíveis nos sistemas de informação em malária desenvolvidos pelo Ministério da Saúde do Brasil (SISMAL/SIVEP-Malária). Os dados foram analisados no software TABLEAU ®. Dados geoespaciais foram obtidos para avaliar a distribuição dos casos de malária. Resultados. A incidência parasitária anual (IPA) de 27 casos/1 000 habitantes em 1998 chegou a 571,5 casos/1 000 habitantes em 2006, quando a cidade registrou sua maior epidemia, subsequente ao estabelecimento de um programa estadual de incentivo à perfuração de tanques para piscicultura, em 2005. As localidades rurais apresentaram maior número de casos. Entretanto, as localidades periurbanas que possuíam tanques de piscicultura tiveram IPAs mais elevadas do que áreas sem tanques. Após a intensificação das ações do Programa Nacional de Controle da Malária, a IPA diminuiu para 152,9 casos/1 000 habitantes em 2008. Conclusões. O incentivo a atividades econômicas em áreas periurbanas de transmissão instável de malária, típicas da América Latina, deve ser muito bem planejado. O controle da malária em Cruzeiro do Sul baseou-se em estratégias integradas implementadas simultaneamente pelos governos federal, estadual e municipal, como preconizado pelo Plano Nacional de Controle da Malária. É importante ressaltar a utilidade de um bom sistema de informação como o SIVEP-Malária para estimar a carga de doença e monitorar de forma eficiente o impacto das intervenções. Malária; estudos epidemiológicos; incidência; piscicultura; Brasil. RESUMO Atualmente, a malária é a mais incidente doença parasitária do mundo. Estima-se que o número de casos novos a cada ano chegue a 250 milhões, com 880 mil mortes. Aproximadamente metade da população mundial está exposta à infecção, especialmente pessoas que vivem em países pobres (1). Desde que o governo brasileiro se voltou para a organização dos planos de intervenção sanitária na Amazônia, essa
A vigilância da malária na Amazônia Brasileira
Este trabalho tem por objetivo contextualizar a malária no ambiente Amazônico, em especial nos Estados do Pará e Amapá, com informações atualizadas do agente transmissor e situação das medidas de controle tomadas pelo Programa Nacional de Controle da Malária (PNCM), Sistema de Informação de Vigilância Epidemiológica – notificação de casos da malária (SIVEP_ malária), e quais as possíveis influências que os sistemas de vigilância possuem sobre a incidência da doença nas localidades com alto risco de transmissão da malária. Os impactos na saúde humana ocasionados pela manutenção da incidência da malária em área de alto risco de transmissão podem ocorrer através de mecanismos combinados, diretos ou indiretos. No caso do Brasil, existem várias doenças infecciosas e parasitárias endêmicas que são sensíveis às estações climáticas e a determinados períodos do ano (estação seca e chuvosa), principalmente aquelas de transmissão vetorial. Pluviosidade, temperatura e umidade são fatores relevantes como reguladores das áreas endêmicas para proliferação do vetor da malária e manutenção da transmissão nas áreas de alto risco desta enfermidade, assim como as condições de atendimento dos sistemas de saúde locais. No contexto das atividades desenvolvidas pelo PNCM a detecção ativa de casos pode ser uma ferramenta importante no controle da enfermidade principalmente se somado às informações epidemiológicas e climáticas para delimitação de estratégias de ação de combate à doença.
Cadernos de Saúde Pública, 2007
Foi realizado um estudo retrospectivo dos casos de malária ocorridos entre 1992 e 2004 no Município de Barcelos, Amazonas, Brasil, aprofundando as informações existentes na área altamente endêmica do Rio Padauri, afluente do Rio Negro. Foram identificados 16.795 casos de malária, sendo 61,4% (10.318) da área rural e 38,6% (6.477) da área urbana, com uma incidência parasitária anual média de 136,7 por mil habitantes na área urbana e 613,6 na área rural. A incidência parasitária anual média no Rio Padauri foi de 708,9/1.000. Nesse rio, foram diferenciados dois períodos epidemiológicos, sendo um denominado epidêmico (1992-1998) e outro pós-epidêmico (1999-2004). Comparando os dois períodos, a proporção homem/mulher mudou de 1,8 para 1,14, a média de idade dos pacientes passou de 17,9 para 14,8, o percentual de casos por Plasmodium falciparum reduziu-se de 51,9% para 23,7, e o percentual de lâminas com baixa densidade parasitária de P. falciparum passou de 35,3% para 44,9%, e as de P. v...
Brazilian Journal of Development, 2021
A malária ao longo dos anos tem acometido pessoas que residam ou visitam áreas de transmissão no Amazonas. Em Manaus, capital do estado, desde a implantação da Zona Franca de Manaus tem sido um atrativo para as populações inclusive de outras regiões do país, em busca de melhores condições de vida, se instalam nas áreas que são desmatadas pelo processo de invasões. A malária é um agravo preocupante na saúde publica, que pela sua morbidade causa impacto negativo sobre a economia regional pelo elevado tempo que incapacita aos acometidos pela doença, deixando-os fora do mercado de trabalho. O estudo busca descrever o registro dos casos de maláriae seus aspectos epidemiológicos, na cidade de Manaus, de 2008 a 2017.