A Reforma Trabalhista Da Confederação Nacional Da Indústria (original) (raw)
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Dissertação, 2025
Esta dissertação tem como objetivo analisar a atuação política da Confederação Nacional da Indústria (CNI) em relação à legislação trabalhista. Optamos por realizar um recorte entre os anos de 2007 e 2010, buscando apontar quais são os objetivos e qual o poder político para alcançá-los. A CNI representa mais de cem mil empresas, mil sindicatos patronais e vinte e sete federações Na história da confederação, sua atuação política foi flexível se adaptando e influenciando diversos governos brasileiros, além de pesquisas sobre a economia brasileira, visando fundamentar sua atuação, assim como capacitação e formação de trabalhadores. Nosso foco, no entanto, é sua atuação política no Congresso Nacional através da Agenda Legislativa. Neste documento é divulgado as análises da CNI sobre diversos temas que influenciam no custo da produção brasileira, denominado “Custo Brasil”. Em nossa pesquisa, analisamos os sucessos (projetos aprovados no Congresso Nacional em consonância com os interesses da CNI) e insucessos (projeto de iniciativa da CNI que não foram aprovados), em especial em relação à Legislação Trabalhista.
A constituição histórica e política da Confederação Nacional da Indústria
XII Congresso Brasileiro de História Econômica & 13ª Conferência Internacional de História de Empresas , 2017
Resumo Este artigo busca realizar um resgate histórico da atuação política da burguesia industrial organizada no sindicalismo patronal, em especial na Confederação Nacional da Indústria (CNI). Resgatamos o leito histórico organizativo da CNI que passou por outras organizações até chegar ao que hoje se entende pela confederação. Além desse resgate organizativo, realizamos uma retomada do debate sobre a burguesia brasileira que buscou entender sua origem e seus posicionamentos políticos. Como metodologia usamos documentos, matérias de revistas e jornais da época e publicações organizadas pela própria CNI.
A Reforma Trabalhista e Sindical e Os Desafios Atuais Da Concertação
A eleição de Lula, por sua condição de autêntica liderança popular e pela condição do PT como um partido tradição socialista, não poderia deixar de significar um marco na história do país. No entanto, a alargada e heterogênea composição de forças que o levou à vitória e vem concedendo sua base social e política de sustentação configurou um quadro de expectativas diversas e, muitas vezes, contraditórias. 1 Relatório parcial da pesquisa coletiva "Cidadania e Democracia: o pensamento nas rupturas da política", conduzida pelo CENEDI/USP, sob a coordenação de Maria Célia Paoli. 2 Doutor em Sociologia pela USP, pesquisador do CENEDIC/USP e assessor da FUNDAÇÃO UNITRABALHO. Acrescente-se a isso o gigantesco desafio posto por um contexto mundial, que desde o início dos anos 90 vem tendo fortes impactos sobre o Brasil, cuja característica principal tem sido a restrição (desarticulação) crescente das políticas sociais e dos mecanismos institucionais de diálogo social. Sob tais elementos, nos propomos a uma reflexão sobre as possibilidades dos espaços de concertação social constituídos com o Governo Lula. Consideramos, particularmente, as experiências do Conselho Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social -CDES, da Mesa Nacional de Negociação Permanente -MNNP e do Fórum Nacional do Trabalho -FNT.
Reformar para piorar : a reforma trabalhista e o sindicalismo
2018
Resumo: Trata-se de uma refl exão sobre o papel dos sindicatos após a recente reforma trabalhista brasileira, numa sociedade onde a legalidade se contrapõe à atual ideologia neoliberal, que desencadeia a fragmentação da classe trabalhadora e aprofunda a precarização do emprego dentro do eterno confl ito capital versus trabalho. Palavras-chave: Reforma trabalhista. Sindicato. Direito do trabalho. Neoliberalismo.
A Reforma Trabalhista Brasileira E Retrocessos Na Garantia De Direitos Fundamentais Do Trabalhador
Prim Facie
O objetivo desse artigo é analisar as motivações da reforma trabalhista brasileira, demonstrando a possibilidade de retrocesso social a partir de sua implementação. Para tanto, inicialmente, refletiu-se teoricamente a respeito dos direitos fundamentais de segunda dimensão, em especial o direito ao trabalho; em seguida analisou-se o princípio da proibição de retrocesso dos direitos sociais garantidos constitucionalmente, para então adentrar na seara da reforma trabalhista, apontando quais foram os fatores que a motivaram, confrontando essa nova realidade com os princípios que regem a seara laboral. Trata-se de uma pesquisa qualitativa de cunho interdisciplinar, que utilizou como aporte metodológico a pesquisa bibliográfica e documental. Ao final, conclui-se que com o advento da reforma trabalhista, direitos conquistados, a partir de históricas lutas sociais foram tolhidos, contrariando expressamente a vedação do retrocesso social.
A “modernização” da legislação trabalhista
Novos Rumos Sociológicos
O objetivo do artigo é analisar os discursos do setor patronal e industrial sobre a legislação trabalhista em 2003. Para analisar o objeto de estudo, utilizou-se o conceito de “gramática social”, compreendido como o conjunto de críticas e justificações histórica e coletivamente elaborado por grupos sociais ou coletividades em contextos de disputa política. Analisaram-se três audiências públicas ocorridas no Congresso Nacional em 2003 com o auxílio teórico-metodológico da análise do discurso (MAINGUENEAU, 2015) e da análise de conteúdo (SPINK & LIMA, 1999). Como resultado, identificou-se a manifestação discursiva da gramática social da “modernização”. Os locutores do setor patronal e industrial mobilizaram a gramática para legitimar sua visão de mundo e prática política na esfera legislativa. Constatou-se que a noção de “modernização” foi empregada semanticamente de modo distinto quando considerado os quadros patronais e industriais e os quadros político-administrativos do Estado. Co...