Viticultura Romana em Columela: Apropriação, Ressignificação e Experiência (séc. I D.C.) (original) (raw)
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De vino ac vineas – viticultura romana no Vale do Douro
No século Iº a.C., Estrabão escreve uma das primeiras obras conhecidas, a Geografia, em que a Lusitânia é referida. No primeiro parágrafo do terceiro capítulo do terceiro livro, descreve os povos do Norte da Lusitânia enquanto consumidores de zithos, um tipo de cerveja, "(...) mas são escassos de vinho, e o vinho que teem bebem-no rapidamente em festas de casamento com seus familiares.". A Arqueologia, pelo seu lado, tem vindo a comprovar este mesmo consumo, pelo menos entre elites, na bacia do Douro pelo menos desde o século IIº a.C.
2024
A vitivinicultura constitui uma das actividades económicas centrais no sector agrícola, pela capacidade de gerar mais valias na valorização do produto. Distingue-se também pela constante competência na promoção do seu mercado, através da reinvenção dos componentes de produção. A tendência mais recente centra-se na revalorização dos conhecimentos adquiridos, seja através dos vinhos "ecológicos" na recuperação de técnicas e heranças tradicionais e prévias à industrialização. Este esforço de incorporação de saberes na produção atinge agora os conteúdos técnicos e preceitos da Antiguidade clássica, valorizando o vinho no seu posicionamento de mercado. Outra tendência vincada constitui a valorização de sítios arqueológicos de época romana que se encontram nos domínios de produção, alcançando públicos interessados no enoturismo. Este congresso pretende debater as melhores práticas de transferência de conhecimento desde os estudos académicos e investigação científica, debatendo o modo como os produtores podem incorporar conhecimento nas estratégias produtivas. Procuramos reinterpretar técnicas e modelos tradicionalmente associados à viticultura romana, debatendo metodologias e ferramentas para o seu estudo e apresentando modelos de boas práticas na vitivinicultura contemporânea.
The production of grape juice and colonial wine in the region of Vale dos Vinhedos is not only a reality currently but it dates back all the way to the time of its colonizers. The colonial wine has always been present in the table and in the history of that populace, until the year of 2014 when a federal law was elaborated with the intent to regulate the production and commercialization of said traditional product. The law n° 12.595/2014, or the colonial wine law, as it is most known, was implemented with some vetoes which resulted in the disapproval of traditional winemakers. The "researcher enotourist" went to take a better understanding of the opinions and critics from the colonial wine producers about the law that makes them legalized, about the Vale dos Vinhedos and the relation between the enotourism and these factors. There was in locale participation at the "Second Colonial Wine Festival-Vale dos Vinhedos" where interviews and visits were made to all winemakers that were exposing in the festival. The research questions were easily answered, one way that no region´s producer join or intend to join the law, preferring to remain in an informal condition of production and marketing. However, it was during the visits and conversations with the makers that it was possible to deeply experience and analyze what really is the Vale dos Vinhedos under the unique scope of each maker visited.
A Produção Oleira Romana no Algarve
Roman pottery production in the Algarve was mainly located in the coast, although it was distributed in the whole region and was directly related to the fish sauce production units. About a dozen production centers are known which produced amphorae, domestic and construction pottery. Most of these pottery production centers arise from the third century onwards, devoting primarily to the production of amphoras for transportation of fish sauces, though the pottery production of the eastern Algarve, such as in S. Bartolomeu de Castro Marim and in Manta Rota have occurred in the High Empire. The late production of amphoras has been related to several factors, and it has been suggested that the region would have used baetican amphoras to transport the regionaly manufactured fish products. Only afterwards, in response to increased local exploitation of marine resources and due to the decline of the potteries of the Baetican region, have the Algarve potters centers asserted themselves. After addressing the amphora types produced in the region, as well as the distribution of the production centers, we will focus on the structures of production, namely the organization of pottery production in Martinhal, the most extensive production center in the Algarve, which produced amphorae and ceramic construction until late Roman period.
A produção de vinho no vale do Baixo Sabor na Época Romana
Revista Portuguesa de Arqueologia, 2024
O projeto hidroelétrico do Baixo Sabor (Torre de Moncorvo, Bragança) implicou a implementação do Plano de Salvaguarda do Património (2010-2015) e a realização de um conjunto de trabalhos arqueológicos. As intervenções permitiram identificar cinco sítios com torcularia, destinados, provavelmente, à produção de vinho: Olival da Santa, Quinta de Crestelos, Vale da Bouça, Foz da Ribeira do Poio e Cabeço da Grincha. Pretendemos apresentar as soluções arquitetónicas observadas, os dados laboratoriais (Arqueobotânica, análise argamassas, datações absolutas) e alguns materiais interrelacionados. Os torcularia implantaram-se a partir da segunda metade do século I d.C., sendo mais tarde condenados e adaptados a outras funcionalidades. A amostra ilustra bem a importância da produção de vinho na economia rural desta região na Época Romana.
Revista Educação, Meio Ambiente e Saúde (REMAS), 2019
This article presents a synthesis about the History & Vitiviniculture project, developed between 2015 and 2018 with students from the Escola de Educação Básica Padre Antônio Vieira, in the municipality of Anita Garibaldi, SC. Method: Based on the theories ad methodologies of Environmental History, the project promoted studies and field trips in the wineries of the Altitude Wine association, located in the Plateau of Santa Catarina State. Through guided tours by researchers and professionals in the wine sector, students were able to interact in situ and build knowledge on history, winemaking and sustainable socioeconomic development. Results: The project has achieved its objectives by providing students with a culture of sustainability and new perspectives from the region where they live. Conclusion:The partnership between the school and the wineries, a pioneer in its format in the country, highlighted the project as an international case of innovation in education. Descriptors: Environmental History, Vitiviniculture, Environmental Education, Sustainability. FERRI, Gil Karlos. Projeto História & Vitivinicultura: desenvolvimento socioeconômico e sustentabilidade em meio aos vinhedos do Planalto de Santa Catarina. Revista Educação, Meio Ambiente e Saúde (REMAS), Manhuaçu (MG), vol. 09, n. 02, p. 28-50, abr./jun. 2019. (ISSN 1983-0173). Disponível em: http://nti.faculdadedofuturo.edu.br/revista1/index.php/remas/article/view/207.
De re rustica de Columela e Geórgicas IV de Virgílio: estudo crítico-comparativo
Nuntius Antiquus, 2014
In the study we analyse comparatively selected fragments from Georgics IV and De re rustica (Book IX) in order to understand a little better the linguistic-literary treatment due to the distinct generic orientations the authors deliver to their works. The dominating compounding and stylistic characteristics in the texts are studied and are used as instruments to analyse (a) the constitutive particularities of the genders, didactic poetry and technical treatise (in prose), and (b) the aspects related to the construction of the particular meanings in the works. The theoretical reference marks for the text studies are: the literary genders theory, literary stylistic (referring to the Roman agrarian literature) and the history of Roman literature.
Mouseion, 2019
A Região Demarcada do Douro (Portugal), a mais antiga, maior e mais heterogénea região vinícola do mundo, foi criada em 1756. Desde aí tem vivido um contínuo processo de evolução, sendo de destacar os efeitos positivos da entrada de Portugal na União Europeia e, sobretudo, a mais recente classificação do Alto Douro Vinhateiro como Património Mundial pela UNESCO. Mas como vive a região o seu dia a dia, como se organiza, que relações são estabelecidas dentro dela e fora dela, como se concretizam, como e quem detém o poder, que momentos na sua história causaram mudanças, quais os seus efeitos, como influenciaram o seu desenvolvimento? O objetivo base deste trabalho é analisar e interpretar a Região Demarcada do Douro, e assim responder a estas questões, recorrendo à teoria semiótico-cultural de Iuri Lotman, numa abordagem inovadora, incidindo em especial sobre conceitos essenciais como semiosfera, fronteira, centro e periferia, explosões e tradução. Foi possível identificar na sua estr...